quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Cana-do-brejo

Cana-do-brejo - Foto José Carlos Bueno

 

Cana-do-brejo (Costus spicatus):

 

Nome científico: Costus spicatus (Jacq.) Sw.

Família: Costaceae (algumas fontes podem classificar como Zingiberaceae, embora essa classificação seja mais antiga e menos comum)

Características botânicas:

A Cana-do-brejo é uma planta herbácea perene, nativa das regiões tropicais da América do Sul. Apresenta caule ereto, geralmente alcançando alturas de até 1,5 metros. As folhas são grandes, lanceoladas, com nervuras proeminentes, e dispostas de forma alternada ao longo do caule. Produz inflorescências terminais em forma de espiga, com flores pequenas e tubulares, de cor branca a rosa, bastante vistosas, podendo até ser cultivada como ornamental.

Fenologia:

A Cana-do-brejo floresce durante a primavera e o verão, mas pode variar dependendo das condições climáticas locais.

Cultivo:

Prefere solos úmidos e bem drenados, sendo comumente encontrada em áreas pantanosas, margens de rios e brejos. Pode ser cultivada a pleno sol ou em locais parcialmente sombreados. Propaga-se por divisão de touceiras, rizomas, ou por sementes.

Usos medicinais e PANC (Plantas Alimentícias Não Convencionais):

A Cana-do-brejo possui diversos usos medicinais na medicina popular. É utilizada tradicionalmente como diurético, anti-inflamatório, antiespasmódico e para o tratamento de problemas gastrointestinais. Suas folhas e raízes são frequentemente utilizadas na preparação de chás, tinturas e compressas. Além disso, algumas comunidades utilizam suas folhas jovens na culinária, podendo ser consumidas cruas em saladas ou cozidas como vegetal. Suas flores, muito belas, podem enfeitar saladas e outros pratos, além de agregar sabor e nutrientes.

A Cana-do-brejo possui uma significativa importância etnobotânica em várias comunidades tradicionais, onde é valorizada pelo seu potencial medicinal e alimentício. É frequentemente integrada em práticas de medicina popular e faz parte do conhecimento tradicional de muitas culturas.

Interações medicamentosas e segurança:

Como acontece com qualquer planta com propriedades medicinais, é importante ter cautela quanto ao uso da Cana-do-brejo, especialmente se estiver sendo utilizada em conjunto com outros medicamentos.

Não há muitos estudos sobre suas interações medicamentosas específicas, portanto, é aconselhável consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento à base desta planta, principalmente se estiver grávida, amamentando ou sob qualquer condição médica específica.

Em geral, quando consumida em doses adequadas e sob supervisão adequada, a Cana-do-brejo é considerada segura, mas o uso excessivo pode levar a efeitos colaterais indesejados.



Cana-do-brejo - Foto José Carlos Bueno

Foto: José Carlos Bueno

Cana-do-brejo - Foto José Carlos Bueno


Cana-do-brejo - Foto José Carlos Bueno




domingo, 4 de fevereiro de 2024

Tomate-arbóreo

 

Nome Científico: Solanum betaceum Cav

Família Botânica: Solanaceae

Nomes Populares: Tomate-arbóreo, tamarillo, tomate-de-árvore, tomate-da-índia, tomate-francês, tree tomato

País de Origem: Originário dos Andes, principalmente nas regiões subtropicais da América do Sul.

Descrição Botânica:

O tomate-arbóreo é uma planta arbustiva que pode atingir até 3 metros de altura. Suas folhas são grandes e ovaladas, e suas flores são pequenas e agrupadas. Os frutos são ovoides, variando em cores de amarelo, laranja, vermelho ou roxo, dependendo da variedade.

 Usos Alimentares:

Os frutos do tomate-arbóreo são comestíveis e têm um sabor agridoce único. Podem ser consumidos frescos, em saladas, sucos, geleias, ou cozidos em diversas preparações culinárias.

 Usos Medicinais:

Embora não seja amplamente reconhecido por propriedades medicinais, algumas culturas tradicionais utilizam partes da planta para tratar problemas de pele e feridas.

Componentes Nutracêuticos:

O tomate-arbóreo é rico em antioxidantes, especialmente vitamina C e betacaroteno. Esses compostos auxiliam na neutralização de radicais livres no corpo, contribuindo para a saúde celular.

