domingo, 22 de junho de 2025

Bertalha ou espinafre-indiando

 


🌱 Descubra o Poder da Bertalha ou Espinafre-indiano (Basella alba): Nutrição, Saúde e Sabor na Sua Mesa!

Você conhece o espinafre-tropical? Também chamada de Basella alba, essa incrível planta é uma verdadeira joia escondida entre as hortaliças brasileiras. Rica em nutrientes, fácil de cultivar e repleta de benefícios medicinais, ela ainda oferece um corante natural extraído de seus frutos.

👉 Saiba como utilizá-la na cozinha, seus usos medicinais comprovados, dicas de cultivo e uma receita prática para incluir essa PANC poderosa no seu dia a dia.
Não deixe de conferir!


📘 Ficha Técnica – Basella alba L.

Nome científico e Classificação

  • Nome científico: Basella alba L.

  • Classificador: Carl Linnaeus

  • Família botânica: Basellaceae

  • Classificação mais recente (APG IV):

    • Ordem: Caryophyllales

    • Família: Basellaceae

    • Gênero: Basella

    • Espécie: Basella alba L.

🌱 Nomes populares

  • Espinafre-indiano

  • Espinafre-de-malabar

  • Espinafre-tropical

  • Espinafre-cabeludo

  • Guanco

  • Sambaíto (em algumas regiões do Brasil)

🌿 Descrição Botânica

  • Tipo de folha: Simples, alternas ou subopostas, carnosas, ovais ou cordiformes, com textura suculenta e brilhante, de cor verde-escura ou arroxeada (variedade rubra).

  • Inflorescência: Racemos terminais ou axilares, densos, com pequenas flores róseas a brancas.

  • Tipo e forma da inflorescência: Racemo axilar ou terminal cilíndrico.

  • Fenologia (floração/frutificação): Floresce principalmente no verão e início do outono. Frutifica logo após a floração.

  • Frutos: Drupas pequenas, de coloração arroxeada a negra.

  • Raízes: Fasciculadas, superficiais, de crescimento rápido.

  • Porte: Planta herbácea ou trepadeira, suculenta, podendo atingir até 2 a 5 metros quando tutorada.

  • Caule: Carnoso, suculento, verde ou arroxeado.

🌍 Distribuição geográfica

  • Origem: Sul da Ásia e Sudeste Asiático.

  • No Brasil: Cultivada e espontânea em regiões tropicais e subtropicais, especialmente Norte, Nordeste e Sudeste.

🍽️ Usos alimentares (PANC)

  • Todas as partes aéreas são comestíveis.

  • Folhas e brotos: Utilizados como espinafre — refogados, cozidos, em sopas, omeletes e saladas.

  • Frutos: Usados como corante alimentar (roxo) em pratos, sucos e sobremesas.

📌 Receita culinária simples

Refogado de Basella alba:

  • Ingredientes: Folhas frescas, alho, azeite, sal a gosto.

  • Modo de preparo: Refogue o alho no azeite até dourar. Acrescente as folhas de Basella alba lavadas e escorridas. Refogue rapidamente até murcharem. Tempere com sal e sirva.

Para uma receita mais elaborada veja neste blog a (clique =>) receita de quiche de bertalha.

⚗️ Usos medicinais e fitoterápicos

  • Partes utilizadas: Folhas, talos e frutos.

  • Indicações tradicionais:

    • Laxativa suave

    • Demulcente (protetora das mucosas)

    • Anti-inflamatória

    • Refrescante (uso tópico em queimaduras e irritações)

    • Usada em cataplasmas para abscessos e furúnculos

  • Modo de uso: Infusão ou decocto das folhas; cataplasmas das folhas frescas amassadas.

💊 Indicações fitoterápicas registradas

CondiçãoForma de uso
Prisão de ventre leveInfusão das folhas frescas
Irritações cutâneasCataplasmas ou suco tópico
Queimaduras levesFolhas frescas esmagadas

⚗️ Constituintes químicos

  • Folhas e talos: Mucilagens, carotenoides (incluindo beta-caroteno), vitamina C, ferro, cálcio, magnésio.

