sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Ora-pro-nobis-de-flor-grande

 


Nome científico: Pereskia grandifolia Haw.

 

Classificação mais recente:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Caryophyllales

Família: Cactaceae

Gênero: Pereskia

Espécie: Pereskia grandifolia

Família botânica: Cactaceae

 

Sinonímia botânica: Pereskia grandiflora DC.; Rhodocactus grandifolius

 

Nomes populares: Ora-pro-nóbis, groselha-do-mato, ora-pro-nobis-de-flor-grande, cacto-folha, groselha-da-américa, rosa-madeira, rosa-pau

 

Descrição botânica: Pereskia grandifolia é um cacto atípico com folhas, diferente da maioria das espécies de cactos. É um arbusto perene que pode atingir até 5 metros de altura. Suas folhas são simples, ovais, de cor verde escura e com margens inteiras. Os ramos são espinhentos, com espinhos rígidos distribuídos ao longo do caule. As flores são grandes, de coloração rosa ou púrpura, e surgem em inflorescências. Os frutos são pequenas bagas de cor amarela ou laranja.

 

Origem: Pereskia grandifolia é nativa de regiões tropicais da América do Sul, principalmente do Brasil.

 

Usos medicinais: Na medicina tradicional, Pereskia grandifolia tem sido utilizada devido às suas propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes. Suas folhas são ricas em nutrientes, e o chá das folhas é usado em algumas culturas para tratar feridas e inflamações. Também há relatos de seu uso no tratamento de problemas digestivos e anemias, pois a planta é rica em ferro e outros nutrientes.

 

Toxicidade: Não há relatos de toxicidade grave associada ao consumo de Pereskia grandifolia. No entanto, os espinhos afiados da planta podem causar ferimentos na pele, por isso é recomendável cuidado ao manusear a planta.

 

Uso como PANC: Pereskia grandifolia é uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC). Suas folhas são comestíveis e bastante nutritivas, ricas em proteínas, fibras, ferro e vitaminas. As folhas jovens podem ser consumidas cruas em saladas, recomendável fazer o branqueamento primeiro, ou refogadas e adicionadas a sopas, tortas e outras preparações. É conhecida em muitas regiões do Brasil como "carne dos pobres" devido ao seu alto valor nutricional.

 

Uso como planta ornamental: Devido às suas flores vistosas e à sua folhagem densa, Pereskia grandifolia é amplamente utilizada como planta ornamental em jardins e parques. A planta também pode ser utilizada como cerca-viva por conta de seus espinhos, sendo uma barreira natural eficaz. Sua resistência e adaptação a diferentes tipos de solo a tornam uma escolha comum para paisagismo.

 

Histórico de utilização pela humanidade: Pereskia grandifolia tem uma longa história de uso em comunidades rurais do Brasil, onde é valorizada como fonte de alimento nutritivo e como planta medicinal. Ela tem sido cultivada em hortas domésticas e fazendas para fins alimentares e medicinais. Além disso, seu uso no paisagismo como cerca-viva é comum em regiões tropicais.

 

Cultivo: Pereskia grandifolia é uma planta rústica e de fácil cultivo. Adapta-se bem a diferentes tipos de solo, desde que bem drenados, e prefere áreas com pleno sol ou meia-sombra. A planta é resistente à seca, mas responde bem a regas regulares. A propagação pode ser feita por estacas de caule ou sementes. Devido ao seu crescimento vigoroso, pode precisar de podas regulares para controle.

 

Curiosidades sobre a planta:

 

Pereskia grandifolia pertence à família Cactaceae, mas é um dos poucos cactos que possui folhas verdadeiras, sendo considerado um "cacto primitivo".

O nome "ora-pro-nóbis" vem do latim e significa "rogai por nós", possivelmente devido ao uso da planta em cercas-vivas próximas a igrejas, especialmente em Minas Gerais.

