domingo, 30 de junho de 2024

Ipê-roxo

 

Nome científico: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos

Família botânica: Bignoniaceae

Sinonímia botânica: Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl.

Nomes populares: Ipê-roxo, pau-d’arco-roxo, ipê-preto

Descrição botânica: Handroanthus impetiginosus é uma árvore caducifólia de médio a grande porte, podendo atingir de 8 a 30 metros de altura. Possui um tronco reto e cilíndrico, com casca espessa e rugosa de cor cinza-escura. As folhas são compostas, digitadas, geralmente com cinco folíolos de cor verde-escura. As flores são grandes, tubulares, de cor rosa a roxa, e aparecem em inflorescências terminais. Os frutos são cápsulas alongadas que se abrem para liberar sementes aladas.

Bioma de origem: Handroanthus impetiginosus é nativo das florestas tropicais e subtropicais das Américas, incluindo a Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica e o Pantanal.

Usos medicinais: A casca do ipê-roxo é utilizada na medicina tradicional para preparar chás e infusões. É conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antifúngicas e antibacterianas. É usada no tratamento de problemas respiratórios, infecções, diabetes, úlceras e algumas doenças de pele.

Toxicidade: Embora o uso medicinal do ipê-roxo seja comum, é importante ressaltar que o consumo deve ser moderado e supervisionado por um profissional de saúde. A casca contém compostos que podem ser tóxicos em altas doses e causar efeitos adversos como náuseas e vômitos.

Uso paisagístico e ornamental: Handroanthus impetiginosus é amplamente utilizado no paisagismo devido às suas flores vistosas e coloridas que enfeitam a árvore durante a floração, geralmente no final do inverno e início da primavera. É uma escolha popular para praças, parques, avenidas e jardins devido à sua beleza e capacidade de atrair polinizadores como abelhas e beija-flores.

Cultivo: Handroanthus impetiginosus prefere solos bem drenados e férteis, sendo resistente a diferentes tipos de solo, incluindo os mais pobres. Gosta de sol pleno e é tolerante à seca, embora responda bem à irrigação regular. A propagação é feita por sementes, que devem ser plantadas logo após a coleta devido à curta viabilidade. A árvore pode crescer lentamente nos primeiros anos, mas acelera o crescimento com o tempo.

Curiosidades sobre a planta:

  1. Handroanthus impetiginosus é uma das árvores símbolos do Brasil, sendo muito apreciada por sua beleza e uso ornamental.
  2. A madeira do ipê-roxo é extremamente dura e resistente, sendo utilizada na construção civil, na fabricação de móveis e na construção naval.
  3. Em algumas regiões, a árvore é chamada de "pau-d’arco" devido à forma arqueada de seus galhos, que eram usados por povos indígenas para fazer arcos.
  4. A floração exuberante do ipê-roxo é um espetáculo visual que atrai turistas e amantes da natureza durante sua época de floração.





Ipê-roxo: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos (Bignoniaceae) - detalhe da inflorescências - Foto: José Carlos Bueno - 06/2024 - Poços de Caldas-MG



Ipê-roxo: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos (Bignoniaceae) - Aspecto da árvore florida - Foto: José Carlos Bueno - 06/2024 - Poços de Caldas-MG




Ipê-roxo: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos (Bignoniaceae) - Detalhe do ramo florido - Foto: José Carlos Bueno - 06/2024 - Poços de Caldas-MG


domingo, 9 de junho de 2024

Crista-de-galo

 

Nome científico: Celosia cristata L.

Família botânica: Amaranthaceae

Sinonímia botânica: Celosia argentea var. cristata

Nomes populares: Crista-de-galo, celósia, celósia-crista

Descrição botânica: Celosia cristata é uma planta herbácea anual que pode atingir até 1 metro de altura. Possui folhas simples, alternadas, ovais a lanceoladas e de cor verde a avermelhada. As flores são compactas e agrupadas em inflorescências grandes e coloridas, que podem variar de vermelho, rosa, laranja, amarelo a branco. As inflorescências têm uma aparência ondulada e crespa, lembrando a crista de um galo, o que dá origem ao seu nome popular.