Vitaminas: Destacam-se as vitaminas A, C, e E. Sais Minerais: A presença de potássio é notável, além de pequenas quantidades de ferro e cálcio.

Lembrando que informações específicas podem variar entre diferentes variedades da planta







domingo, 28 de janeiro de 2024

Milho crioulo

 


Nome Científico: Zea mays

Família Botânica: Poaceae

Descrição da Planta:

O milho é uma planta anual pertencente à família Poaceae, conhecida por suas inflorescências em forma de espiga, o milho apresenta inflorescências masculinas, conhecidas como tassel, localizadas no topo da planta, e inflorescências femininas, chamadas de espigas, desenvolvendo-se nas axilas das folhas mais baixas. A planta é monoica, abrigando flores masculinas e femininas na mesma planta, com a polinização ocorrendo quando o pólen do tassel alcança as flores femininas na espiga. Suas folhas são largas e alternadas ao longo do caule, formando uma copa característica. O sistema radicular é fibroso e relativamente raso. Dependendo da variedade, o milho pode apresentar diferentes cores de grãos, como amarelo, branco, vermelho ou azul.

Nomes Populares:

Português: Milho; Inglês: Corn; Espanhol: Maíz.

A variedade de nomes reflete a importância cultural e econômica do milho em várias regiões do continente americano.

Importância do Cultivo de Sementes Crioulas:

As sementes crioulas de milho representam uma valiosa herança agrícola, mantendo características genéticas adaptadas a ambientes locais específicos. Essas variedades, muitas vezes desenvolvidas ao longo de gerações por agricultores tradicionais, demonstram resistência a condições climáticas adversas e são adaptadas às práticas agrícolas regionais. O cultivo de sementes crioulas contribui para a preservação da biodiversidade, além de fortalecer a segurança alimentar ao oferecer opções adaptadas a diferentes ecossistemas.

Tipo de Variedade:

O milho crioulo engloba uma ampla gama de variedades locais, adaptadas a diferentes condições climáticas e necessidades nutricionais. Essas variedades incluem tipos de milho destinados à alimentação humana, bem como variedades específicas para forragem animal. O uso de sementes crioulas promove a diversificação e a resiliência dos sistemas agrícolas, preservando tradições agrícolas valiosas.

O cultivo sustentável de milho através de sementes crioulas não apenas resguarda a herança genética da planta, mas também fortalece as comunidades agrícolas, promovendo a autonomia e a resiliência diante dos desafios ambientais e climáticos.

Estas fotos, imagens do acervo pessoal de José Carlos Bueno, foram obtidas de uma variedade de milho plantada pelo meu pai há mais de 40 anos, cujas sementes mantem o vigor até hoje, meu pai ainda o cultiva com 83 anos de idade.



domingo, 21 de janeiro de 2024

Amora preta silvestre




Nome científico: Rubus sellowii Chan. & schitdl.

Família: Rosaceae

Imagens do acervo pessoal de José Carlos Bueno

Nomes Populares: Amora-preta-silvestre, Brombeere Sellow, Zarzamora, Blackberry (em inglês), amora-brasileira, sarça, amora silva.

Descrição Botânica:

Arbusto perene, espinhento (aculeado), pode atingir até 2 metros. Arbusto perene com caules espinhosos e folhas compostas, geralmente com três ou cinco folíolos serrilhados.  Pequenas, brancas ou levemente rosadas, agrupadas em inflorescências. Os frutos são drupas compostas, inicialmente vermelhas e maduras tornam-se pretas, suculentas e brilhantes.

Usos Alimentares:

Consumo Cru: Os frutos são consumidos frescos, oferecendo um sabor doce e levemente ácido.

Elaboração de Produtos: Amplamente utilizado na fabricação de geleias, compotas, sorvetes, bolos e outras sobremesas.

Consumo In Natura: Pode ser apreciado diretamente do arbusto durante a colheita.

Usos Medicinais:

Propriedades: Rico em antioxidantes, como antocianinas e vitamina C. Segundo um artigo de 2019, possui cerca de 38,43 mg de vitamina C por 100 g, apenas um pouco inferior a laranja e quase 10 vezes o teor das uvas americanas.