  • Frutos: Betacianinas (corantes naturais roxos), antocianinas.

  • Corante dos frutos: Usado para tingir tecidos de forma artesanal e como corante natural em alimentos.

🧪 Bromatologia

  • Composição nutricional (100g de folhas cruas):

    • Energia: ~19 kcal

    • Proteínas: ~2.0 g

    • Carboidratos: ~3.4 g

    • Fibras: ~1.8 g

    • Vitamina C: ~102 mg

    • Cálcio: ~109 mg

    • Ferro: ~1.2 mg

    • Rico em mucilagem (excelente para o trato digestivo)

🎨 Uso dos frutos de Basella alba como corante natural

Parte utilizada: Frutos maduros (drupas de coloração arroxeada a negra)

🎯 Composição responsável pela coloração:

  • Betacianinas (principal)

  • Antocianinas (em menor quantidade)
    Esses pigmentos conferem tons que variam do rosa ao roxo intenso, dependendo da concentração e do pH do meio em que são usados.

🍴 Usos culinários como corante:

  • Bebidas: Sucos, xaropes, drinks naturais

  • Doces: Gelatinas, balas, geleias, coberturas para bolos

  • Massas: Pães, massas artesanais coloridas

  • Arroz: Pode ser cozido junto para dar coloração roxa ao arroz ou risotos.

  • Iogurtes e sorvetes: Acrescenta cor de maneira suave e natural.

📌 Exemplo prático:

  • Corante natural para suco: Amasse os frutos maduros e coe o suco. Misture à água ou suco de limão para realçar a tonalidade arroxeada.


🧵 Usos artesanais:

  • Tingimento de tecidos artesanais (algodão, linho) para obter tons arroxeados ou violáceos.

  • Usado tradicionalmente em comunidades rurais para tinturas caseiras e pintura de objetos artesanais.


⚠️ Observações importantes:

  • Estabilidade: Por serem pigmentos naturais, as betacianinas são sensíveis ao calor, à luz e a variações de pH, podendo desbotar com o tempo.

  • Acidez: A presença de ácidos (ex.: limão ou vinagre) ajuda a manter a cor vibrante por mais tempo.

  • Não tóxico: É seguro para consumo alimentar.

🌾 Dicas de cultivo

  • Solo: Rico em matéria orgânica, bem drenado.

  • Luz: Sol pleno ou meia-sombra.

  • Propagação: Por sementes ou estacas de ramos.

  • Irrigação: Regular, mantendo o solo levemente úmido.

  • Observação: Crescimento rápido, ideal para cultivo em cercas, pergolados ou vasos pendentes.

💡 Curiosidades

  • Considerada uma excelente planta para hortas urbanas e hortas escolares por seu cultivo simples e valor nutritivo.

  • A variedade arroxeada (Basella alba var. rubra) é ornamental e comestível.

  • Muito cultivada em países asiáticos, especialmente Índia, Filipinas e Malásia.

📚 Referências confirmadas

  1. KINUPP, V.F.; LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil. Instituto Plantarum, 2014.

    • 📖 Confirmação como PANC e planta medicinal.

  2. SOUZA, V.C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática – Guia ilustrado para identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira. 5ª ed. Instituto Plantarum, 2012.

    • 📖 Identificação botânica e distribuição.

  3. RUBERT, R. M. et al. “Composição química e propriedades funcionais de Basella alba.” Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 2013.

    • 📖 Confirmação de propriedades nutricionais e fitoquímicas.

  4. PROENÇA, C.E.B. et al. Plantas úteis do Cerrado. Editora UnB, 2015.

    • 📖 Citações sobre usos medicinais tradicionais no Cerrado brasileiro.