Em algumas regiões do Brasil, a planta é usada em festas tradicionais para preparar pratos típicos à base de suas folhas, como o "tutu de ora-pro-nóbis".

As folhas de Pereskia grandifolia são ricas em proteínas, sendo uma excelente alternativa vegetal para complementar a dieta.

Essa planta é valorizada tanto pela sua beleza ornamental quanto pelo seu valor nutricional e medicinal, sendo uma espécie versátil e de fácil cultivo.


Ora-pro-nobis-de-flor-grande - Pereskia grandifolia Haw. (Cactaceae); Ramo com fruto imaturo; Foto: Acervo de José Carlos Bueno – Bueno Brandão-MG 07/2024


Ora-pro-nobis-de-flor-grande - Pereskia grandifolia Haw. (Cactaceae); Aspecto da planta adulta florida; Foto: Acervo de José Carlos Bueno – Bueno Brandão-MG 09/2024


Ora-pro-nobis-de-flor-grande - Pereskia grandifolia Haw. (Cactaceae); Inflorescência; Foto: Acervo de José Carlos Bueno – Bueno Brandão-MG 09/2024


Ora-pro-nobis-de-flor-grande - Pereskia grandifolia Haw. (Cactaceae); Ramo florido; Foto: Acervo de José Carlos Bueno – Bueno Brandão-MG 09/2024


Ora-pro-nobis-de-flor-grande - Pereskia grandifolia Haw. (Cactaceae); Aspecto da folhagem; Foto: Acervo de José Carlos Bueno – Bueno Brandão-MG 09/2024


Ora-pro-nobis-de-flor-grande - Pereskia grandifolia Haw. (Cactaceae); Ramo florido; Foto: Acervo de José Carlos Bueno – Bueno Brandão-MG 09/2024


Ora-pro-nobis-de-flor-grande - Pereskia grandifolia Haw. (Cactaceae); Ramo com folhas jovens; Foto: Acervo de José Carlos Bueno – Bueno Brandão-MG 09/2024


Ora-pro-nobis-de-flor-grande - Pereskia grandifolia Haw. (Cactaceae); Ramo com botão floral;  Foto: Acervo de José Carlos Bueno – Bueno Brandão-MG 09/2024


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domingo, 15 de setembro de 2024

Cafeeiro

 



Nome científico (classificador): Coffea arabica L.

Classificação mais recente:

  • Reino: Plantae
  • Divisão: Magnoliophyta
  • Classe: Magnoliopsida
  • Ordem: Gentianales
  • Família: Rubiaceae
  • Gênero: Coffea
  • Espécie: Coffea arabica

Família botânica: Rubiaceae

Sinonímia botânica: Não possui sinonímias amplamente utilizadas, pois Coffea arabica é o nome botânico mais reconhecido.

Nomes populares: Café, cafeeiro, café arábica

Descrição botânica: Coffea arabica é uma planta arbustiva ou pequena árvore que pode atingir de 2,5 a 4,5 metros de altura, mas é normalmente podada para facilitar a colheita. As folhas são ovais, brilhantes e de cor verde-escura, com bordas onduladas. As flores são brancas, pequenas e muito perfumadas, lembrando o jasmim. O fruto é uma drupa (cereja) que, quando madura, adquire uma coloração vermelha ou roxa, contendo normalmente duas sementes, conhecidas como grãos de café. As sementes são verdes antes do processamento e tornam-se marrons quando torradas.

Origem: Acredita-se que Coffea arabica seja nativa das regiões montanhosas da Etiópia e do sul do Sudão, mas a planta também é encontrada em algumas partes da Arábia, particularmente no Iêmen.

Usos medicinais: Em algumas tradições, o café tem sido utilizado para estimular o sistema nervoso central e combater a fadiga. Também é conhecido por suas propriedades diuréticas. Algumas pesquisas indicam que o consumo moderado de café pode ter efeitos antioxidantes, auxiliar na prevenção de doenças como Parkinson e diabetes tipo 2 e melhorar a saúde do fígado.