Benefícios:

Contribui para a saúde cardiovascular. Fortalece o sistema imunológico. Possíveis propriedades anti-inflamatórias.

Usos Tradicionais:

Cataplasmas: Em algumas tradições populares, partes da planta são usadas em cataplasmas para tratar irritações cutâneas.

Cultivo:

Prefere climas subtropicais e temperados e adapta-se bem a diversos tipos de solo. A colheita é realizada manualmente durante a temporada de frutificação.

Curiosidades:

A Rubus sellowii é conhecida por sua rusticidade e adaptabilidade, sendo cultivada em várias partes do mundo.

O processo de colheita pode ser uma experiência única, já que os frutos, muitas vezes, crescem em arbustos espinhosos.

Lembre-se de que as informações fornecidas são gerais e podem variar com base em condições específicas de cultivo e região. Recomenda-se sempre consultar fontes adicionais para informações mais detalhadas sobre a planta.




domingo, 7 de janeiro de 2024

Rubim

 


Nome Científico: Leonurus sibiricus L.

Família Botânica: Lamiaceae

Imagem: Foto acervo pessoal José Carlos Bueno

Outros Nomes Populares: Agripalma, Chá-de-bugre, Motherwort (em inglês), erva-das-lavadeiras, erva-dos-zangões, erva-das-mamangavas, quinino-dos-pobres, cordão-de-são-francisco, chá-de-frade, erva-de-santos-filhos, amor-deixado, pasto-de-abelhas, agripalma-siberiana, marijuanilla, Erva-macaé.

Descrição Botânica:

A Leonurus sibiricus é uma planta herbácea perene originária da Ásia, pertencente à família das mentas (Lamiaceae). Ela possui folhas serrilhadas, flores pequenas em tons de rosa a roxo, e geralmente cresce em ambientes abertos e ensolarados. A agripalma é conhecida por suas propriedades medicinais e é utilizada tradicionalmente em algumas culturas.

Cuidados no Cultivo:

Clima: A agripalma pode crescer em uma variedade de climas, preferindo sol pleno.

Solo: Adapta-se a diferentes tipos de solo, mas prefere solos bem drenados.

Rega: É resistente à seca, mas beneficia-se de rega regular, especialmente durante períodos secos.

Propagação: Pode ser propagada por sementes ou divisão de touceiras.

Propriedades Medicinais:

O rubim é reconhecido por suas propriedades medicinais e tem sido utilizado em sistemas tradicionais de medicina em algumas culturas. Algumas das potenciais propriedades incluem:

Sedativo leve: Pode ter efeitos calmantes e ser usado para aliviar o estresse e a ansiedade.

Regulador menstrual: Tradicionalmente utilizado para apoiar o ciclo menstrual e aliviar desconfortos associados.

Cardiotônico: Pode ser benéfico para o sistema cardiovascular.

Cuidados no Uso Medicinal:

Consulte um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento com base em plantas medicinais.

Não substitua medicamentos prescritos por produtos à base de plantas sem orientação médica.

Esteja ciente de possíveis interações com outros medicamentos que você possa estar tomando.

Observe qualquer reação alérgica ou efeito colateral e interrompa o uso em caso de problemas.

Como sempre, é essencial obter informações específicas e atualizadas sobre o uso do rubim, especialmente se for usado para fins medicinais.



quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Arnica-do-Campo



Nome Popular: Arnica-do-Campo

Nome Científico: Solidago chilensis

Família: Asteraceae

Descrição Botânica:

Habitat: A Solidago chilensis é nativa do Brasil, encontrada em áreas de campo, cerrado e bordas de matas, preferencialmente em solos úmidos.

Descrição Botânica: Possui caule ereto, ramificado e folhas alternadas, serrilhadas e lanceoladas. Suas inflorescências são compostas por pequenas flores amarelas, reunidas em panículas. Planta perene. A floração geralmente ocorre durante a primavera e o verão.

Propriedades Medicinais Tradicionais:

Anti-inflamatória: Tradicionalmente utilizada na medicina popular brasileira, a Arnica-do-Campo é associada a propriedades anti-inflamatórias, sendo aplicada topicamente para aliviar dores e inflamações.

Cicatrizante: Pode ser utilizada em formulações para auxiliar na cicatrização de feridas e contusões.