Usos medicinais: Em algumas tradições medicinais, Celosia cristata é utilizada para tratar problemas gastrointestinais, como diarreia e disenteria, bem como para controlar hemorragias internas e externas. Suas sementes e folhas são usadas em chás e infusões para tratar inflamações e infecções.

Usos como PANC: Celosia cristata é considerada uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC). Suas folhas jovens podem ser consumidas cozidas ou branqueadas, em saladas, refogados e sopas. As sementes também são comestíveis e podem ser utilizadas em farinhas ou adicionadas a cereais.

Usos como corante alimentar e seu principal pigmento: As flores de Celosia cristata são utilizadas como corante natural em alimentos. O principal pigmento responsável pela coloração intensa das flores é a betacianina, que pode ser extraída para tingir alimentos e bebidas.

Toxicidade: Celosia cristata é geralmente considerada segura para consumo humano. No entanto, é sempre recomendável consumir qualquer planta silvestre com moderação e após uma correta identificação, para evitar reações adversas.

Uso paisagístico e ornamental: Celosia cristata é amplamente cultivada como planta ornamental devido às suas flores vibrantes e de formas incomuns. É popular em jardins, canteiros e bordaduras, além de ser usada em arranjos florais e como flor de corte. Sua aparência única e variedade de cores a tornam uma adição atraente a qualquer paisagem.

Cultivo: Celosia cristata prefere locais ensolarados e solos bem drenados, ricos em matéria orgânica. É uma planta que se adapta bem a climas quentes e requer regas regulares, especialmente durante períodos de seca. A propagação é geralmente feita por sementes, que devem ser semeadas superficialmente e mantidas úmidas até a germinação.

Curiosidades sobre a planta:

  1. Celosia cristata é originária da África, mas se tornou popular em jardins de todo o mundo devido à sua aparência ornamental distinta.
  2. A planta é conhecida por sua durabilidade como flor de corte, mantendo sua aparência vibrante por um longo período após a colheita.
  3. Em algumas culturas africanas, a Celosia cristata é considerada uma planta sagrada e é usada em cerimônias e rituais.
  4. Além de seu uso ornamental e alimentício, a planta é cultivada em alguns lugares para controle de erosão, devido à sua capacidade de crescer rapidamente e cobrir o solo.

Crista-de-galo - Celosia cristata L. (Amaranthaceae) - Foto: José Carlos Bueno - 05/2024

Crista-de-galo - Celosia cristata L. (Amaranthaceae) - Foto: José Carlos Bueno - 05/2024

Crista-de-galo - Celosia cristata L. (Amaranthaceae) - Foto: José Carlos Bueno - 05/2024

Crista-de-galo - Celosia cristata L. (Amaranthaceae) - Foto: José Carlos Bueno - 05/2024

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Carambola



Nome científico: Averrhoa carambola L.
Família: Oxalidaceae
Nomes populares: Caramboleira, carambola, fruta-estrela, carambola-doce, camerunga

Descrição botânica: Averrhoa carambola é uma árvore perene, que pode atingir de 5 a 12 metros de altura. Possui folhas compostas, alternadas, com folíolos ovais e lisos. As flores são pequenas, de cor rosada a lilás, e dispostas em inflorescências. O fruto, conhecido como carambola, é oblongado, com cinco gomos pronunciados, e quando cortado transversalmente, tem forma de estrela. A casca do fruto é cerosa e de cor amarela a alaranjada quando madura.

Usos medicinais: Na medicina tradicional, diversas partes da caramboleira são utilizadas. As folhas e raízes são empregadas para tratar febres, dores de cabeça e infecções cutâneas. O suco do fruto é usado como diurético, e acredita-se que ele possa auxiliar na digestão e no tratamento de problemas hepáticos. A medicina caseira emprega, ainda, em várias regiões do país, suas folhas e frutos, como antiescorbútica, antidisentérica e estimulante do apetite.