Toxicidade: Embora o café seja amplamente consumido, ele contém cafeína, que pode ser tóxica em doses excessivas. O consumo excessivo de café pode causar sintomas como ansiedade, insônia, taquicardia e problemas digestivos. A cafeína também pode levar à dependência em algumas pessoas.

Uso como bebida estimulante: O café é consumido em todo o mundo como uma bebida estimulante devido ao seu conteúdo de cafeína, um alcaloide que age como um estimulante do sistema nervoso central, ajudando a aumentar o estado de alerta e a reduzir a sensação de fadiga. A bebida é preparada a partir dos grãos torrados e moídos do fruto de Coffea arabica.

Histórico de utilização pela humanidade: O consumo de café tem uma longa história, datando de pelo menos o século 9, quando, de acordo com a lenda, pastores etíopes observaram que suas cabras ficavam mais enérgicas após consumir os frutos do cafeeiro. O café se popularizou no mundo islâmico durante o século 15, sendo cultivado no Iêmen e comercializado pelos árabes. A bebida se espalhou para a Europa no século 17, tornando-se extremamente popular em países como a Itália, França e Inglaterra, onde surgiram as primeiras casas de café. Durante o século 18, o cultivo do café se expandiu para as colônias europeias na América Latina, especialmente no Brasil, que se tornaria o maior produtor de café do mundo.

Cultivo: Coffea arabica prefere regiões tropicais com altitudes entre 600 e 2.000 metros, temperaturas amenas (entre 18°C e 24°C) e solos ricos em matéria orgânica, com boa drenagem. A planta requer chuvas regulares, mas não suporta encharcamento. O ciclo de crescimento e colheita é longo, com as cerejas do café levando de 7 a 9 meses para amadurecer. A propagação geralmente é feita por sementes ou mudas, e o cultivo inclui podas regulares para manter o tamanho da planta e facilitar a colheita. No Brasil, Colômbia, Etiópia e outros países produtores, Coffea arabica é uma cultura agrícola economicamente importante.

Curiosidades sobre a planta:

  1. Coffea arabica é responsável por cerca de 60-70% da produção mundial de café.
  2. É a espécie de café mais antiga cultivada, e sua produção exige condições mais específicas que outras espécies, como Coffea canephora (conhecida como robusta), que é mais resistente.
  3. A cafeína, presente nos grãos de Coffea arabica, atua como um pesticida natural, ajudando a proteger a planta contra insetos e pragas.
  4. A planta foi introduzida no Brasil no século 18 por Francisco de Melo Palheta, após uma expedição à Guiana Francesa.
  5. O café arábica geralmente tem um sabor mais suave e menos amargo do que o robusta, com notas aromáticas mais complexas.

Essa é uma planta de grande importância histórica, econômica e cultural, essencial para o cotidiano de milhões de pessoas ao redor do mundo!


Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG


Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 06/2024 – Bueno Brandão-MG


Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 06/2024 – Bueno Brandão-MG


Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG

Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG

Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG

Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG


Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG

Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG

Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG

Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG

domingo, 30 de junho de 2024

Ipê-roxo

 

Nome científico: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos

Família botânica: Bignoniaceae

Sinonímia botânica: Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl.

Nomes populares: Ipê-roxo, pau-d’arco-roxo, ipê-preto

Descrição botânica: Handroanthus impetiginosus é uma árvore caducifólia de médio a grande porte, podendo atingir de 8 a 30 metros de altura. Possui um tronco reto e cilíndrico, com casca espessa e rugosa de cor cinza-escura. As folhas são compostas, digitadas, geralmente com cinco folíolos de cor verde-escura. As flores são grandes, tubulares, de cor rosa a roxa, e aparecem em inflorescências terminais. Os frutos são cápsulas alongadas que se abrem para liberar sementes aladas.