Bertalha - Basella alba L. - Foto José Carlos Bueno - 12/2023 - Bueno Brandão-MG

Bertalha - Basella alba L. - Foto José Carlos Bueno - 12/2023 - Bueno Brandão-MG

Bertalha - Basella alba L. - Foto José Carlos Bueno - 12/2023 - Bueno Brandão-MG

Bertalha - Basella alba L. - Foto José Carlos Bueno - 12/2023 - Bueno Brandão-MG

Bertalha - Basella alba L. - Foto José Carlos Bueno - 12/2023 - Bueno Brandão-MG

Bertalha - Basella alba L. - Foto José Carlos Bueno - 12/2023 - Bueno Brandão-MG


sábado, 14 de junho de 2025

Mamoeiro


Você sabia que o mamoeiro (Carica papaya) é uma potência tanto como PANC quanto como planta medicinal? Na postagem a seguir, revelamos como o mamão verde e suas folhas são deliciosos e nutritivos para a culinária, e como a planta oferece benefícios medicinais impressionantes, desde o auxílio na digestão até o potencial de elevar plaquetas. Não perca a oportunidade de explorar todos os segredos e usos dessa maravilha tropical!

🌿 Ficha Técnica – Carica papaya (Mamoeiro)

Nome científico

Nome Científico: Carica papaya L.

Família Botânica: Caricaceae

Classificador: Linnaeus

Classificação Mais Recente: Angiospermae > Eudicotyledoneae > Rosids > Brassicales > Caricaceae

Nomes Populares: Mamão, mamoeiro, papaia (em outros idiomas), lechosa (em alguns países de língua espanhola).

🌿 Descrição botânica

  • Tipo de Folha: Folhas grandes, palmadas, lobadas (5-9 lobos), com pecíolos longos e ocos. Dispostas em espiral no topo do caule. Possuem nervação palmada.
  • Inflorescência:
    • Flores Masculinas: Agrupadas em panículas longas e pendentes, com numerosas flores pequenas e esbranquiçadas.
    • Flores Femininas: Geralmente solitárias ou em pequenos cachos curtos, maiores que as masculinas, com 5 pétalas brancas ou creme.
    • Flores Hermafroditas: Podem ocorrer, contendo órgãos reprodutivos masculinos e femininos na mesma flor. São as mais desejáveis para a produção comercial de frutos.
  • Raízes: Sistema radicular relativamente superficial e fibroso, adaptado a solos bem drenados.
  • Porte: É uma planta herbácea arbustiva ou arbórea, de caule ereto, único (geralmente não ramificado), oco, com cicatrizes foliares proeminentes, podendo atingir de 2 a 10 metros de altura.
  • Forma e Tipo de Infrutescência: A infrutescência não é uma estrutura separada; os frutos se desenvolvem diretamente das flores femininas ou hermafroditas, geralmente agrupados próximos ao topo do caule, abaixo da coroa de folhas. O fruto é uma baga grande, ovalada a alongada, com casca lisa e polpa suculenta, que varia de amarelo a laranja-avermelhado quando madura. Contém numerosas sementes pretas e rugosas, envoltas em uma substância gelatinosa.

🌍 Região de origem e ocorrência no Brasil

  • Região de Origem: México e América Central.
  • No Brasil: Amplamente cultivada em todas as regiões, especialmente no Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, devido ao clima tropical favorável. É uma das frutas mais consumidas e produzidas no país.

🍽️ Usos alimentares e como PANC (Plantas Alimentícias Não Convencionais): 

Embora o mamão maduro seja uma fruta convencional, algumas partes da planta podem ser consideradas PANC:

  • Mamão Verde: O fruto imaturo (verde) é amplamente utilizado em diversas culinárias como vegetal. Sua textura firme e sabor suave o tornam versátil.
  • Folhas Jovens: Podem ser consumidas cozidas, semelhantes à couve, após um processo que reduz seu amargor.
  • Flores: Podem ser utilizadas em saladas ou refogados, adicionando um toque exótico.

💊 Usos medicinais e indicações fitoterápicas 

Diversas partes do mamoeiro possuem reconhecidos usos medicinais.

