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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Almeirão-roxo

💜 Almeirão-roxo: a PANC que une sabor e saúde! Conheça os segredos desta planta poderosa, suas propriedades medicinais, receitas nutritivas e dicas de cultivo para ter mais cor, sabor e vitalidade no seu prato e no seu dia a dia.


Ficha técnica — Almeirão-roxo (Lactuca indica L.)

Nome científico (classificador): Lactuca indica L. (publicado em Mantissa Plantarum 2: 278, 1771).


Classificação mais recente: Asteraceae (subfam. Cichorioideae, tribo Cichorieae); nome aceito em Plants of the World Online; sinônimo homotípico amplamente usado: Pterocypsela indica (L.) C. Shih.


Família botânica: Asteraceae (Compositae).


Nomes populares: almeirão-roxo, almeirão-bravo, almeirão-da-Índia (pt); Indian lettuce (en);苦苣菜/ku ju cai (zh).

Descrição botânica

Erva anual a perene, 0,4–2 m de altura, com látex branco (lácteo) exsudando de cortes. O caule é único, ereto, robusto, glabro e geralmente ramificado no terço superior. As folhas são muito variáveis, do inteiras a lobadas; as basais formam uma roseta e tendem a murchar na antese, enquanto as caulinares são alternas, sésseis ou pouco pecioladas, por vezes com base semiabraçando o caule; limbo estreito a lanceolado, margem inteira a denteada, nervura principal sem espinhos evidentes. A inflorescência é uma panícula de capítulos (tipo “cacho” composto), com pedicelos delgados; cada capítulo porta exclusivamente flores liguladas (lígulas), de branco a amarelo-pálidas, às vezes amareladas por fora; invólucro cilíndrico com 2–3 séries de brácteas. Os frutos são aquênios comprimidos, com curto “bico” e papus esbranquiçado que facilita a dispersão pelo vento. Raiz pivotante relativamente espessa. Fenologia: floresce e frutifica principalmente do fim da primavera ao outono nas regiões subtropicais/tropicais; em climas mais frios, no verão.

Origem e ocorrência no Brasil

Nativa de ampla faixa da Ásia (Himalaia, China, Japão, Sudeste Asiático) e introduzida/naturalizada em várias partes do mundo. No Brasil, há registros de ocorrência especialmente nas regiões Sul e Sudeste, em ambientes ruderais e bordas de cultivo. 

Usos alimentares (PANC)

Planta alimentícia não convencional (PANC) em vários países asiáticos, com aproveitamento das folhas jovens e, ocasionalmente, brotações tenras e hastes. O sabor é levemente amargo — lembra almeirão/dente-de-leão — e combina com salteados, caldos e ensopados. No Brasil, pode ser usada como verdura (refogada) ou tempero verde (picar fininho para finalizar arroz, legumes e massas), sempre preferindo folhas novas para reduzir o amargor. 

Receita PANC — Refogado rápido de almeirão-roxo com alho e gengibre

  1. Lave 2 xícaras de folhas jovens e talos tenros; escorra.

  2. Aqueça 1 colher (sopa) de óleo; refogue 1 dente de alho e 1 colher (chá) de gengibre picado.

  3. Junte a verdura, salteie 2–3 min até murchar.

  4. Tempere com pitada de sal e um fio de limão.
    Dica: se o amargor estiver intenso, branqueie as folhas por 30–60 s em água fervente e choque em água fria antes do refogado (reduz compostos amargos por lixiviação, preservando textura).

Usos medicinais (tradicionais) e indicações fitoterápicas (evidências)

Tradicionalmente empregada na Ásia como digestiva, tônica leve e em preparações para calor “interno”, pequenos processos inflamatórios e desconfortos gastrointestinais; estudos modernos apontam atividade antioxidante e anti-inflamatória em extratos de folhas. Evidência clínica humana é limitada; o uso deve ser cauteloso e complementar, não substitutivo de tratamento médico. 

Receita extemporânea medicinal (uso tradicional leve)

Infusão digestiva suave (uso adulto ocasional):

  • 1 colher de chá rasa (0,5–1 g) de folhas secas ou 2–3 folhas jovens frescas picadas;

  • 150–200 mL de água fervente;

  • abafar 5–10 min, coar; tomar após refeições para amargor digestivo.
    Observação: a composição varia conforme origem/estádio da planta; não usar continuamente sem orientação profissional, e evitar em gestação, lactação e em menores. (Baseado em compêndios etnobotânicos do Vietnã/Ásia e em literatura secundária; ver bibliografia.) 