Bioma de origem: Handroanthus impetiginosus é nativo das florestas tropicais e subtropicais das Américas, incluindo a Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica e o Pantanal.

Usos medicinais: A casca do ipê-roxo é utilizada na medicina tradicional para preparar chás e infusões. É conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antifúngicas e antibacterianas. É usada no tratamento de problemas respiratórios, infecções, diabetes, úlceras e algumas doenças de pele.

Toxicidade: Embora o uso medicinal do ipê-roxo seja comum, é importante ressaltar que o consumo deve ser moderado e supervisionado por um profissional de saúde. A casca contém compostos que podem ser tóxicos em altas doses e causar efeitos adversos como náuseas e vômitos.

Uso paisagístico e ornamental: Handroanthus impetiginosus é amplamente utilizado no paisagismo devido às suas flores vistosas e coloridas que enfeitam a árvore durante a floração, geralmente no final do inverno e início da primavera. É uma escolha popular para praças, parques, avenidas e jardins devido à sua beleza e capacidade de atrair polinizadores como abelhas e beija-flores.

Cultivo: Handroanthus impetiginosus prefere solos bem drenados e férteis, sendo resistente a diferentes tipos de solo, incluindo os mais pobres. Gosta de sol pleno e é tolerante à seca, embora responda bem à irrigação regular. A propagação é feita por sementes, que devem ser plantadas logo após a coleta devido à curta viabilidade. A árvore pode crescer lentamente nos primeiros anos, mas acelera o crescimento com o tempo.

Curiosidades sobre a planta:

  1. Handroanthus impetiginosus é uma das árvores símbolos do Brasil, sendo muito apreciada por sua beleza e uso ornamental.
  2. A madeira do ipê-roxo é extremamente dura e resistente, sendo utilizada na construção civil, na fabricação de móveis e na construção naval.
  3. Em algumas regiões, a árvore é chamada de "pau-d’arco" devido à forma arqueada de seus galhos, que eram usados por povos indígenas para fazer arcos.
  4. A floração exuberante do ipê-roxo é um espetáculo visual que atrai turistas e amantes da natureza durante sua época de floração.





Ipê-roxo: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos (Bignoniaceae) - detalhe da inflorescências - Foto: José Carlos Bueno - 06/2024 - Poços de Caldas-MG



Ipê-roxo: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos (Bignoniaceae) - Aspecto da árvore florida - Foto: José Carlos Bueno - 06/2024 - Poços de Caldas-MG




Ipê-roxo: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos (Bignoniaceae) - Detalhe do ramo florido - Foto: José Carlos Bueno - 06/2024 - Poços de Caldas-MG


domingo, 9 de junho de 2024

Crista-de-galo

 

Nome científico: Celosia cristata L.

Família botânica: Amaranthaceae

Sinonímia botânica: Celosia argentea var. cristata

Nomes populares: Crista-de-galo, celósia, celósia-crista

Descrição botânica: Celosia cristata é uma planta herbácea anual que pode atingir até 1 metro de altura. Possui folhas simples, alternadas, ovais a lanceoladas e de cor verde a avermelhada. As flores são compactas e agrupadas em inflorescências grandes e coloridas, que podem variar de vermelho, rosa, laranja, amarelo a branco. As inflorescências têm uma aparência ondulada e crespa, lembrando a crista de um galo, o que dá origem ao seu nome popular.

Usos medicinais: Em algumas tradições medicinais, Celosia cristata é utilizada para tratar problemas gastrointestinais, como diarreia e disenteria, bem como para controlar hemorragias internas e externas. Suas sementes e folhas são usadas em chás e infusões para tratar inflamações e infecções.

Usos como PANC: Celosia cristata é considerada uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC). Suas folhas jovens podem ser consumidas cozidas ou branqueadas, em saladas, refogados e sopas. As sementes também são comestíveis e podem ser utilizadas em farinhas ou adicionadas a cereais.

