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sábado, 26 de abril de 2025

Candeia

 

Candeia - Eremanthus erythropappus (DC.) McLeish - Foto: José Carlos Bueno - 12/2024 - Bueno Brandão-MG

🌿 Ficha Técnica – Eremanthus erythropappus (DC.) McLeish


📌 Nome Científico:

Eremanthus erythropappus (DC.) McLeish

📚 Classificador:

Originalmente descrita por Augustin Pyramus de Candolle (DC.), reclassificada por McLeish.

🌱 Família Botânica:

Asteraceae


🏷️ Nomes Populares:

  • Candeia

  • Candeinha

  • Pau-candeia

  • Árvore-da-candeia

  • Candeia-brava


🌳 Descrição Botânica:

Árvore de médio porte, com altura entre 6 a 15 metros. Possui tronco retilíneo, de casca espessa, fissurada e rica em óleo-resina aromática. As folhas são alternas, simples, lanceoladas a oblanceoladas, coriáceas, verdes na face superior e esbranquiçadas na inferior (indumento de tricomas). As flores são reunidas em inflorescências do tipo capítulo, de cor branco-amarelada. O fruto é um aquênio pequeno.


🌸 Fenologia:

  • Floração: De outubro a dezembro.

  • Frutificação: De dezembro a fevereiro.
    O ciclo reprodutivo é influenciado pelas chuvas da primavera-verão.


🌍 Região de Origem e Distribuição no Brasil:

Endêmica do Brasil, especialmente em regiões de altitude e campos rupestres dos estados de Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e São Paulo.
Predomina em solos pobres, secos, pedregosos e em ambientes de Cerrado e Mata Atlântica, sendo uma espécie adaptada a climas mais frios.


💊 Usos Medicinais:

  • Óleo essencial da madeira: Rico em α-bisabolol (até 80%), com reconhecidas propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes, bactericidas, fungicidas e calmantes.

  • Indicações populares:

    • Tratamento de feridas, queimaduras, psoríase, eczemas, acne, inflamações de pele.

    • Alívio de irritações, coceiras e regeneração da pele lesionada.

    • Atua como antimicrobiano natural em cremes dermatológicos.


🧪 Modo de Usar e Preparação:

  • Óleo essencial puro: Aplicar diluído (em óleo vegetal carreador) sobre a pele em lesões ou inflamações.

  • Pomadas e cremes: Incorporado em bases dermatológicas em concentrações de 1% a 10% para uso tópico.

  • Infusão externa: Raspas da madeira fervidas em água para banhos de limpeza de feridas.

  • Compressas: Com óleo ou infusão sobre áreas inflamadas.

⚠️ Uso interno é desaconselhado sem acompanhamento médico.


🌸 Curiosidades:

  • A palavra "candeia" vem do uso tradicional da madeira como "tocha" natural, acesa para iluminação antes da eletricidade.

  • Eremanthus erythropappus é a principal fonte natural de α-bisabolol usado pela indústria cosmética global.

  • A espécie é protegida por legislação ambiental em Minas Gerais, sendo considerada ameaçada de extinção devido à extração intensa para óleo e madeira.

  • Plantios comerciais estão sendo desenvolvidos como forma sustentável de exploração.


📚 Citações como Planta Medicinal:

  • “A exploração de Eremanthus erythropappus para extração de α-bisabolol destaca-se como uma alternativa sustentável ao uso do bisabolol sintético.” — Silva et al., Revista Brasileira de Plantas Medicinais (2011)

  • “Estudos farmacológicos confirmam o potencial antimicrobiano do óleo essencial extraído da candeia.” — Pimenta et al., Brazilian Journal of Pharmacognosy (2010)

  • A UFLA publicou um manual para cultivo de candeia que pode ser acessado em:
    http://www.nucleoestudo.ufla.br/nemaf/candeia/manual_simplificado.pdf


Candeia - Eremanthus erythropappus (DC.) McLeish - Foto: José Carlos Bueno - 12/2024 - Bueno Brandão-MG

Candeia - Eremanthus erythropappus (DC.) McLeish - Foto: José Carlos Bueno - 12/2024 - Bueno Brandão-MG

Candeia - Eremanthus erythropappus (DC.) McLeish - Foto: José Carlos Bueno - 12/2024 - Bueno Brandão-MG - Detalhe das características da planta

Candeia - Eremanthus erythropappus (DC.) McLeish - Foto: José Carlos Bueno - 12/2024 - Bueno Brandão-MG - Pequena população em campo de altitude



domingo, 30 de junho de 2024

Ipê-roxo

 

Nome científico: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos

Família botânica: Bignoniaceae

Sinonímia botânica: Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl.