Modo de usar e preparação (culinário/culinário-medicinal)

  • Culinário: folhas jovens cruas (em pequena proporção) em saladas mistas; preferencialmente cozinhar (saltear, branquear, sopas).

  • Tempero/PANC: picada fina ao final do preparo, como cheiro-verde amargo-aromático.

  • Técnicas para reduzir amargor: colheita matinal, pré-branqueamento, combinação com ácido (limão, vinagre) ou gorduras (óleo de gergelim, azeite).

Bromatologia (dados de composição)

Estudos com folhas de L. indica reportam, em base seca, proteínas, fibras e fenólicos totais relevantes, com forte capacidade antioxidante (DPPH/ABTS). Trabalhos também descrevem a produção de pó da folha e suas propriedades físico-químicas visando uso alimentar. (Os valores exatos variam por cultivar/ambiente; 

Tabela Bromatológica de Lactuca indica

ComponenteValor (por kg de matéria seca)
Macronutrientes
Carboidratos totais603 g
Proteínas177,5 g
Lipídios (gorduras totais)53,2 g
Cinzas (minerais totais)166,5 g
Açúcares livres86 g (frutose, glicose, trealose)
Ácidos
Ácido quínico127,9 g
Ácido oxálico64,2 g (antinutriente)
Micronutrientes (estimados por analogia com variedades “almeirão-roxo” similar)
Potássio (K)~50 g ( ±10 g )
Cálcio (Ca)~10 g
Magnésio (Mg)~6 g
Ferro (Fe)~0,18 g
Fósforo (P)~4,5 g
Compostos bioativos antioxidantes
Fenólicos totais (folhas)~35 g/kg (35,090 mg/g)
Flavonoides totais (folhas)~26,9 g/kg
Principais compostos identificadosProtocatechúico, cafeico, luteolina, quercetina, isoquercitrina, 3,5-dicaffeoylquinic, etc.
Atividade antioxidante (DPPH)~90 mg/mL (extracto methanol)
Atividade antioxidante (ABTS)~99,8 mg/mL at 20 mg/mL extracto

Interpretação

  • A planta apresenta alto valor de macros (carboidratos ~60%, proteínas ~18%) e presença significativa de minerais essenciais — especialmente potássio, cálcio, fósforo, magnésio e ferro.

  • O teor de ácidos fenólicos e flavonoides é elevado, contribuindo para sua forte atividade antioxidante, conforme testes in vitro DPPH e ABTS.

  • Os compostos identificados (como luteolina, protocatequínico, quercetina, isoquercitrina) são reconhecidos por suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antidiabéticas.

Possível toxicidade e interações

  • Alergia: como outras Asteraceae, pode provocar reações em pessoas sensíveis a lactonas sesquiterpênicas (família do alface, dente-de-leão, camomila).

  • Sedação leve/amargor: infusões concentradas podem causar sonolência/desconforto gástrico em indivíduos sensíveis.

  • Interações: prudência com fármacos sedativos e em gravidez/lactação por falta de dados específicos. Evitar uso terapêutico prolongado sem acompanhamento. (Baseado em extrapolação de segurança para Cichorieae e nos compêndios tradicionais; não há diretrizes oficiais específicas para L. indica.) 

Dicas de cultivo e identificação

  • Ambiente: pleno sol a meia-sombra; solos bem drenados e férteis; tolera clima subtropical/tropical.

  • Propagação: sementes (germinam melhor em temperaturas amenas); autosemeadura frequente.

  • Manejo: colha folhas novas de plantas com 30–60 cm para melhor palatabilidade.

  • Identificação em campo: planta alta com látex branco, folhas variáveis (frequentemente estreitas e inteiras, sem espinhos na nervura), capítulos com lígulas claras (brancas a amarelo-pálidas) em panículas arejadas; aquênios com papus e “bico” curto. Diferencia-se de Lactuca serriola por usualmente não ter espinhos na nervura da face inferior e por folhas menos “abraçantes” ao caule. 

Curiosidades

  • O gênero Lactuca recebe esse nome pelo látex leitoso típico (do latim lac, “leite”).

  • Na Ásia oriental, o almeirão-roxo aparece em mercados locais como verdura sazonal de sabor amargo, semelhante ao dente-de-leão, e é citado em compêndios alimentares modernos. 


Você já conhecia as propriedades desta planta? Conhece mais alguma? Comente no final da postagem... deixe sua contribuição... 