Modo de Usar e Preparação (Usos Medicinais):

  • Folhas:
    • Chá/Infusão: Folhas secas ou frescas picadas podem ser usadas para preparar um chá. Utilizar 1-2 folhas médias para 1 litro de água. Ferver a água, adicionar as folhas, desligar o fogo e abafar por 10-15 minutos. Coar e consumir.
    • Extrato: Pode ser obtido por maceração das folhas em água ou álcool.
  • Látex (do fruto verde ou caule):
    • Uso Tópico: O látex fresco, rico em papaína, é utilizado externamente. Deve-se ter cuidado, pois pode causar irritação em algumas pessoas.
  • Sementes:
    • Consumo Direto: Podem ser mastigadas (são picantes) ou moídas e adicionadas a alimentos.
    • Chá: As sementes trituradas podem ser usadas para fazer chá.


  • Folhas:
    • Aumento de Plaquetas: Tradicionalmente usado em casos de dengue para ajudar a elevar a contagem de plaquetas.
    • Antioxidante e Anti-inflamatório: Contêm compostos fenólicos e flavonoides.
    • Digestivo: Auxiliam na digestão devido à presença de enzimas como a papaína.
    • Antimalárico: Estudos indicam potencial atividade contra o parasita da malária.
    • Câncer: Algumas pesquisas preliminares sugerem potencial atividade antitumoral.
  • Fruto (maduro):
    • Digestivo: A papaína presente na polpa (especialmente no fruto verde e em menor quantidade no maduro) ajuda na digestão de proteínas.
    • Laxante Suave: Rico em fibras, auxilia no funcionamento intestinal.
    • Rico em Vitaminas e Minerais: Fonte de vitamina C, vitamina A (beta-caroteno), potássio, entre outros.
  • Látex (do fruto verde ou caule):
    • Vermífugo: Tradicionalmente usado para eliminar vermes intestinais.
    • Cicatrização de Feridas: A papaína possui propriedades que auxiliam na limpeza e cicatrização de feridas, queimaduras e úlceras.
    • Ação Queratolítica: Ajuda a remover tecidos mortos.
  • Sementes:
    • Vermífugo: Possuem compostos com atividade antiparasitária.
    • Hepatoprotetor: Estudos sugerem que podem ter efeito protetor sobre o fígado.

🍲 Receita culinária como PANC

Salada de Mamão Verde com Camarão

  • Ingredientes:
    • 1 mamão verde pequeno (cerca de 500g)
    • 200g de camarão médio limpo
    • 1/2 cebola roxa fatiada finamente
    • 1/2 pimentão vermelho em tiras finas
    • 2 dentes de alho picados
    • 1 pimenta dedo-de-moça picada (opcional)
    • Coentro fresco picado a gosto
    • Suco de 1 limão
    • 2 colheres de sopa de azeite de oliva
    • Sal e pimenta-do-reino a gosto
    • Amendoim torrado e picado para finalizar (opcional)
  • Modo de Preparo:

1.                  Descasque o mamão verde e rale-o em fios finos (usando um ralador grosso ou cortador de legumes para julienne). Seque bem o excesso de umidade com um pano limpo ou papel toalha.

2.                  Em uma frigideira, aqueça 1 colher de sopa de azeite e salteie o camarão até ficar rosado e cozido. Tempere com sal e pimenta. Reserve.

3.                  Em uma tigela grande, misture o mamão ralado, a cebola roxa, o pimentão vermelho, o alho e a pimenta dedo-de-moça (se usar).

4.                  Em um recipiente pequeno, prepare o molho misturando o suco de limão, azeite restante, sal e pimenta-do-reino.