Analgésica: Algumas comunidades locais utilizam a planta para aliviar dores musculares e articulares.

Partes Utilizadas:

As partes aéreas da planta, especialmente as flores.

Modo de Preparo e Uso:

A preparação tradicional envolve a infusão das flores em óleo vegetal para a obtenção de um óleo medicinal. Esse óleo pode ser aplicado topicamente.

Cuidados e Contraindicações:

Apesar de suas propriedades medicinais, é fundamental consultar um profissional de saúde antes de utilizar a Arnica-do-Campo, especialmente se houver histórico de alergias ou sensibilidade a compostos da planta.

Uso interno deve ser evitado, a menos que sob orientação de um profissional qualificado, devido ao risco de toxicidade.

Lembrando que o uso de plantas medicinais deve ser feito com cautela, e a orientação de um profissional de saúde é fundamental para garantir a segurança e eficácia do tratamento.


quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Calendula


Calendula - Calendula officinalis L. -  (Asteraceae) Fotos: Acervo de José Carlos Bueno

Nome Científico: Calendula officinalis L.

Família Botânica: Asteraceae (Compositae)

Nomes Populares: Calêndula, Maravilha, Margarida-dourada, Mal-me-quer, Malmequer-do-jardim

Descrição:

A Calêndula é uma planta herbácea anual que apresenta flores vibrantes em tons de amarelo e laranja. Suas folhas são verdes e lanceoladas, e a planta pode atingir cerca de 30 a 60 centímetros de altura.

Propriedades Medicinais:

A Calêndula é conhecida por suas propriedades medicinais, e seus principais compostos ativos incluem flavonoides, triterpenoides, óleos essenciais e carotenoides. Ela possui propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e cicatrizantes.

Uso Externo:

A Calêndula é frequentemente utilizada topicamente em diferentes formas, como pomadas, cremes ou óleos, devido às suas propriedades curativas. Pode ser aplicada em feridas, queimaduras leves, irritações da pele, eczema e picadas de insetos.

Exemplo para uso externo: As flores de Calendula officinalis podem ser maceradas em óleo de base (como azeite de oliva) para criar um óleo de Calêndula, que pode ser aplicado diretamente na pele para promover a cicatrização e aliviar a irritação. Também pode ser utilizada em forma de pomada, loção ou extrato.

Uso como PANC (Planta Alimentícia Não Convencional):

Embora não seja tão comum, algumas partes da Calêndula, como as pétalas das flores, podem ser consumidas em saladas, adicionadas a pratos culinários ou utilizadas na confecção de chás e infusões. As pétalas possuem um sabor levemente amargo e podem adicionar cor e sabor a diversas preparações. Pode-se adicionar as pétalas frescas em saladas ou utilizar as pétalas para decorar pratos. Além disto, também podemos preparar chás ou infusões com as flores secas.

Observação:

É importante certificar-se de que as flores de Calêndula utilizadas para consumo sejam provenientes de fontes confiáveis, sem a aplicação de pesticidas ou outros produtos químicos nocivos.

Uso no Paisagismo: Devido às suas flores brilhantes e folhagem verde suave, a Calendula officinalis é frequentemente cultivada em jardins ornamentais e pode ser utilizada como planta de borda, em canteiros ou em vasos. Além disso, suas flores atraem polinizadores, como abelhas e borboletas, tornando-a uma adição benéfica para o jardim.

Curiosidades sobre a Planta: A Calendula officinalis tem sido tradicionalmente associada à proteção e boa sorte. Na Idade Média, era considerada uma erva mágica e era frequentemente utilizada em rituais e encantamentos. Além disso, suas propriedades medicinais foram reconhecidas e utilizadas ao longo da história, desde os tempos antigos até os dias atuais.

Sempre consulte um profissional de saúde antes de utilizar plantas medicinais para garantir que são seguras e adequadas para o seu caso específico


Calendula - Calendula officinalis L. -  (Asteraceae) Fotos: Acervo de José Carlos Bueno

Calendula - Calendula officinalis L. -  (Asteraceae) Fotos: Acervo de José Carlos Bueno

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Lavanda

Lavandula dentata

família Labiatae:


A lavanda (Lavandula dentata), uma planta pertencente à família Labiatae, é reconhecida não apenas por sua beleza e aroma distintivos, mas também por suas propriedades condimentares e medicinais que têm cativado a humanidade ao longo dos séculos. Originária da região do Mediterrâneo, a lavanda é cultivada em várias partes do mundo devido às suas diversas aplicações.