Nomes populares: Ipê-roxo, pau-d’arco-roxo, ipê-preto

Descrição botânica: Handroanthus impetiginosus é uma árvore caducifólia de médio a grande porte, podendo atingir de 8 a 30 metros de altura. Possui um tronco reto e cilíndrico, com casca espessa e rugosa de cor cinza-escura. As folhas são compostas, digitadas, geralmente com cinco folíolos de cor verde-escura. As flores são grandes, tubulares, de cor rosa a roxa, e aparecem em inflorescências terminais. Os frutos são cápsulas alongadas que se abrem para liberar sementes aladas.

Bioma de origem: Handroanthus impetiginosus é nativo das florestas tropicais e subtropicais das Américas, incluindo a Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica e o Pantanal.

Usos medicinais: A casca do ipê-roxo é utilizada na medicina tradicional para preparar chás e infusões. É conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antifúngicas e antibacterianas. É usada no tratamento de problemas respiratórios, infecções, diabetes, úlceras e algumas doenças de pele.

Toxicidade: Embora o uso medicinal do ipê-roxo seja comum, é importante ressaltar que o consumo deve ser moderado e supervisionado por um profissional de saúde. A casca contém compostos que podem ser tóxicos em altas doses e causar efeitos adversos como náuseas e vômitos.

Uso paisagístico e ornamental: Handroanthus impetiginosus é amplamente utilizado no paisagismo devido às suas flores vistosas e coloridas que enfeitam a árvore durante a floração, geralmente no final do inverno e início da primavera. É uma escolha popular para praças, parques, avenidas e jardins devido à sua beleza e capacidade de atrair polinizadores como abelhas e beija-flores.

Cultivo: Handroanthus impetiginosus prefere solos bem drenados e férteis, sendo resistente a diferentes tipos de solo, incluindo os mais pobres. Gosta de sol pleno e é tolerante à seca, embora responda bem à irrigação regular. A propagação é feita por sementes, que devem ser plantadas logo após a coleta devido à curta viabilidade. A árvore pode crescer lentamente nos primeiros anos, mas acelera o crescimento com o tempo.

Curiosidades sobre a planta:

  1. Handroanthus impetiginosus é uma das árvores símbolos do Brasil, sendo muito apreciada por sua beleza e uso ornamental.
  2. A madeira do ipê-roxo é extremamente dura e resistente, sendo utilizada na construção civil, na fabricação de móveis e na construção naval.
  3. Em algumas regiões, a árvore é chamada de "pau-d’arco" devido à forma arqueada de seus galhos, que eram usados por povos indígenas para fazer arcos.
  4. A floração exuberante do ipê-roxo é um espetáculo visual que atrai turistas e amantes da natureza durante sua época de floração.





Ipê-roxo: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos (Bignoniaceae) - detalhe da inflorescências - Foto: José Carlos Bueno - 06/2024 - Poços de Caldas-MG



Ipê-roxo: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos (Bignoniaceae) - Aspecto da árvore florida - Foto: José Carlos Bueno - 06/2024 - Poços de Caldas-MG




Ipê-roxo: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos (Bignoniaceae) - Detalhe do ramo florido - Foto: José Carlos Bueno - 06/2024 - Poços de Caldas-MG


quinta-feira, 16 de maio de 2024

Insulina-vegetal

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

 


Nome científico: Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis

 

Família botânica: Vitaceae

 

Nomes populares: Cipó-pucá, uva-brava, insulina-vegetal, cipó-pucá-de-flor-grande, cipó-de-mucuna, anil-trepador, cortina-de-pobre

 

Descrição botânica: Cissus verticillata é uma trepadeira perene e lenhosa, nativa das Américas, que pode atingir até 10 metros de comprimento. Possui folhas compostas e trifoliadas com bordas serrilhadas. As flores são pequenas, de cor verde-amarelada, e aparecem em inflorescências do tipo cimeira. Os frutos são bagas esféricas, pretas ou azul-escuras quando maduras.