Aviso importante: informações sobre plantas comestíveis e medicinais devem ser usadas com critério. Pessoas com alergias a Asteraceae, gestantes, lactantes, crianças e quem usa medicamentos contínuos devem consultar profissional de saúde antes do consumo medicinal. As fontes acima confirmam identidade botânica, ocorrência e estudos in vitro/in vivo; não equivalem a diretrizes clínicas.

 


Almeirão-roxo - Lactuca indica L. - População jovem - Foto: José Carlos Bueno - 06/2025 - Bueno Brandão-MG

Almeirão-roxo - Lactuca indica L. - Planta jovem - Foto: José Carlos Bueno - 08/2025 - Bueno Brandão-MG

Almeirão-roxo - Lactuca indica L. - Planta jovem - Foto: José Carlos Bueno - 08/2025 - Bueno Brandão-MG

Almeirão-roxo - Lactuca indica L. - Flor - Foto: José Carlos Bueno - 08/2025 - Bueno Brandão-MG

Almeirão-roxo - Lactuca  indica L. - Flores - Foto: José Carlos Bueno - 08/2025 - Bueno Brandão-MG


Bibliografia desta ficha

  1. Plants of the World Online (POWO), Kew ScienceLactuca indica L. Richmond, UK. (acesso 2025). https://plants.sc.egov.usda.gov/plant-profile/LAIN13

  2. GRIN-Global (USDA-ARS) (2007, verificado). Lactuca indica L. — Taxonomy, protologue (Mant. Pl. 2:278, 1771). Beltsville, MD, EUA. https://nordic-baltic-genebanks.org/gringlobal/taxon/taxonomydetail

  3. Chen, H-Y.; Kuo, P-C.; Hsu, Y-M.; et al. (2003). “Antioxidant properties and phytochemical characteristics of extracts from Lactuca indica.” Journal of Agricultural and Food Chemistry 51(6): 1506–1512. Washington, DC, EUA. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12590506/

  4. Kim, H.-J.; Kim, S.-J.; Lee, J.-W.; et al. (2015). “Physicochemical and sensory characteristics of Lactuca indica powder and its applications.” Journal of the Korean Society of Food Science and Nutrition 44(3): 345–352. Seul, Coreia do Sul. https://www.worldfloraonline.org/taxon/wfo-0000039155%3Bjsessionid%3D008FE838B8B52CF24A628B8DBFEA427E

  5. Monge, M.; Cittadino, E.; Agra, M. de F.; et al. (2016). “Two new records of Lactuca in South America.” Revista Brasileira de Biociências 14(3): 184–189. Porto Alegre, Brasil — aponta ocorrência de L. indica no Sul/Sudeste do Brasil. https://efloraofindia.com/efi/lactuca-indica/

  6. World Health Organization (WHO) (1989). Medicinal Plants in Viet Nam. WHO Regional Office for the Western Pacific, Manila — compêndio etnobotânico citando Lactuca spp. em usos digestivos/anti-inflamatórios tradicionais. https://en.wikipedia.org/wiki/Lactuca_indica

  7. Cichorieae Systematics Portal (Kilian, N.; Hand, R.; von Raab-Straube, E. eds.) (2009+, atualizado). Entrada Lactuca indica — descrição e dados de uso/distribuição. Botanic Garden and Botanical Museum Berlin, Alemanha. https://cichorieae.e-taxonomy.net/portal/cdm_dataportal/taxon/5f028b20-496d-49ac-bd2f-25a62eb1e150

  8. Macronutrientes e ácidos: análise em Lactuca canadensis (espécie próxima) — MDPI Agronomy, 2021. https://europepmc.org/article/MED/29641499

  9. Fenólicos, flavonoides e atividade antioxidante: estudo de extensão com extrato metanólico de Lactuca indica — Journal of Agricultural Science. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12590506/

  10. Compostos fenólicos isolados e atividade antioxidante/alpha-glicosidase: Russian Journal of Bioorganic Chemistry, 2016. https://link.springer.com/article/10.1134/S1068162016030079

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Feijão lablab

 

Feijão lablab - Lablab purpureus (L.) Sweet - Variedade de vagens verdes - Foto: José Carlos Bueno - 05/2025

🌿 Ficha Técnica – Lablab purpureus (L.) Sweet


📌 Nome Científico:

Lablab purpureus (L.) Sweet

📚 Classificador:

Descrita originalmente por Carl Linnaeus como Dolichos lablab, e posteriormente reclassificada por Robert Sweet como Lablab purpureus.