Toxicidade: A carambola contém uma neurotoxina chamada caramboxina, que pode ser perigosa para pessoas com insuficiência renal ou predisposição a doenças renais. Esses indivíduos devem evitar o consumo da fruta, pois a toxina pode causar sintomas como confusão mental, fraqueza e, em casos graves, levar a convulsões e morte.

Uso alimentar e PANC: A carambola é amplamente consumida como fruta fresca. Pode ser utilizada em saladas, sucos, compotas, geleias e sobremesas. Além de seu uso como PANC (Planta Alimentícia Não Convencional), a carambola também é utilizada como guarnição decorativa em pratos devido à sua forma estelar atrativa.

Uso paisagístico e ornamental: Averrhoa carambola é valorizada no paisagismo por sua folhagem ornamental, flores atraentes e frutos exóticos. Ela é frequentemente plantada em jardins tropicais e subtropicais, tanto como árvore frutífera quanto ornamental.

Cultivo: A caramboleira cresce melhor em climas tropicais e subtropicais, preferindo solos bem drenados e ricos em matéria orgânica. Ela necessita de um local ensolarado e protegido de ventos fortes. A propagação é geralmente feita por sementes, mas também pode ser realizada por enxertia para garantir a qualidade dos frutos. A árvore começa a frutificar entre três a cinco anos após o plantio.

Curiosidades sobre a planta:

A carambola é conhecida por sua forma estelar quando cortada, o que a torna popular para decoração de pratos e bebidas.
O nome "Averrhoa" homenageia o polímata árabe Averróis, que foi uma figura importante na filosofia e ciência islâmica.
Além de ser apreciada como fruta fresca, a carambola é utilizada em algumas culturas para preparar vinhos e conservas.
Devido ao seu alto teor de ácido oxálico, a carambola pode interferir na absorção de cálcio e formar cristais de oxalato, o que é relevante para pessoas propensas a cálculos renais.



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Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


Carambola Averrhoa carambola L. (Oxalidaceae) –Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 05/2024


 





quarta-feira, 22 de maio de 2024

Guiné

Guine - N.C.: Petiveria tetrandra (Willd.) A. St.-Hil. (Phytolaccaceae) - Foto: José Carlos Bueno

Nome científico: Petiveria tetrandra (Willd.) A. St.-Hil.

Família: Phytolaccaceae

Sinonímia botânica: Petiveria alliacea L.


Nomes populares: Tipi, tipiá, guiné, erva-de-guiné, amansa-senhor, erva-de-tipi


Descrição botânica: Petiveria tetrandra é uma planta herbácea perene, que pode crescer entre 1 a 2 metros de altura. Possui folhas alternadas, simples, lanceoladas e de margem inteira. As flores são pequenas, brancas e dispostas em inflorescências longas e finas. O fruto é uma cápsula que contém sementes pequenas e negras.


Usos medicinais: Petiveria tetrandra é amplamente utilizada na medicina tradicional em várias culturas. É conhecida por suas propriedades analgésicas, anti-inflamatórias, antiespasmódicas, antitumorais e imunomoduladoras. É usada no tratamento de problemas respiratórios, artrite, reumatismo, dores de cabeça, febre, infecções e como estimulante do sistema imunológico.


Toxicidade: Embora possua diversos usos medicinais, o consumo de Petiveria tetrandra deve ser feito com cautela. Altas doses ou uso prolongado podem causar toxicidade hepática e renal. É importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento com esta planta.


Uso místico: Petiveria tetrandra é frequentemente utilizada em práticas espirituais e rituais afro-brasileiros. É considerada uma planta de proteção e purificação, sendo utilizada em defumações, banhos de ervas e oferendas para afastar energias negativas e atrair boas vibrações.


Uso paisagístico e ornamental: Devido à sua folhagem verde e inflorescências delicadas, Petiveria tetrandra pode ser utilizada em jardins de ervas medicinais e ornamentais. No entanto, seu uso paisagístico é menos comum devido ao seu crescimento relativamente desordenado e à necessidade de manejo constante.