 

Usos medicinais: Cissus verticillata é utilizada na medicina tradicional de várias culturas por suas propriedades medicinais. É conhecida principalmente como "insulina vegetal" por seu potencial efeito hipoglicemiante, sendo usada para ajudar no controle dos níveis de açúcar no sangue. Além disso, a planta é empregada no tratamento de inflamações, feridas, úlceras, e como analgésico natural.

 

Toxicidade: Apesar de seus usos medicinais, o uso de Cissus verticillata deve ser feito com cautela e sob orientação de um profissional de saúde, pois há relatos de efeitos colaterais, especialmente em doses elevadas ou uso prolongado. Alguns componentes da planta podem causar reações adversas, incluindo distúrbios gastrointestinais.

 

Uso paisagístico e ornamental: Cissus verticillata é valorizada no paisagismo por sua folhagem densa e capacidade de cobrir rapidamente estruturas como cercas, treliças e pérgolas, devido a isto um de seus nomes populares é cortina-de-pobre. Sua resistência e crescimento vigoroso a tornam uma excelente escolha para criar sombras naturais e coberturas vegetais.

 

Cultivo: Cissus verticillata é uma planta robusta que se adapta a uma variedade de condições de solo e clima. Prefere solos férteis e bem drenados, mas pode tolerar solos pobres e períodos de seca. Cresce bem em áreas com sol pleno a meia sombra. A propagação é geralmente feita por estacas de caule ou sementes.

 

Curiosidades sobre a planta:

 

A planta é conhecida por sua capacidade de crescer rapidamente e se espalhar, o que a torna uma boa escolha para áreas que precisam de cobertura vegetal rápida.

Cissus verticillata tem sido estudada por seu potencial em ajudar no tratamento de diabetes, graças às suas propriedades hipoglicemiantes.

É frequentemente utilizada em sistemas agroflorestais e na recuperação de áreas degradadas devido à sua resistência e capacidade de adaptação a diferentes condições ambientais.

Em algumas regiões, é considerada uma planta invasora devido à sua rápida taxa de crescimento e capacidade de se espalhar, competindo com espécies nativas.

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024




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domingo, 17 de março de 2024

Pata-de-vaca

 

Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno



Nome Científico: Bauhinia forficata Link

Família Botânica: Leguminosae

Outros nomes populares: casco-de-vaca, ceroula-de-boneca, unha-de-anta, pata-de-veado, mororó, unha-de-vaca

Descrição Botânica: A Bauhinia forficata é uma árvore de porte médio a grande, podendo atingir até 10 metros de altura. Suas folhas são verdes brilhantes, palmadas, com dois lobos bem pronunciados, lembrando a forma de uma pata de vaca, o que lhe confere o nome popular. Suas flores são grandes, vistosas e de coloração branca, dispostas em inflorescências racemosas. A Pata-de-vaca floresce principalmente na primavera e no verão, podendo variar conforme as condições climáticas locais. Após a floração, produz vagens que contêm sementes.

Usos Medicinais: Na medicina popular, a Bauhinia forficata é utilizada no tratamento de diabetes mellitus, devido às propriedades hipoglicemiantes atribuídas à planta. Ela é conhecida por ajudar a reduzir os níveis de glicose no sangue. Além disto também é considerada diurética, hipocolesterêmiante, a medicina popular ainda a indica contra cistites, parasitoses intestinais, elefantíase e como auxiliar no tratamento do diabetes.

Usos Ecológicos: A Pata-de-vaca desempenha um papel importante na ecologia como uma planta que atrai polinizadores, como abelhas e borboletas, devido às suas flores vistosas. Além disso, ela pode ser usada em projetos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas, contribuindo para a diversidade ecológica e para a estabilização do solo.