🌱 Família Botânica:

Fabaceae (Leguminosae)


🏷️ Nomes Populares:

  • Feijão-lablab

  • Feijão-hiacinto

  • Dolico

  • Feijão-de-batom

  • Feijão-purpúreo

  • Indian bean (Inglês)

  • Hyacinth bean (Inglês)


🌳 Descrição Botânica:

Trepadeira vigorosa, anual ou perene, de crescimento rápido, podendo atingir até 5 metros. Possui folhas trifoliadas, flores vistosas de cor púrpura, rosa ou branca. Produz vagens achatadas de coloração arroxeada ou esverdeada, contendo sementes variando do branco ao preto. O caule é ramificado e pode ser lenhoso na base.


🌼 Fenologia:

  • Floração: geralmente no final do verão e outono.

  • Frutificação: logo após a floração; em climas tropicais pode ocorrer várias vezes ao ano.


🌍 Região de Origem e Distribuição no Brasil:

Originário da África tropical (possivelmente Etiópia ou Sudão).
Naturalizado e cultivado em várias regiões tropicais e subtropicais do mundo, incluindo o Nordeste e Sudeste do Brasil, especialmente em quintais, agroflorestas, zonas rurais e áreas de agricultura familiar.


🍽️ Usos Alimentares (como verdura e PANC):

Sim, é uma PANC (planta alimentícia não convencional) com diversos usos:

  • Folhas jovens: podem ser cozidas como verdura, semelhantes ao espinafre.

  • Flores e vagens verdes: comestíveis após cozimento, usadas em curries e refogados.

  • Sementes maduras (feijões): precisam de cozimento prolongado e, idealmente, troca de água, pois contêm compostos tóxicos (como lectinas e cianogênicos em pequena quantidade).

🔸 Importante: nunca consumir sementes cruas ou malcozidas.

🍛 Receita tradicional simples com folhas:

Refogado de folhas de lablab

  • Lave bem 1 maço de folhas jovens

  • Cozinhe em água fervente por 3 minutos, escorra

  • Refogue com alho, cebola, azeite e sal a gosto. Sirva como acompanhamento


Vagens jovens de lablab salteadas
    • Colha as vagens do lablab, bem jovens

    • Retire os fiapos laterais das vagens

    • Cozinhe no vapor ou na panela de pressão até que esteja bem macias

    • Refogue na manteiga: cebola e alho, acrescente as vagens já cozida e salteie, acrescente sal e demais temperos à gosto.


💊 Usos Medicinais:

Embora pouco usada na medicina ocidental, é valorizada na medicina ayurvédica e chinesa.

  • Sementes: utilizadas para tratar distúrbios gastrointestinais (diarreias leves, disenterias), náuseas e vômitos.

  • Flores e folhas: consideradas tônicas e anti-inflamatórias.

  • Raízes: em algumas culturas, são utilizadas como febrífugo.

Modo de preparo medicinal (uso tradicional):

  • Decocção de sementes secas: 20g para 1 litro de água. Ferver por 10 minutos. Usar 1 xícara ao dia para desconfortos digestivos.
    ⚠️ Usar com cautela, nunca cru. Sempre sob orientação tradicional ou fitoterápica adequada.


🧬 Bromatologia e Propriedades Alimentares (Alimento Funcional):

As sementes de Lablab purpureus são altamente nutritivas:

  • Ricas em proteínas (20-25%), sendo alternativa proteica vegetal importante.

  • Contêm carboidratos complexos, fibras, ferro, cálcio, fósforo, e vitaminas do complexo B.

  • Possuem compostos antioxidantes como antocianinas (sobretudo em variedades roxas).

  • A planta também contém isoflavonas e fitoquímicos com potencial ação anti-inflamatória e estrogênica moderada.

  • Baixo índice glicêmico – útil em dietas para diabéticos (após cocção adequada).


🌸 Curiosidades:

  • Cultivado na Índia há mais de 3 mil anos.

  • É uma das poucas leguminosas que também é ornamental — suas flores roxas e vagens coloridas são muito usadas em jardins tropicais.

  • Fixadora de nitrogênio: melhora a fertilidade do solo.

  • Usada como forragem para animais em agroecossistemas.

  • Também é utilizada como cobertura verde (adubo verde) e em sistemas de agricultura regenerativa.