Cultivo: Petiveria tetrandra é uma planta de fácil cultivo, adaptando-se bem a diferentes tipos de solo, desde que bem drenados. Prefere locais com boa luminosidade, podendo crescer tanto em sol pleno quanto em meia sombra. A propagação é geralmente feita por sementes ou por divisão de touceiras. A planta é resistente a pragas e doenças, mas pode necessitar de poda regular para controle de crescimento.


Curiosidades sobre a planta:

O nome "erva-de-guiné" deriva de sua associação com práticas espirituais e religiosas de origem africana. 

A planta exala um odor forte e característico quando esmagada, lembrando o cheiro de alho, o que justifica o nome "alliacea" em sua sinonímia botânica.

Petiveria tetrandra tem sido objeto de estudos científicos devido ao seu potencial terapêutico, especialmente no tratamento de câncer e como imunomodulador.

Em algumas culturas, a planta é utilizada como amuleto, sendo carregada em pequenos sachês ou pendurada em portas e janelas para afastar maus espíritos.

Guine - N.C.: Petiveria tetrandra (Willd.) A. St.-Hil. (Phytolaccaceae) - Foto: José Carlos Bueno

Guine - N.C.: Petiveria tetrandra (Willd.) A. St.-Hil. (Phytolaccaceae) - Foto: José Carlos Bueno

Guine - N.C.: Petiveria tetrandra (Willd.) A. St.-Hil. (Phytolaccaceae) - Foto: José Carlos Bueno






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quinta-feira, 16 de maio de 2024

Insulina-vegetal

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

 


Nome científico: Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis

 

Família botânica: Vitaceae

 

Nomes populares: Cipó-pucá, uva-brava, insulina-vegetal, cipó-pucá-de-flor-grande, cipó-de-mucuna, anil-trepador, cortina-de-pobre

 

Descrição botânica: Cissus verticillata é uma trepadeira perene e lenhosa, nativa das Américas, que pode atingir até 10 metros de comprimento. Possui folhas compostas e trifoliadas com bordas serrilhadas. As flores são pequenas, de cor verde-amarelada, e aparecem em inflorescências do tipo cimeira. Os frutos são bagas esféricas, pretas ou azul-escuras quando maduras.

 

Usos medicinais: Cissus verticillata é utilizada na medicina tradicional de várias culturas por suas propriedades medicinais. É conhecida principalmente como "insulina vegetal" por seu potencial efeito hipoglicemiante, sendo usada para ajudar no controle dos níveis de açúcar no sangue. Além disso, a planta é empregada no tratamento de inflamações, feridas, úlceras, e como analgésico natural.

 

Toxicidade: Apesar de seus usos medicinais, o uso de Cissus verticillata deve ser feito com cautela e sob orientação de um profissional de saúde, pois há relatos de efeitos colaterais, especialmente em doses elevadas ou uso prolongado. Alguns componentes da planta podem causar reações adversas, incluindo distúrbios gastrointestinais.

 

Uso paisagístico e ornamental: Cissus verticillata é valorizada no paisagismo por sua folhagem densa e capacidade de cobrir rapidamente estruturas como cercas, treliças e pérgolas, devido a isto um de seus nomes populares é cortina-de-pobre. Sua resistência e crescimento vigoroso a tornam uma excelente escolha para criar sombras naturais e coberturas vegetais.

 

Cultivo: Cissus verticillata é uma planta robusta que se adapta a uma variedade de condições de solo e clima. Prefere solos férteis e bem drenados, mas pode tolerar solos pobres e períodos de seca. Cresce bem em áreas com sol pleno a meia sombra. A propagação é geralmente feita por estacas de caule ou sementes.

 

Curiosidades sobre a planta:

 

A planta é conhecida por sua capacidade de crescer rapidamente e se espalhar, o que a torna uma boa escolha para áreas que precisam de cobertura vegetal rápida.

Cissus verticillata tem sido estudada por seu potencial em ajudar no tratamento de diabetes, graças às suas propriedades hipoglicemiantes.

É frequentemente utilizada em sistemas agroflorestais e na recuperação de áreas degradadas devido à sua resistência e capacidade de adaptação a diferentes condições ambientais.