Para utilizar a pata-de-vaca, Bauhinia forficata é importante fazer diferenciação das espécies ornamentais, como por exemplo a Bauhinia variegata que é muito utilizada no paisagismo urbano:

Folhas: Enquanto a Bauhinia forficata possui folhas palmadas com dois lobos bem distintos, a Bauhinia variegata apresenta folhas mais ovais e arredondadas, com um lobo menos pronunciado. As folhas da Bauhinia variegata também podem ter margens mais serrilhadas.

Flores: As flores da Bauhinia variegata tendem a ter uma gama de cores mais ampla, incluindo tons de branco, rosa, roxo e até mesmo vermelho. Além disso, as inflorescências da Bauhinia variegata podem ser mais densas e compactas em comparação com as da Bauhinia forficata.


Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno

Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno

Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno

Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno



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sexta-feira, 8 de março de 2024

Açoita-cavalo

 



Nome Científico: Luehea divaricata

Família: Tiliaceae

Descrição Botânica:

A açoita-cavalo é uma árvore de porte médio a grande, que pode atingir de 5 a 20 metros de altura. Possui tronco cilíndrico, com casca áspera e fissurada, de cor marrom-avermelhada. Suas folhas são simples, alternadas, de formato ovalado a elíptico, com bordas serrilhadas e nervuras bem marcadas. As flores são pequenas, brancas ou levemente rosadas, reunidas em inflorescências terminais. Os frutos são cápsulas lenhosas, contendo numerosas sementes aladas.

A açoita-cavalo é nativa da América do Sul, encontrada em diversas regiões desde o Brasil até a Argentina. Geralmente ocorre em matas de galeria, margens de rios e áreas de transição entre floresta e cerrado. Fenologia: A floração da açoita-cavalo ocorre geralmente na primavera e verão, variando de acordo com as condições climáticas locais. A frutificação acontece após a polinização das flores, e os frutos amadurecem no final do verão e outono.

Na medicina popular, diversas partes da planta são utilizadas com propósitos medicinais. O chá das folhas é empregado tradicionalmente como anti-inflamatório, cicatrizante e para tratar problemas respiratórios. Também é utilizado para aliviar dores musculares e articulares, além de ser considerado um tônico geral para o organismo.

Outros usos medicinais já foram relatados como: folhas como diurético, as hastes como anti-inflamatório, a casca e partes aéreas para cicatrizar feridas e espinhas (acne); e lavagem vaginal. Em um estudo químico que constatou os principais constituintes das cascas do caule e das folhas de L. divaricata, e também as atividades antifúngica, antibacteriana e antiproliferativa dos extratos brutos, e antibacteriana das frações do extrato das cascas do caule.

A madeira da açoita-cavalo é de boa qualidade, resistente e durável. É utilizada na fabricação de móveis, construção civil, cercas, postes e para produção de carvão vegetal. Também utilizada para a fabricação de coronhas de armas de fogo pois é uma madeira leve e resistente a choques e variações climáticas e, dificilmente empena sob variações de temperatura e umidade, principalmente quando seca sob condições de estufa.

Devido à sua rápida taxa de crescimento e adaptabilidade a diferentes tipos de solo, a açoita-cavalo é frequentemente utilizada em programas de reflorestamento. Ela contribui para a recomposição de áreas degradadas, ajudando na proteção do solo, na conservação da biodiversidade e na recuperação de ecossistemas naturais.

Açoita-cavalo: Luehea divaricata (Tiliaceae) - Ramo florido; Foto: José Carlos Bueno 18/02/2024


Açoita-cavalo: Luehea divaricata (Tiliaceae) - Ramo florido; Foto: José Carlos Bueno 18/02/2024

Açoita-cavalo: Luehea divaricata (Tiliaceae) - Ramo florido; Foto: José Carlos Bueno 18/02/2024

Açoita-cavalo: Luehea divaricata (Tiliaceae) - Ramo e folhagem; Foto: José Carlos Bueno 18/02/2024


Açoita-cavalo: Luehea divaricata (Tiliaceae) - Exemplar adulto; Foto: José Carlos Bueno 18/02/2024




domingo, 25 de fevereiro de 2024

Quina-quina ou murta-do-mato

 Quina-quina; Coutarea hexandra (Jacq.) K.Schum. Fam: Rubiaceae
Foto: José Carlos Bueno
 

Nome científico: Coutarea hexandra (Jacq.) K.Schum.