5.                  Despeje o molho sobre a salada e misture bem.

6.                  Adicione o camarão salteado e o coentro picado. Misture delicadamente.

7.                  Sirva imediatamente, finalizando com amendoim torrado picado, se desejar.

🔬 Bromatologia (composição nutricional do fruto maduro) - Valores Médios por 100g de Polpa):

  • Energia: ~39 kcal
  • Carboidratos: ~9,81 g
    • Açúcares: ~5,90 g
  • Proteínas: ~0,61 g
  • Gorduras Totais: ~0,14 g
  • Fibras Alimentares: ~1,8 g
  • Vitaminas:
    • Vitamina C (ácido ascórbico): ~61 mg (muito alta)
    • Vitamina A (equivalentes de retinol): ~47 µg (proveniente de beta-caroteno)
    • Vitamina B9 (folato): ~37 µg
  • Minerais:
    • Potássio: ~182 mg
    • Cálcio: ~24 mg
    • Fósforo: ~10 mg
    • Magnésio: ~10 mg
    • Sódio: ~3 mg

Obs: Estes valores são aproximados e podem variar dependendo da variedade, grau de maturação e condições de cultivo.

🌾 Dicas de cultivo

  • Clima: Prefere climas tropicais e subtropicais, com temperaturas entre 20°C e 30°C. Sensível a geadas.
  • Solo: Requer solos férteis, bem drenados, profundos e ricos em matéria orgânica. pH ideal entre 6,0 e 7,0.
  • Luminosidade: Necessita de pleno sol para um bom desenvolvimento e produção de frutos.
  • Água: Irrigação regular e constante é crucial, especialmente durante períodos secos e na fase de frutificação. Evitar encharcamento.
  • Propagação: Principalmente por sementes. A germinação é relativamente fácil.
  • Espaçamento: Varia de acordo com a variedade, mas geralmente 2,5m x 2,5m a 3m x 3m.
  • Adubação: Responde bem a adubações orgânicas e minerais, principalmente com potássio e nitrogênio.
  • Pragas e Doenças: Fique atento a pulgões, cochonilhas, moscas-das-frutas e doenças como o vírus do mosaico do mamoeiro e a antracnose.

🌟 Curiosidades Sobre a Planta:

  • Polinização: A polinização pode ser realizada por insetos, vento ou ser autopolinização (em plantas hermafroditas).
  • Variações Sexuais: O mamoeiro é uma planta com interessante variação sexual: pode ser dioico (plantas com flores masculinas e femininas separadas), monoico (flores masculinas e femininas na mesma planta, mas em inflorescências diferentes) ou hermafrodita (flores com ambos os sexos). As variedades hermafroditas são as mais cultivadas comercialmente devido à sua autofertilidade e produção consistente de frutos.
  • Papaína: O látex do mamoeiro verde é uma fonte rica da enzima papaína, amplamente utilizada na indústria alimentícia (como amaciante de carne), farmacêutica (em medicamentos digestivos e cicatrizantes) e cosmética.
  • Sementes Comestíveis: Apesar de muitas vezes descartadas, as sementes do mamão são comestíveis e possuem um sabor picante, semelhante ao da pimenta-do-reino.
  • Crescimento Rápido: O mamoeiro é uma planta de crescimento muito rápido, podendo começar a produzir frutos em menos de um ano após o plantio.

📚 Algumas Citações Confirmadas como Planta Medicinal e como Planta PANC:

Como Planta Medicinal:

  • Título: "Carica papaya L. (Papaya): A Comprehensive Review of Its Pharmacological Activities and Traditional Uses"
    • Autor(es): N. S. Ayinla, et al.
    • Local e Data de Publicação: Journal of Ethnopharmacology, Volume 248, Fevereiro de 2020.
    • Confirmação: Este artigo de revisão abrangente detalha as diversas atividades farmacológicas do mamoeiro, incluindo suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, digestivas e seu uso tradicional em várias condições, como dengue e parasitas intestinais.
  • Título: "Traditional uses, phytochemistry and pharmacology of Carica papaya (papaya)"
    • Autor(es): O. O. Ezeibekwe, et al.
    • Local e Data de Publicação: Journal of Medicinal Plants Research, Volume 5, Número 20, Páginas 4969-4976, Setembro de 2011.
    • Confirmação: Este estudo discute os usos tradicionais do mamoeiro, a composição fitoquímica e as propriedades farmacológicas, corroborando seus usos medicinais.