Propriedades Condimentares:
A lavanda é conhecida por seu sabor suave e floral, o que a torna uma adição única à culinária. Suas flores, folhas e até mesmo o óleo essencial extraído são utilizados em receitas para adicionar um toque delicado a pratos doces e salgados. Da culinária francesa à mediterrânea, a lavanda tem sido tradicionalmente empregada para realçar o sabor de sobremesas, como sorvetes, biscoitos e xaropes. Seu uso cuidadoso na cozinha pode proporcionar uma experiência gastronômica aromática e refinada.

Propriedades Medicinais:
Além de seu papel na culinária, a lavanda possui propriedades medicinais que têm sido aproveitadas ao longo da história. O óleo essencial de lavanda, extraído das flores, é conhecido por suas propriedades calmantes e relaxantes. A aromaterapia frequentemente utiliza o óleo de lavanda para aliviar o estresse, ansiedade e promover um sono tranquilo. A aplicação tópica do óleo também pode auxiliar na redução de dores musculares e inflamações, tornando-a uma escolha popular para massagens terapêuticas.

Além disso, a lavanda é reconhecida por suas propriedades antissépticas e antibacterianas. Suas propriedades cicatrizantes tornam-na útil no tratamento de pequenas queimaduras, cortes e picadas de insetos. Chás feitos com as flores de lavanda também são consumidos para aliviar problemas digestivos e enxaquecas.

Em resumo, a Lavandula dentata transcende seu status como uma simples planta ornamental, destacando-se por suas propriedades condimentares e medicinais. Seja na cozinha para criar pratos sofisticados ou na medicina natural para promover o bem-estar, a lavanda continua a ser uma presença valiosa em diversas culturas ao redor do mundo.

Capuchinha - Uma Aliada Nutricional e Medicinal na Natureza

Nome científico: Tropaeolum majus

Família: Família: Tropaeolaceae 

A Capuchinha, cientificamente conhecida como Tropaeolum majus, é uma planta versátil que vai além de sua beleza ornamental, revelando propriedades medicinais e alimentares notáveis. Originária da América do Sul, a Capuchinha conquistou seu espaço nos jardins e nos pratos devido aos seus benefícios à saúde. Propriedades Medicinais: Antibacteriana e Antiviral: A Capuchinha possui compostos que demonstraram atividade antibacteriana e antiviral em estudos. Essas propriedades contribuem para fortalecer o sistema imunológico e combater infecções. Anti-inflamatória: Seu potencial anti-inflamatório pode ajudar no alívio de condições inflamatórias, proporcionando conforto a pessoas que sofrem de problemas como artrite ou inflamações leves. Desintoxicante: A presença de substâncias como flavonoides pode auxiliar na eliminação de toxinas do corpo, promovendo uma desintoxicação suave. Expectorante: A Capuchinha tem sido tradicionalmente utilizada como expectorante, ajudando a aliviar problemas respiratórios como tosse e congestão nasal. Propriedades Alimentares: Rica em Nutrientes: A Capuchinha é uma fonte valiosa de nutrientes essenciais, incluindo vitamina C, ferro, magnésio e beta-caroteno, contribuindo para a saúde geral do organismo. Adição Saborosa a Saladas: As folhas e flores de Capuchinha são comestíveis, proporcionando um toque picante e aromático às saladas. Seu sabor levemente apimentado pode substituir ou complementar ervas tradicionais. Ação Antioxidante: Os antioxidantes presentes na Capuchinha combatem os radicais livres, ajudando a proteger as células do corpo contra danos oxidativos. Estímulo ao Sistema Digestivo: Consumir Capuchinha pode estimular a digestão e aliviar desconfortos estomacais leves, tornando-a uma adição benéfica à dieta. Preparo e Consumo: Saladas: Adicione as folhas e flores frescas à sua salada para um toque de cor, sabor e nutrientes adicionais. Chás e Infusões: Utilize as folhas secas para preparar chás e infusões, aproveitando as propriedades medicinais da planta. Condimento: Triture as folhas e flores para criar um condimento especial que pode ser utilizado em diversos pratos. A Capuchinha, além de embelezar jardins, oferece uma abordagem holística à saúde, integrando-se tanto à culinária quanto à medicina natural. Ao incorporar essa planta única em sua vida, você pode desfrutar não apenas de sua estética encantadora, mas também de seus benefícios para o bem-estar geral.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Kvass de beterraba