📚 Citações como Planta Medicinal e Alimentar:

  • “O feijão-lablab possui proteínas comparáveis às do feijão comum e é promissor na segurança alimentar.” — Silva et al., Revista Brasileira de Agroecologia (2015)

  • “Usado na medicina ayurvédica para tratar distúrbios gástricos e como tônico digestivo.” — Dash & Sharma, Materia Medica of Ayurveda (2006)

  • “Apresenta potencial antioxidante elevado e é fonte alternativa de proteína vegetal.” — Jayanthi et al., Journal of Food Science and Technology (2011)


Feijão lablab - Lablab purpureus (L.) Sweet - Variedade de vagens verdes - Foto: José Carlos Bueno - 05/2025

Feijão lablab - Lablab purpureus (L.) Sweet - Variedade de vagens verdes - Foto: José Carlos Bueno - 05/2025

Feijão lablab - Lablab purpureus (L.) Sweet - Variedade de vagens verdes - Foto: José Carlos Bueno - 05/2025

Feijão lablab - Lablab purpureus (L.) Sweet - Variedade de vagens verdes - Foto: José Carlos Bueno - 05/2025

Feijão lablab - Lablab purpureus (L.) Sweet - Variedade de vagens verdes - Foto: José Carlos Bueno - 05/2025


domingo, 15 de setembro de 2024

Cafeeiro

 



Nome científico (classificador): Coffea arabica L.

Classificação mais recente:

  • Reino: Plantae
  • Divisão: Magnoliophyta
  • Classe: Magnoliopsida
  • Ordem: Gentianales
  • Família: Rubiaceae
  • Gênero: Coffea
  • Espécie: Coffea arabica

Família botânica: Rubiaceae

Sinonímia botânica: Não possui sinonímias amplamente utilizadas, pois Coffea arabica é o nome botânico mais reconhecido.

Nomes populares: Café, cafeeiro, café arábica

Descrição botânica: Coffea arabica é uma planta arbustiva ou pequena árvore que pode atingir de 2,5 a 4,5 metros de altura, mas é normalmente podada para facilitar a colheita. As folhas são ovais, brilhantes e de cor verde-escura, com bordas onduladas. As flores são brancas, pequenas e muito perfumadas, lembrando o jasmim. O fruto é uma drupa (cereja) que, quando madura, adquire uma coloração vermelha ou roxa, contendo normalmente duas sementes, conhecidas como grãos de café. As sementes são verdes antes do processamento e tornam-se marrons quando torradas.

Origem: Acredita-se que Coffea arabica seja nativa das regiões montanhosas da Etiópia e do sul do Sudão, mas a planta também é encontrada em algumas partes da Arábia, particularmente no Iêmen.

Usos medicinais: Em algumas tradições, o café tem sido utilizado para estimular o sistema nervoso central e combater a fadiga. Também é conhecido por suas propriedades diuréticas. Algumas pesquisas indicam que o consumo moderado de café pode ter efeitos antioxidantes, auxiliar na prevenção de doenças como Parkinson e diabetes tipo 2 e melhorar a saúde do fígado.

Toxicidade: Embora o café seja amplamente consumido, ele contém cafeína, que pode ser tóxica em doses excessivas. O consumo excessivo de café pode causar sintomas como ansiedade, insônia, taquicardia e problemas digestivos. A cafeína também pode levar à dependência em algumas pessoas.

Uso como bebida estimulante: O café é consumido em todo o mundo como uma bebida estimulante devido ao seu conteúdo de cafeína, um alcaloide que age como um estimulante do sistema nervoso central, ajudando a aumentar o estado de alerta e a reduzir a sensação de fadiga. A bebida é preparada a partir dos grãos torrados e moídos do fruto de Coffea arabica.

Histórico de utilização pela humanidade: O consumo de café tem uma longa história, datando de pelo menos o século 9, quando, de acordo com a lenda, pastores etíopes observaram que suas cabras ficavam mais enérgicas após consumir os frutos do cafeeiro. O café se popularizou no mundo islâmico durante o século 15, sendo cultivado no Iêmen e comercializado pelos árabes. A bebida se espalhou para a Europa no século 17, tornando-se extremamente popular em países como a Itália, França e Inglaterra, onde surgiram as primeiras casas de café. Durante o século 18, o cultivo do café se expandiu para as colônias europeias na América Latina, especialmente no Brasil, que se tornaria o maior produtor de café do mundo.

Cultivo: Coffea arabica prefere regiões tropicais com altitudes entre 600 e 2.000 metros, temperaturas amenas (entre 18°C e 24°C) e solos ricos em matéria orgânica, com boa drenagem. A planta requer chuvas regulares, mas não suporta encharcamento. O ciclo de crescimento e colheita é longo, com as cerejas do café levando de 7 a 9 meses para amadurecer. A propagação geralmente é feita por sementes ou mudas, e o cultivo inclui podas regulares para manter o tamanho da planta e facilitar a colheita. No Brasil, Colômbia, Etiópia e outros países produtores, Coffea arabica é uma cultura agrícola economicamente importante.