Em algumas regiões, é considerada uma planta invasora devido à sua rápida taxa de crescimento e capacidade de se espalhar, competindo com espécies nativas.

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024




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segunda-feira, 13 de maio de 2024

Amor-agarradinho

Antigonon leptopus - Amor agarradinho - Foto: José Carlos Bueno: 04-24
 


 Nome científico: Antigonon leptopus (Hook. & Arn.) Walp.

Família botânica: Polygonaceae

Nomes populares: Amor-agarradinho, coração-de-jesus, lágrima-de-cristo, coralillo

 

Descrição botânica: Antigonon leptopus é uma trepadeira perene originária do México e América Central, conhecida por suas inflorescências em forma de racemos terminais que lembram pequenas flores em forma de coração. Suas folhas são cordiformes e suas flores podem ser rosa, brancas ou vermelhas, florescendo principalmente no verão e outono.

 

Usos medicinais: Não há registros significativos sobre usos medicinais tradicionais da Antigonon leptopus. No entanto, em algumas culturas, as partes da planta podem ser utilizadas de forma tópica para tratar irritações da pele devido às suas propriedades emolientes.

 

Usos alimentares como PANC: Antigonon leptopus não é amplamente conhecida por seus usos alimentares. No entanto, algumas partes da planta, como as flores e folhas jovens, podem ser consumidas em saladas ou como guarnição, fornecendo nutrientes como vitaminas e minerais. Suas folhas jovens podem, também, ser empanadas e fritas. Suas flores é excelente para decorar saladas trazendo um ótimo visual e incrementando sabores e nutrientes a estas.

 

Benefícios nutracêuticos: Apesar de não ser uma planta amplamente estudada em termos de seus benefícios nutracêuticos, as flores e folhas da Antigonon leptopus podem conter compostos antioxidantes e fitonutrientes que contribuem para a saúde geral quando consumidos como parte de uma dieta equilibrada.

 

Uso paisagístico e ornamental: Devido à sua floração abundante e colorida, Antigonon leptopus é frequentemente cultivada como planta ornamental em jardins, treliças e pérgolas. Sua capacidade de cobrir grandes áreas com suas trepadeiras e suas flores vistosas a tornam uma escolha popular para paisagismo.

 

Cultivo: Antigonon leptopus é uma planta de crescimento rápido que prefere climas quentes e ensolarados. Ela cresce melhor em solos bem drenados e pode tolerar períodos curtos de seca uma vez estabelecida. Esta trepadeira pode ser propagada por sementes ou por estacas de caule.

 

Curiosidades sobre a planta:

 

O nome "amor-agarradinho" é uma referência à natureza trepadeira da planta, que se agarra e sobe em suportes próximos à medida que cresce.

Em algumas culturas, a Antigonon leptopus é associada a lendas e histórias românticas devido à sua aparência delicada e às suas inflorescências em forma de coração.

A planta é atrativa para polinizadores, como borboletas e abelhas, devido à abundância de néctar produzido por suas flores.

Antigonon leptopus é uma espécie invasora em algumas regiões tropicais e subtropicais, onde pode se espalhar rapidamente e competir com espécies nativas.


Antigonon leptopus - Amor agarradinho - Foto: José Carlos Bueno: 04-24


Antigonon leptopus - Amor agarradinho - Foto: José Carlos Bueno: 04-24


Antigonon leptopus - Amor agarradinho - Foto: José Carlos Bueno: 04-24


Antigonon leptopus - Amor agarradinho - Foto: José Carlos Bueno: 04-24




domingo, 5 de maio de 2024

Major-gomes

 



Nome científico: Talinum paniculatum

Família botânica: Portulacaceae

 

Nomes populares: Beldroega graúda, beldroega, bredo-de-flor, onze-horas, major-gomes, maria-gorda, benção-de-deus, carne-gorda, beldroega-grande, maria-gomes

 

Descrição botânica: Talinum paniculatum é uma planta herbácea perene originária das Américas. Possui folhas suculentas e ovaladas, dispostas em rosetas, e pequenas flores rosadas ou brancas que se abrem durante o dia. Suas raízes são profundas e podem ser carnudas. Ela é frequentemente encontrada em locais com solo arenoso e em áreas ensolaradas.