Como Planta PANC:

  • Título: "Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) no Brasil: panorama e oportunidades de uso"
    • Autor(es): Kinupp, V. F.; Lorenzi, H.
    • Local e Data de Publicação: Editora Plantarum, Nova Odessa, SP, Brasil, 2014.
    • Confirmação: Embora o mamão maduro seja convencional, esta obra seminal sobre PANCs no Brasil frequentemente menciona e encoraja o uso de partes menos convencionais de plantas conhecidas, como o mamão verde e as folhas do mamoeiro, como alternativas alimentares nutritivas. O livro é uma referência fundamental para o conceito e uso de PANCs no Brasil.
  • Título: "Validação do uso popular de plantas alimentícias não convencionais (PANCs) no semiárido cearense"
    • Autor(es): Araújo, F. A. D. C., et al.
    • Local e Data de Publicação: Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Volume 21, Número 4, Páginas 875-884, Outubro de 2019.
    • Confirmação: Embora não exclusivamente sobre mamão, estudos etnobotânicos em regiões como o semiárido cearense frequentemente revelam e validam o uso de frutos imaturos ou folhas de plantas comuns como alimento, confirmando a prática de PANC com espécies como o mamoeiro.

  



quinta-feira, 5 de junho de 2025

Alecrim

🌿 Alecrim: muito mais que um tempero – descubra os segredos medicinais e aromáticos dessa planta poderosa!

Você sabia que o alecrim vai além do sabor marcante nas receitas? Neste post, exploramos os múltiplos usos dessa erva milenar: desde os benefícios para a memória até os efeitos anti-inflamatórios do seu óleo essencial. Aprenda a cultivar, identificar, usar na culinária e na saúde! 🌱💧


 Ficha Técnica – Salvia rosmarinus Spenn.

Nome científico

Classificação atualizadaSalvia rosmarinus Spenn. (segundo revisão taxonômica recente do gênero Rosmarinus para Salvia - Harley et al., 2004)

Sinonimia científica:

Rosmarinus officinalis L.
Classificador: Carl Linnaeus

🌱 Família botânica

Lamiaceae (mesma família da hortelã, manjericão e sálvia)


📛 Nomes populares

Alecrim, alecrim-de-jardim, rosmarinho, rosemary (inglês)


🌿 Descrição botânica


O alecrim, Salvia rosmarinus Spenn., é umrbusto lenhoso, ramificado, podendo atingir 1 a 2 metros de altura. Possui folhas perenes, lineares, opostas, coriáceas, verde-escuras na face superior e esbranquiçadas na inferior. Aromáticas. As inflorescências são do tipo racemo ou espiga terminal com flores bilabiadas, pequenas, azul-arroxeadas ou esbranquiçadas, com cálice campanulado. Suas raízes são fasciculadas, superficiais, adaptadas a solos bem drenados. 

🌍 Região de origem e ocorrência no Brasil

  • Origem: Região do Mediterrâneo (Europa Meridional e Norte da África)

  • Cultivo no Brasil: Muito cultivado em hortas, jardins e plantações comerciais, especialmente no Sul e Sudeste.


🍽️ Uso alimentar

  • As folhas frescas ou secas são utilizadas como tempero aromático em carnes, pães, batatas, molhos e azeites.

  • Considerada condimentar, por seu uso tradicional e versatilidade culinária.


🍵 Modo de usar e preparação (alimentar e medicinal)

  • Chá (infusão): 1 colher de chá de folhas secas para 1 xícara de água fervente. Deixar repousar 5-10 min.

  • Uso culinário: Adicionar folhas frescas a pratos quentes no final do preparo para preservar aroma.

  • Tintura: Folhas maceradas em álcool a 70%, uso externo ou interno conforme orientação fitoterápica.

  • Óleo essencial: Usado diluído para massagens, aromaterapia ou cosméticos.