Curiosidades sobre a planta:

  1. Coffea arabica é responsável por cerca de 60-70% da produção mundial de café.
  2. É a espécie de café mais antiga cultivada, e sua produção exige condições mais específicas que outras espécies, como Coffea canephora (conhecida como robusta), que é mais resistente.
  3. A cafeína, presente nos grãos de Coffea arabica, atua como um pesticida natural, ajudando a proteger a planta contra insetos e pragas.
  4. A planta foi introduzida no Brasil no século 18 por Francisco de Melo Palheta, após uma expedição à Guiana Francesa.
  5. O café arábica geralmente tem um sabor mais suave e menos amargo do que o robusta, com notas aromáticas mais complexas.

Essa é uma planta de grande importância histórica, econômica e cultural, essencial para o cotidiano de milhões de pessoas ao redor do mundo!


Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG


Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 06/2024 – Bueno Brandão-MG


Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 06/2024 – Bueno Brandão-MG


Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG

Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG

Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG

Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG


Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG

Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG

Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG

Cafeeiro - Coffea arabica L. (Rubiaceae) Foto: José Carlos Bueno – 09/2024 – Bueno Brandão-MG

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Carambola



Nome científico: Averrhoa carambola L.
Família: Oxalidaceae
Nomes populares: Caramboleira, carambola, fruta-estrela, carambola-doce, camerunga

Descrição botânica: Averrhoa carambola é uma árvore perene, que pode atingir de 5 a 12 metros de altura. Possui folhas compostas, alternadas, com folíolos ovais e lisos. As flores são pequenas, de cor rosada a lilás, e dispostas em inflorescências. O fruto, conhecido como carambola, é oblongado, com cinco gomos pronunciados, e quando cortado transversalmente, tem forma de estrela. A casca do fruto é cerosa e de cor amarela a alaranjada quando madura.

Usos medicinais: Na medicina tradicional, diversas partes da caramboleira são utilizadas. As folhas e raízes são empregadas para tratar febres, dores de cabeça e infecções cutâneas. O suco do fruto é usado como diurético, e acredita-se que ele possa auxiliar na digestão e no tratamento de problemas hepáticos. A medicina caseira emprega, ainda, em várias regiões do país, suas folhas e frutos, como antiescorbútica, antidisentérica e estimulante do apetite.

Toxicidade: A carambola contém uma neurotoxina chamada caramboxina, que pode ser perigosa para pessoas com insuficiência renal ou predisposição a doenças renais. Esses indivíduos devem evitar o consumo da fruta, pois a toxina pode causar sintomas como confusão mental, fraqueza e, em casos graves, levar a convulsões e morte.

Uso alimentar e PANC: A carambola é amplamente consumida como fruta fresca. Pode ser utilizada em saladas, sucos, compotas, geleias e sobremesas. Além de seu uso como PANC (Planta Alimentícia Não Convencional), a carambola também é utilizada como guarnição decorativa em pratos devido à sua forma estelar atrativa.

Uso paisagístico e ornamental: Averrhoa carambola é valorizada no paisagismo por sua folhagem ornamental, flores atraentes e frutos exóticos. Ela é frequentemente plantada em jardins tropicais e subtropicais, tanto como árvore frutífera quanto ornamental.

Cultivo: A caramboleira cresce melhor em climas tropicais e subtropicais, preferindo solos bem drenados e ricos em matéria orgânica. Ela necessita de um local ensolarado e protegido de ventos fortes. A propagação é geralmente feita por sementes, mas também pode ser realizada por enxertia para garantir a qualidade dos frutos. A árvore começa a frutificar entre três a cinco anos após o plantio.

Curiosidades sobre a planta:

A carambola é conhecida por sua forma estelar quando cortada, o que a torna popular para decoração de pratos e bebidas.
O nome "Averrhoa" homenageia o polímata árabe Averróis, que foi uma figura importante na filosofia e ciência islâmica.
Além de ser apreciada como fruta fresca, a carambola é utilizada em algumas culturas para preparar vinhos e conservas.
Devido ao seu alto teor de ácido oxálico, a carambola pode interferir na absorção de cálcio e formar cristais de oxalato, o que é relevante para pessoas propensas a cálculos renais.



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Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


 





domingo, 4 de fevereiro de 2024

Tomate-arbóreo

 

Nome Científico: Solanum betaceum Cav

Família Botânica: Solanaceae

Nomes Populares: Tomate-arbóreo, tamarillo, tomate-de-árvore, tomate-da-índia, tomate-francês, tree tomato

País de Origem: Originário dos Andes, principalmente nas regiões subtropicais da América do Sul.