 

Usos medicinais: Talinum paniculatum é utilizada na medicina popular como planta medicinal. Suas folhas e raízes são conhecidas por suas propriedades medicinais, sendo empregadas no tratamento de problemas gastrointestinais, como diarreia e constipação. Também é utilizada como diurético e para o tratamento de inflamações. Suas folhas mucilaginosas são consideradas como emoliente e vulnerária, sendo utilizada topicamente como cicatrizante em feridas e inflamações, podendo ser utilizada, também, na forma macerada, para amolecer calos.

 

Talinum paniculatum é considerada uma PANC (Planta Alimentícia Não Convencional) em algumas regiões. Suas folhas jovens e tenras são comestíveis e podem ser consumidas cruas em saladas, cozidas como verdura ou adicionadas a sopas e refogados. Elas são ricas em nutrientes, incluindo vitaminas A, C e do complexo B, além de minerais como cálcio e ferro. Possui diversos benefícios nutracêuticos devido à sua composição rica em nutrientes. Suas folhas são uma excelente fonte de antioxidantes, que ajudam a combater os danos causados pelos radicais livres no organismo. Além disso, sua alta concentração de fibras dietéticas contribui para a saúde gastrointestinal e pode auxiliar na redução do colesterol.

 

Cultivo: A beldroega graúda é uma planta de fácil cultivo, que se adapta a uma variedade de condições de solo e clima. Ela prefere solos bem drenados e ensolarados, mas também pode tolerar sombra parcial. Pode ser cultivada a partir de sementes ou por divisão de touceiras. É uma planta resistente à seca, mas beneficia-se de regas regulares durante períodos de estiagem.

 

Curiosidades sobre a planta:

O nome "beldroega" deriva do termo árabe "beld-ruqa", que significa "salada verde". É uma referência ao uso tradicional desta planta na culinária.

Talinum paniculatum é uma planta autógama, o que significa que é capaz de se autofertilizar e produzir sementes sem a necessidade de polinização cruzada.

Além de seus usos alimentares e medicinais, Talinum paniculatum também é cultivada como planta ornamental devido à sua folhagem atraente e suas flores delicadas.

A beldroega graúda é considerada uma planta invasora em algumas regiões, especialmente em áreas com solos perturbados ou degradados.


Major-gomes -  Talinum paniculatum (Portulacaceae) – Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 04/2024

Major-gomes -  Talinum paniculatum (Portulacaceae) – Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 04/2024

Major-gomes -  Talinum paniculatum (Portulacaceae) – Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 04/2024

Major-gomes -  Talinum paniculatum (Portulacaceae) – Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 04/2024

Major-gomes -  Talinum paniculatum (Portulacaceae) – Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 04/2024

Major-gomes -  Talinum paniculatum (Portulacaceae) – Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 04/2024


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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Arnica-da-praia

Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024


Nome científico: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski

Família botânica: Asteraceae

Nomes populares: Mata-pasto, tapete-inglês, margaridinha, arnica-do-mato, arnica-da-praia, arnica-do-brejo, pseudo-arnica, vedelia, vadelia, malmequer, mal-me-quer do brejo, margaridão

Descrição botânica: Planta rasteira, herbácea, espontânea, de folhas suculentas, verdes e tri-lobadas, com inflorescências amarelas semelhantes a margaridas (capítulos). É mais uma das plantas popularmente chamada de arnica nativa do Brasil, é encontrada em quase toda a região Sul e Sudeste.

Usos medicinais: Possui propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias, podendo ser usada no tratamento de feridas e inflamações cutâneas.

Modo de usar e preparação para uso externo: As folhas podem ser esmagadas para extrair o suco, que é aplicado topicamente sobre a área afetada. Também pode ser preparada uma cataplasma das partes aéreas da planta para uso externo. Sua alcoolatura é utilizada popularmente para entorses, contusões e nevralgias.