Família botânica: Rubiaceae.

Demais nomes populares: quina-do-mato, quina-de-don-diogo, quina-de-pernambuco, quina-do-piauí, quina-brava, quina-lisa e quina-branca.

Descrição botânica:

A quina, ou murta-do-mato, é uma árvore perene que pode alcançar de 4 a 6 metros de altura. Suas folhas são opostas, simples, ovaladas e de cor verde-escura, apresentando nervuras bem marcadas. As flores têm até 5 cm de comprimento, são brancas ou rosadas, agrupadas em inflorescências cimosas axilares as folhas. A floração ocorre geralmente na primavera e no verão. Os frutos são cápsulas lenhosas que se abrem quando maduras, liberando pequenas sementes aladas. A quina, ou murta-do-mato, é nativa de quase todo o Brasil. É encontrada principalmente em florestas úmidas e áreas de clima tropical e região de altitude especialmente acima de 500 m.

Usos medicinais e principais princípios ativos:

A quina possui propriedades medicinais devido à presença de alcaloides, como a quinina. Historicamente, sua casca tem sido utilizada no tratamento da malária devido às suas propriedades antiparasitárias. Além disso, a quina é empregada no tratamento de febres e dores musculares, bem como como tônico digestivo.

Usos ornamentais e paisagísticos:

Devido à sua beleza de floração e folhagem exuberante, a quina também pode ser cultivada como planta ornamental em jardins e paisagens tropicais. Suas flores delicadas e seu porte arbóreo a tornam uma adição atraente para áreas de sombra em jardins paisagísticos.


Quina-quina; Coutarea hexandra (Jacq.) K.Schum. Fam: Rubiaceae
Foto: José Carlos Bueno

Quina-quina; Coutarea hexandra (Jacq.) K.Schum. Fam: Rubiaceae
detalhe do ramo florido
Foto: José Carlos Bueno

Quina-quina; Coutarea hexandra (Jacq.) K.Schum. Fam: Rubiaceae
Características gerais da Planta
Foto: José Carlos Bueno

Quina-quina; Coutarea hexandra (Jacq.) K.Schum. Fam: Rubiaceae
Planta em ambiente natural
Foto: José Carlos Bueno



sábado, 17 de fevereiro de 2024

Assa-peixe


Nome Científico: Vernonanthura phosphorica (Vell.) H.Rob.

Sinonímia Científica: Vernonia polyanthes Less, Vernonia phosphorica (Vell.) H.Rob.

Nomes Populares: Assa-peixe, assapeixe, assa-peixe-do-campo.

Descrição Botânica: Arbusto grande, perene, ereto, que pode atingir até 2 metros de altura. Possui caule cilíndrico, ramificado na porção superior. Folhas simples, alternadas ao longo do caule, lanceoladas a ovais, com margens serrilhadas, cor verde-escura na parte superior e mais clara na parte inferior, com nervuras bem marcadas. Flores reunidas em capítulos terminais, dispostos em corimbos, com longos pedúnculos. As flores são pequenas, tubulares, de cor esbranquiçada.

Usada como Planta Medicinal o assa-peixe é utilizado para o tratamento de problemas respiratórios, tosse, bronquite, inflamações, febres e dores musculares. Suas folhas e inflorescências são utilizadas na preparação de chás e extratos medicinais.

Também é utilizada como PANC (Planta Alimentícia Não Convencional): Embora não seja muito comum, algumas comunidades utilizam as folhas jovens da planta como ingrediente em saladas ou refogados, além disto suas folhas também podem ser utilizadas empanadas ou à dorê. No entanto, seu uso como alimento ainda é pouco difundido.