 Kvass de beterraba

Kvass é um potente probiótico de origem russa, que pode ser produzido pela fermentação de diversos produtos: cereais, frutas, pão, legumes, etc.
Abordaremos o produto probiótico produzido a partir de beterrabas orgânicas, que além de produzir uma excelente bebida também se aproveita o vegetal fermentado.





Beterraba
Beta vulgaris
Fam. Amaranthaceae
Açúcares: sacarose (20%), frutose, glicose. Minerais: Sais de: potássio, sódio, cálcio, magnésio, ferro (escassa quantidade, mas pode se utilizar as folhas na alimentação, mais rica neste mineral) Protídeos pigmentantes: betalaínas (Alonso, J., 2004)
A betalaína, tem um poder antioxidante 1,5 a 2,0 vezes maior que a antocianina presente na uva.





Modo de fazer:
Utilizar um vidro com tampa com capacidade de 1 litro;
1 beterraba orgânica média ou ½ grande (o suficiente para completar 1/3 do volume do vidro)
Água mineral o suficiente
1/8 colher de chá de Sal Marinho.
Descascar e picar a beterraba em fatias finas, depois em tiras. Colocar no vidro até 1/3 do volume. Acrescentar água até quase completar, fechar bem o vidro. Deixar fermentar por 2 a 3 dias. Neste período, inverter o vidro algumas vezes, e depois abrir a tampa para sair o gás (CO2). Após, coar, pode-se consumir o líquido como bebida e o legume em saladas. Está pronto o probiótico.






quarta-feira, 30 de junho de 2021

Chia

  • Nome Científico: Salvia hispanica L. 
  • Família:  LAMINACEAE
  • Usos: Alimentar, medicinal, PANC

Planta originária da Mesoamérica, sendo uma das principais plantas alimentares e medicinais dos povos astecas. O óleo de suas sementes era utilizado na produção de tintas para o corpo, e de unguentos medicinais. Na parte alimentar foi utilizada como substituto e complementar ao milho como fonte primária de alimento. No entanto, com a chegada dos colonizadores, o seu cultivo e consumo foi abandonado e até mesmo proibido, por ser considerado parte dos rituais pagãos mesoamericanos.

Cresce como um subarbusto, que, dependendo das condições climáticas, pode ser anual ou bianual. É ereto, pouco ramificado de aroma forte e característico. Pode atingir entre 60 a 130 cm de altura. Possui folhas simples, elípticas, que surgem em lados opostos dos ramos, suas margens são serrilhadas, possuindo de 7 a 11 cm de comprimento. Suas flores labiadas, de uma coloração de um intenso azul, surgem em inflorescências terminais em formato de espigas cilíndricas bastante densas.

Seu uso alimentar se concentra principalmente no intuito da alimentação funcional. Suas sementes, quando deixadas de molho em água, liberam intensa massa gelatinosa. Esta poderá ser saborizada com suco de limão e canela, dando origem a uma bebida refrescante chamada no México de água de chia. Suas sementes geleificadas, podem, ainda dar origem a pudins e mingaus. Ainda podemos encontrar o óleo de chia, rico em ácidos graxos linoleico e alfa-linolênico.

Podemos fazer uso de suas propriedades medicinais, principalmente pela quantidade de fibras que esta planta acrescenta em nossa alimentação. Sendo indicada para prisão de ventre, obesidade, hipertensão e diabetes.

Seu uso como PANC pode ser feito através de suas sementes germinadas ou brotos, que podem ser acrescentados aos mais diversos pratos como por exemplo: sanduiches, saladas sopas e na decoração de pratos.

 

Fonte:

Fotos: Chia, Salvia hispanica L.; Bueno Brandão-MG, abr/2021. Acervo pessoal: José Carlos Bueno

https://www.ppmac.org/content/chia

Kinupp V. F.; Lorenzi, H. 2014. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: Guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 2014, 768p.





Destaque

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