Uso no paisagismo: É comumente utilizada como cobertura de solo devido ao seu rápido crescimento, baixa manutenção e capacidade de formar tapetes densos e vistosos. Também pode ser cultivada em vasos suspensos ou como planta ornamental em jardins.

Curiosidades sobre a planta: Sphagneticola trilobata é considerada uma espécie invasora em algumas regiões devido à sua capacidade de se propagar rapidamente por meio de estolhos, competindo com espécies nativas. No entanto, é valorizada por sua resistência e adaptabilidade a diferentes condições ambientais.


Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024

Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024

Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024

Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024


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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Ginkgo biloba

 

 Ginkgo biloba: Ginkgo biloba L. (Ginkgoaceae) - Foto: acervo de José Carlos Bueno (Mar/2024)

Nome Científico: Ginkgo biloba L.

Família Botânica: Ginkgoaceae

Nomes Populares: Ginkgo, Árvore dos 40 Escudos, Nogueira do Japão, Árvore-avenca, árvore-folha-de-avenca e ginkgo biloba.

Descrição Botânica: O Ginkgo biloba é uma árvore caducifólia única e distinta, conhecida por suas folhas em forma de leque. Ela pode atingir alturas de até 30 metros quando adulta. Suas folhas são verdes brilhantes no verão, transformando-se em um amarelo dourado vibrante no outono. As árvores femininas produzem frutos pequenos, de cor amarelo-alaranjada, com um odor desagradável quando maduras. É uma árvore bastante longeva, podendo atingir até mais de 1.000 anos.

Usos Medicinais: As folhas do Ginkgo biloba são utilizadas na medicina tradicional há séculos, especialmente na medicina chinesa. Ela é reconhecida por suas propriedades neuroprotetoras e vasodilatadoras, sendo utilizada para melhorar a circulação sanguínea periférica, promover a saúde cognitiva e auxiliar no tratamento de distúrbios cerebrais, como demência e doença de Alzheimer. Seus extratos também são empregados na prevenção de problemas circulatórios, como varizes e úlceras, além de algumas formas de zumbido nos ouvidos.

Usos Alimentares como PANC: Embora as sementes do Ginkgo biloba sejam tóxicas quando consumidas em grandes quantidades devido à presença de compostos como o ácido ginkgólico, algumas culturas asiáticas consomem as sementes cozidas ou torradas em pequenas quantidades. No entanto, é importante ter cautela devido ao risco de toxicidade.

Modo de Usar e Preparação: Para uso medicinal, o extrato das folhas de Ginkgo biloba é comumente disponível na forma de cápsulas, comprimidos ou tinturas. A dosagem e o método de administração devem ser seguidos conforme as instruções do fabricante ou as orientações de um profissional de saúde qualificado.

Uso no Paisagismo: O Ginkgo biloba é frequentemente cultivado como uma árvore ornamental devido à sua folhagem distintiva e à bela coloração de outono. Ela é resistente e adaptável, podendo ser cultivada em uma variedade de condições climáticas e tipos de solo. Sua tolerância à poluição a torna uma escolha popular para o paisagismo urbano.

Curiosidades sobre a Planta: O Ginkgo biloba é uma das espécies de árvores mais antigas e únicas do mundo, sendo considerada um "fóssil vivo", pois não possui parentes vivos próximos. Ela é conhecida por sua resistência a doenças, pragas e até mesmo a eventos extremos, como explosões nucleares. Além disso, o Ginkgo biloba é uma árvore sagrada na cultura chinesa e é frequentemente plantada em templos e espaços sagrados.

 Ginkgo biloba: Ginkgo biloba L. (Ginkgoaceae) - Foto: acervo de José Carlos Bueno (Mar/2024)

 Ginkgo biloba: Ginkgo biloba L. (Ginkgoaceae) - Foto: acervo de José Carlos Bueno (Mar/2024)

 Ginkgo biloba: Ginkgo biloba L. (Ginkgoaceae) - Foto: acervo de José Carlos Bueno (Mar/2024)


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