As flores da Vernonanthura phosphorica são fonte de néctar e pólen para as abelhas, contribuindo para a produção de mel e o desenvolvimento das colônias, constituindo, também em importante pasto apícola.

 


Foto: José Carlos Bueno

Foto: José Carlos Bueno

Foto: José Carlos Bueno

Foto: José Carlos Bueno

Foto: José Carlos Bueno


segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Guaçatonga


  • Nome científico: Casearia sylvestris Sw.
  • Família: Salicaceae
  • Principais usos: Medicinal, madeira para lenha

Guaçatonga, guaçatunga, erva-de-lagarto, cafezinho-do-mato. N.C. Casearia sylvestris; Familia – Salicaceae. Árvore de pequeno porte, pioneira, nativa de quase todo o território brasileiro, inclusive abundante em nossa região sul de minas. Importante planta medicinal, já utilizada e bem conhecida dos indígenas, à qual atribuíam uma lenda, de que o lagarto só brigava com uma cobra se estivesse debaixo de uma delas, tão grande o poder cicatrizante desta. Já conhecida desde então, com esta finalidade, e também bem estudada e comprovada seus efeitos cicatrizantes e antivirais. Em um trabalho mestrado comprovou seus efeitos em cicatrização de mucosa de gengivas. 

Indicações como medicinal: Acne, Antimicrobiana, Azia, Gastroprotetora, Cicatrizante, Eczemas, Gastrite, Picadas de inseto, Úlceras estomacais






Fotos de 08/08/2015 - Inconfidentes-MG (fonte: Acervo JCBueno)


domingo, 24 de janeiro de 2021

Dedaleiro

  • Nome Científico: Lafoensia pacari St. Hil., 
  • Família Lythraceae
  • Principais usos: Medicinal,

Foto: Acervo José Carlos Bueno



Dedaleiro, árvore-de-didal, didalzeiro. mangaba-brava, são alguns dos nomes populares desta árvore, nativa do Brasil e Paraguai, cujo nome científico é Lafoencia pacari pertence à família Lythraceae; é uma árvore bonita, com suas folhas coriáceas bem brilhantes, suas flores brancas atraem beija-flores, depois que as flores caem, exibem estas estruturas da foto, que são os receptáculos florais, os chamados dedais. Suas cascas são utilizadas na medicina popular para Úlcera gástrica, gastrite, ferimentos, inflamação do útero, transtornos da vesícula biliar, emagrecimento, urticária e corrimento vaginais. 

Foto: acervo de José Carlos Bueno



O Lafoensia pacari, popularmente conhecido como árvore-dedal ou dedaleiro, é uma árvore de porte médio a grande, pertencente à família Lythraceae. Suas folhas são opostas, simples e lanceoladas, com uma textura coriácea e uma tonalidade verde-escura. Sua casca é lisa e de cor cinza-claro.

O dedaleiro produz inflorescências em forma de panículas terminais, compostas por pequenas flores de coloração branca ou rosada. Sua floração ocorre principalmente na primavera e verão, adornando a árvore com delicadas e vistosas flores.

Na medicina popular, diversas partes do dedaleiro são utilizadas devido às suas propriedades medicinais. A casca é empregada no tratamento de distúrbios gastrointestinais, como diarreia e cólicas, enquanto as folhas são utilizadas em preparações tônicas e anti-inflamatórias.

Uso da Madeira:

A madeira do Lafoensia pacari é valorizada por sua resistência e durabilidade. É frequentemente utilizada na marcenaria para a fabricação de móveis finos, assoalhos e instrumentos musicais, como violões e guitarras.

Uso Ornamental:

Devido à sua bela floração e porte elegante, o dedaleiro é uma excelente opção para ornamentação de jardins e parques. Sua presença acrescenta beleza e atratividade paisagística, além de proporcionar sombra e abrigo para outras espécies vegetais e animais.




Foto: Acervo José Carlos Bueno


Foto: Bueno Brandão-MG, Bairro Xavi, Jan/2016. (Fonte: Acervo JCBueno)

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