Usos como corante alimentar e seu principal pigmento: As flores de Celosia cristata são utilizadas como corante natural em alimentos. O principal pigmento responsável pela coloração intensa das flores é a betacianina, que pode ser extraída para tingir alimentos e bebidas.

Toxicidade: Celosia cristata é geralmente considerada segura para consumo humano. No entanto, é sempre recomendável consumir qualquer planta silvestre com moderação e após uma correta identificação, para evitar reações adversas.

Uso paisagístico e ornamental: Celosia cristata é amplamente cultivada como planta ornamental devido às suas flores vibrantes e de formas incomuns. É popular em jardins, canteiros e bordaduras, além de ser usada em arranjos florais e como flor de corte. Sua aparência única e variedade de cores a tornam uma adição atraente a qualquer paisagem.

Cultivo: Celosia cristata prefere locais ensolarados e solos bem drenados, ricos em matéria orgânica. É uma planta que se adapta bem a climas quentes e requer regas regulares, especialmente durante períodos de seca. A propagação é geralmente feita por sementes, que devem ser semeadas superficialmente e mantidas úmidas até a germinação.

Curiosidades sobre a planta:

  1. Celosia cristata é originária da África, mas se tornou popular em jardins de todo o mundo devido à sua aparência ornamental distinta.
  2. A planta é conhecida por sua durabilidade como flor de corte, mantendo sua aparência vibrante por um longo período após a colheita.
  3. Em algumas culturas africanas, a Celosia cristata é considerada uma planta sagrada e é usada em cerimônias e rituais.
  4. Além de seu uso ornamental e alimentício, a planta é cultivada em alguns lugares para controle de erosão, devido à sua capacidade de crescer rapidamente e cobrir o solo.

Crista-de-galo - Celosia cristata L. (Amaranthaceae) - Foto: José Carlos Bueno - 05/2024

Crista-de-galo - Celosia cristata L. (Amaranthaceae) - Foto: José Carlos Bueno - 05/2024

Crista-de-galo - Celosia cristata L. (Amaranthaceae) - Foto: José Carlos Bueno - 05/2024

Crista-de-galo - Celosia cristata L. (Amaranthaceae) - Foto: José Carlos Bueno - 05/2024

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Carambola



Nome científico: Averrhoa carambola L.
Família: Oxalidaceae
Nomes populares: Caramboleira, carambola, fruta-estrela, carambola-doce, camerunga

Descrição botânica: Averrhoa carambola é uma árvore perene, que pode atingir de 5 a 12 metros de altura. Possui folhas compostas, alternadas, com folíolos ovais e lisos. As flores são pequenas, de cor rosada a lilás, e dispostas em inflorescências. O fruto, conhecido como carambola, é oblongado, com cinco gomos pronunciados, e quando cortado transversalmente, tem forma de estrela. A casca do fruto é cerosa e de cor amarela a alaranjada quando madura.

Usos medicinais: Na medicina tradicional, diversas partes da caramboleira são utilizadas. As folhas e raízes são empregadas para tratar febres, dores de cabeça e infecções cutâneas. O suco do fruto é usado como diurético, e acredita-se que ele possa auxiliar na digestão e no tratamento de problemas hepáticos. A medicina caseira emprega, ainda, em várias regiões do país, suas folhas e frutos, como antiescorbútica, antidisentérica e estimulante do apetite.

Toxicidade: A carambola contém uma neurotoxina chamada caramboxina, que pode ser perigosa para pessoas com insuficiência renal ou predisposição a doenças renais. Esses indivíduos devem evitar o consumo da fruta, pois a toxina pode causar sintomas como confusão mental, fraqueza e, em casos graves, levar a convulsões e morte.

Uso alimentar e PANC: A carambola é amplamente consumida como fruta fresca. Pode ser utilizada em saladas, sucos, compotas, geleias e sobremesas. Além de seu uso como PANC (Planta Alimentícia Não Convencional), a carambola também é utilizada como guarnição decorativa em pratos devido à sua forma estelar atrativa.