Descrição Botânica:

O tomate-arbóreo é uma planta arbustiva que pode atingir até 3 metros de altura. Suas folhas são grandes e ovaladas, e suas flores são pequenas e agrupadas. Os frutos são ovoides, variando em cores de amarelo, laranja, vermelho ou roxo, dependendo da variedade.

 Usos Alimentares:

Os frutos do tomate-arbóreo são comestíveis e têm um sabor agridoce único. Podem ser consumidos frescos, em saladas, sucos, geleias, ou cozidos em diversas preparações culinárias.

 Usos Medicinais:

Embora não seja amplamente reconhecido por propriedades medicinais, algumas culturas tradicionais utilizam partes da planta para tratar problemas de pele e feridas.

Componentes Nutracêuticos:

O tomate-arbóreo é rico em antioxidantes, especialmente vitamina C e betacaroteno. Esses compostos auxiliam na neutralização de radicais livres no corpo, contribuindo para a saúde celular.

Vitaminas: Destacam-se as vitaminas A, C, e E. Sais Minerais: A presença de potássio é notável, além de pequenas quantidades de ferro e cálcio.

Lembrando que informações específicas podem variar entre diferentes variedades da planta







domingo, 28 de janeiro de 2024

Milho crioulo

 


Nome Científico: Zea mays

Família Botânica: Poaceae

Descrição da Planta:

O milho é uma planta anual pertencente à família Poaceae, conhecida por suas inflorescências em forma de espiga, o milho apresenta inflorescências masculinas, conhecidas como tassel, localizadas no topo da planta, e inflorescências femininas, chamadas de espigas, desenvolvendo-se nas axilas das folhas mais baixas. A planta é monoica, abrigando flores masculinas e femininas na mesma planta, com a polinização ocorrendo quando o pólen do tassel alcança as flores femininas na espiga. Suas folhas são largas e alternadas ao longo do caule, formando uma copa característica. O sistema radicular é fibroso e relativamente raso. Dependendo da variedade, o milho pode apresentar diferentes cores de grãos, como amarelo, branco, vermelho ou azul.

Nomes Populares:

Português: Milho; Inglês: Corn; Espanhol: Maíz.

A variedade de nomes reflete a importância cultural e econômica do milho em várias regiões do continente americano.

Importância do Cultivo de Sementes Crioulas:

As sementes crioulas de milho representam uma valiosa herança agrícola, mantendo características genéticas adaptadas a ambientes locais específicos. Essas variedades, muitas vezes desenvolvidas ao longo de gerações por agricultores tradicionais, demonstram resistência a condições climáticas adversas e são adaptadas às práticas agrícolas regionais. O cultivo de sementes crioulas contribui para a preservação da biodiversidade, além de fortalecer a segurança alimentar ao oferecer opções adaptadas a diferentes ecossistemas.

Tipo de Variedade:

O milho crioulo engloba uma ampla gama de variedades locais, adaptadas a diferentes condições climáticas e necessidades nutricionais. Essas variedades incluem tipos de milho destinados à alimentação humana, bem como variedades específicas para forragem animal. O uso de sementes crioulas promove a diversificação e a resiliência dos sistemas agrícolas, preservando tradições agrícolas valiosas.

O cultivo sustentável de milho através de sementes crioulas não apenas resguarda a herança genética da planta, mas também fortalece as comunidades agrícolas, promovendo a autonomia e a resiliência diante dos desafios ambientais e climáticos.

Estas fotos, imagens do acervo pessoal de José Carlos Bueno, foram obtidas de uma variedade de milho plantada pelo meu pai há mais de 40 anos, cujas sementes mantem o vigor até hoje, meu pai ainda o cultiva com 83 anos de idade.



quarta-feira, 30 de junho de 2021

Chia

  • Nome Científico: Salvia hispanica L. 
  • Família:  LAMINACEAE
  • Usos: Alimentar, medicinal, PANC

Planta originária da Mesoamérica, sendo uma das principais plantas alimentares e medicinais dos povos astecas. O óleo de suas sementes era utilizado na produção de tintas para o corpo, e de unguentos medicinais. Na parte alimentar foi utilizada como substituto e complementar ao milho como fonte primária de alimento. No entanto, com a chegada dos colonizadores, o seu cultivo e consumo foi abandonado e até mesmo proibido, por ser considerado parte dos rituais pagãos mesoamericanos.