Uso paisagístico e ornamental: Averrhoa carambola é valorizada no paisagismo por sua folhagem ornamental, flores atraentes e frutos exóticos. Ela é frequentemente plantada em jardins tropicais e subtropicais, tanto como árvore frutífera quanto ornamental.

Cultivo: A caramboleira cresce melhor em climas tropicais e subtropicais, preferindo solos bem drenados e ricos em matéria orgânica. Ela necessita de um local ensolarado e protegido de ventos fortes. A propagação é geralmente feita por sementes, mas também pode ser realizada por enxertia para garantir a qualidade dos frutos. A árvore começa a frutificar entre três a cinco anos após o plantio.

Curiosidades sobre a planta:

A carambola é conhecida por sua forma estelar quando cortada, o que a torna popular para decoração de pratos e bebidas.
O nome "Averrhoa" homenageia o polímata árabe Averróis, que foi uma figura importante na filosofia e ciência islâmica.
Além de ser apreciada como fruta fresca, a carambola é utilizada em algumas culturas para preparar vinhos e conservas.
Devido ao seu alto teor de ácido oxálico, a carambola pode interferir na absorção de cálcio e formar cristais de oxalato, o que é relevante para pessoas propensas a cálculos renais.



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Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


 





quarta-feira, 22 de maio de 2024

Guiné

Guine - N.C.: Petiveria tetrandra (Willd.) A. St.-Hil. (Phytolaccaceae) - Foto: José Carlos Bueno

Nome científico: Petiveria tetrandra (Willd.) A. St.-Hil.

Família: Phytolaccaceae

Sinonímia botânica: Petiveria alliacea L.


Nomes populares: Tipi, tipiá, guiné, erva-de-guiné, amansa-senhor, erva-de-tipi


Descrição botânica: Petiveria tetrandra é uma planta herbácea perene, que pode crescer entre 1 a 2 metros de altura. Possui folhas alternadas, simples, lanceoladas e de margem inteira. As flores são pequenas, brancas e dispostas em inflorescências longas e finas. O fruto é uma cápsula que contém sementes pequenas e negras.


Usos medicinais: Petiveria tetrandra é amplamente utilizada na medicina tradicional em várias culturas. É conhecida por suas propriedades analgésicas, anti-inflamatórias, antiespasmódicas, antitumorais e imunomoduladoras. É usada no tratamento de problemas respiratórios, artrite, reumatismo, dores de cabeça, febre, infecções e como estimulante do sistema imunológico.


Toxicidade: Embora possua diversos usos medicinais, o consumo de Petiveria tetrandra deve ser feito com cautela. Altas doses ou uso prolongado podem causar toxicidade hepática e renal. É importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento com esta planta.


Uso místico: Petiveria tetrandra é frequentemente utilizada em práticas espirituais e rituais afro-brasileiros. É considerada uma planta de proteção e purificação, sendo utilizada em defumações, banhos de ervas e oferendas para afastar energias negativas e atrair boas vibrações.


Uso paisagístico e ornamental: Devido à sua folhagem verde e inflorescências delicadas, Petiveria tetrandra pode ser utilizada em jardins de ervas medicinais e ornamentais. No entanto, seu uso paisagístico é menos comum devido ao seu crescimento relativamente desordenado e à necessidade de manejo constante.


Cultivo: Petiveria tetrandra é uma planta de fácil cultivo, adaptando-se bem a diferentes tipos de solo, desde que bem drenados. Prefere locais com boa luminosidade, podendo crescer tanto em sol pleno quanto em meia sombra. A propagação é geralmente feita por sementes ou por divisão de touceiras. A planta é resistente a pragas e doenças, mas pode necessitar de poda regular para controle de crescimento.


Curiosidades sobre a planta:

O nome "erva-de-guiné" deriva de sua associação com práticas espirituais e religiosas de origem africana. 

A planta exala um odor forte e característico quando esmagada, lembrando o cheiro de alho, o que justifica o nome "alliacea" em sua sinonímia botânica.

Petiveria tetrandra tem sido objeto de estudos científicos devido ao seu potencial terapêutico, especialmente no tratamento de câncer e como imunomodulador.

Em algumas culturas, a planta é utilizada como amuleto, sendo carregada em pequenos sachês ou pendurada em portas e janelas para afastar maus espíritos.

Guine - N.C.: Petiveria tetrandra (Willd.) A. St.-Hil. (Phytolaccaceae) - Foto: José Carlos Bueno

Guine - N.C.: Petiveria tetrandra (Willd.) A. St.-Hil. (Phytolaccaceae) - Foto: José Carlos Bueno

Guine - N.C.: Petiveria tetrandra (Willd.) A. St.-Hil. (Phytolaccaceae) - Foto: José Carlos Bueno






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quinta-feira, 16 de maio de 2024

Insulina-vegetal

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

 


Nome científico: Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis

 

Família botânica: Vitaceae

 

Nomes populares: Cipó-pucá, uva-brava, insulina-vegetal, cipó-pucá-de-flor-grande, cipó-de-mucuna, anil-trepador, cortina-de-pobre

 

Descrição botânica: Cissus verticillata é uma trepadeira perene e lenhosa, nativa das Américas, que pode atingir até 10 metros de comprimento. Possui folhas compostas e trifoliadas com bordas serrilhadas. As flores são pequenas, de cor verde-amarelada, e aparecem em inflorescências do tipo cimeira. Os frutos são bagas esféricas, pretas ou azul-escuras quando maduras.

 

Usos medicinais: Cissus verticillata é utilizada na medicina tradicional de várias culturas por suas propriedades medicinais. É conhecida principalmente como "insulina vegetal" por seu potencial efeito hipoglicemiante, sendo usada para ajudar no controle dos níveis de açúcar no sangue. Além disso, a planta é empregada no tratamento de inflamações, feridas, úlceras, e como analgésico natural.

 

Toxicidade: Apesar de seus usos medicinais, o uso de Cissus verticillata deve ser feito com cautela e sob orientação de um profissional de saúde, pois há relatos de efeitos colaterais, especialmente em doses elevadas ou uso prolongado. Alguns componentes da planta podem causar reações adversas, incluindo distúrbios gastrointestinais.

 

Uso paisagístico e ornamental: Cissus verticillata é valorizada no paisagismo por sua folhagem densa e capacidade de cobrir rapidamente estruturas como cercas, treliças e pérgolas, devido a isto um de seus nomes populares é cortina-de-pobre. Sua resistência e crescimento vigoroso a tornam uma excelente escolha para criar sombras naturais e coberturas vegetais.

 

Cultivo: Cissus verticillata é uma planta robusta que se adapta a uma variedade de condições de solo e clima. Prefere solos férteis e bem drenados, mas pode tolerar solos pobres e períodos de seca. Cresce bem em áreas com sol pleno a meia sombra. A propagação é geralmente feita por estacas de caule ou sementes.

 

Curiosidades sobre a planta:

 

A planta é conhecida por sua capacidade de crescer rapidamente e se espalhar, o que a torna uma boa escolha para áreas que precisam de cobertura vegetal rápida.

Cissus verticillata tem sido estudada por seu potencial em ajudar no tratamento de diabetes, graças às suas propriedades hipoglicemiantes.

É frequentemente utilizada em sistemas agroflorestais e na recuperação de áreas degradadas devido à sua resistência e capacidade de adaptação a diferentes condições ambientais.

Em algumas regiões, é considerada uma planta invasora devido à sua rápida taxa de crescimento e capacidade de se espalhar, competindo com espécies nativas.

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024




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