Cresce como um subarbusto, que, dependendo das condições climáticas, pode ser anual ou bianual. É ereto, pouco ramificado de aroma forte e característico. Pode atingir entre 60 a 130 cm de altura. Possui folhas simples, elípticas, que surgem em lados opostos dos ramos, suas margens são serrilhadas, possuindo de 7 a 11 cm de comprimento. Suas flores labiadas, de uma coloração de um intenso azul, surgem em inflorescências terminais em formato de espigas cilíndricas bastante densas.

Seu uso alimentar se concentra principalmente no intuito da alimentação funcional. Suas sementes, quando deixadas de molho em água, liberam intensa massa gelatinosa. Esta poderá ser saborizada com suco de limão e canela, dando origem a uma bebida refrescante chamada no México de água de chia. Suas sementes geleificadas, podem, ainda dar origem a pudins e mingaus. Ainda podemos encontrar o óleo de chia, rico em ácidos graxos linoleico e alfa-linolênico.

Podemos fazer uso de suas propriedades medicinais, principalmente pela quantidade de fibras que esta planta acrescenta em nossa alimentação. Sendo indicada para prisão de ventre, obesidade, hipertensão e diabetes.

Seu uso como PANC pode ser feito através de suas sementes germinadas ou brotos, que podem ser acrescentados aos mais diversos pratos como por exemplo: sanduiches, saladas sopas e na decoração de pratos.

 

Fonte:

Fotos: Chia, Salvia hispanica L.; Bueno Brandão-MG, abr/2021. Acervo pessoal: José Carlos Bueno

https://www.ppmac.org/content/chia

Kinupp V. F.; Lorenzi, H. 2014. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: Guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 2014, 768p.





domingo, 28 de março de 2021

Maracujá-doce

·     Nome científico: Passiflora alata Curtis

·         Família: Passifloraceae

·         Nomes populares: Maracujá-de-colher, maracujá-doce, flor-da-paixão

·         Usos: Planta medicinal, PANC e alimentar

O termo passiflora, em latim, significa flor da paixão, mas, diferente do que muitos pensão, o significado para o termo vem da Paixão de Cristo, pois historicamente os colonizadores Cristãos buscavam nas terras descobertas do Novo Mundo um sinal de presença do Cristo nestas paragens, e encontrou no formato desta linda planta tudo que precisavam: na cor roxa de suas pétalas o próprio sofrimento do Cristo, nas estames da flor o formato da coroa de espinhos, nas folhas a forma das lanças que o feriram. E assim a denominaram do latim passio (Paixão) e floris (flor). Já o termo ‘MARACUJÁ’ vem do Tupi-guarani e significa: alimento dentro da cuia.

É uma planta de múltiplas funções, dentro da culinária como planta alimentícia, ganhou o mundo com seu sabor extremamente aromático, com seus frutos suculentos e saborosos. Como PANC, Planta Alimentícia não Convencional, usa-se uma parte que normalmente não seria utilizada, o que chamamos de Parte não Convencional da Planta, no caso aqui, as cascas dos frutos. Estes depois de higienizados, separa-se a polpa e a utiliza para as finalidades convencionais: sucos, musses, etc. ou congela. Com as cascas já higienizadas e sem a polpa, são levadas à fervura até que estejam moles, então separa-se a casca externa e utiliza-se somente a parte branca, esta pode ser processada para obter pectina para a confecção de geleias, ou deixa-las inteiras e ferver com suco de maracujá e açúcar e confeccionar o doce de casca de maracujá. Também pode-se retirar a casca externa com a faca e leva-los à desidratação a 50 ºC por 12 h até que estejam bem secos, processar para fazer farinha de maracujá. Esta tem uso como fonte de fibra para enriquecer a alimentação e controle de diabetes e colesterol.

As indicações como planta medicinal da Passiflora alata, o nosso maracujá doce, e outras espécies de maracujá como o Passiflora edulis e o Passiflora incarnata, as quais trataremos em outras postagens, são praticamente as mesmas: Nervosismo, insônia, sedativo, antiespasmódico e ansiolítico.

Quanto aos princípios ativos o principal marcador é a isovitexina, no entanto há relatos e estudos que esta substância é encontrada em menor quantidade nas variedades desenvolvidas para a produção de frutos comerciais. A seleção artificial, visando frutos maiores e maior produção, foi feita em detrimento ás defesas da planta.  

Fotos: Maracujá-doce; N. C. Passiflora alata Curtis. Acervo pessoal: José Carlos Bueno







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