💊 Usos medicinais e indicações fitoterápicas

  • Estimulante digestivo, colagogo, anti-inflamatório leve, diurético, antioxidante, antimicrobiano.

  • Empregado para:

    • Alívio de cólicas gastrointestinais

    • Melhora da circulação

    • Estímulo da memória e concentração

    • Alívio de dores musculares (uso externo)

    • Caspa e oleosidade capilar (uso do óleo essencial)

📚 Citação confirmada:

  • Almeida, R. N. Plantas Medicinais Brasileiras. UFPE, 2015.

  • Lorenzi, H.; Matos, F.J.A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Instituto Plantarum, 2002.


🍳 Receita culinária com alecrim

Batatas rústicas ao forno com alecrim

  • Ingredientes: Batatas, azeite, sal, pimenta, ramos de alecrim fresco.

  • Modo de preparo: Cortar batatas em gomos, temperar com os ingredientes, assar a 200°C até dourar.


🔬 Bromatologia (composição nutricional)

  • Rico em óleos essenciais (cineol, cânfora, borneol)

  • Contém flavonoides (rosmarina, apigenina), taninos e ácido rosmarínico

  • Alta atividade antioxidante

  • Propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras


🌿 Usos e indicações do óleo essencial

  • Óleo essencial de alecrim (quimiotipos: cineol, alcanfor, verbenona):

    • Aromaterapia: estimula foco, memória e concentração.

    • Cosmética: tratamento de caspa, cabelo oleoso e tônico capilar.

    • Uso tópico: anti-inflamatório, analgésico leve, indicado para dores musculares.

Referência:
Silva, M. A. et al. Estudo fitoquímico e atividades biológicas do óleo essencial de Rosmarinus officinalis. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 2017.


🌾 Dicas de cultivo

  • Clima: Subtropical a temperado, tolera períodos de seca.

  • Solo: Bem drenado, arenoso, pH neutro a levemente alcalino.

  • Luz: Pleno sol.

  • Poda: Regular para manter a forma e estimular novos brotos.

  • Multiplicação: Por estacas semilenhosas ou sementes.


🌟 Curiosidades

  • Na Roma Antiga, o alecrim era símbolo de fidelidade e memória.

  • Muito usado em rituais de proteção e defumação.

  • Em fitoterapia europeia, é considerado um dos principais tônicos cerebrais naturais.

  • Estudos apontam benefícios na prevenção de doenças neurodegenerativas.

Alecrim - Salvia rosmarinus Spenn. - Foto: José Carlos Bueno - 04/2024

Alecrim - Salvia rosmarinus Spenn. - Foto: José Carlos Bueno - 04/2024

Alecrim - Salvia rosmarinus Spenn. - Foto: José Carlos Bueno - 04/2024

Alecrim - Salvia rosmarinus Spenn. - Foto: José Carlos Bueno - 04/2024

Alecrim - Salvia rosmarinus Spenn. - Foto: José Carlos Bueno - 04/2024

Alecrim - Salvia rosmarinus Spenn. - Foto: José Carlos Bueno - 04/2024

Alecrim - Salvia rosmarinus Spenn. - Foto: José Carlos Bueno - 04/2024


sábado, 31 de maio de 2025

Taioba

 

A Taioba Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott - é uma importante PANC, alimentar e fitoterápica. Aprenda a identificar com segurança e utitilizar esta nutritiva planta de nossa flora. 

🌿 Ficha Técnica: Xanthosoma sagittifolium (Taioba)

📌 Nome científico:

Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott

📚 Classificador:

Carl Linnaeus; posteriormente reclassificada por Heinrich Wilhelm Schott.

🌱 Família botânica:

Araceae

🏷️ Nomes populares:

Taioba, taiova, taiá, mangará, mangará-mirim, mangarito, macabo, yautia, tiquisque, malanga, entre outros.

🌍 Região de origem e distribuição:

Originária da América Central, atualmente é cultivada em regiões tropicais e subtropicais, incluindo todo o Brasil, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste .

🌿 Descrição botânica:

 A Taioba Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott - é uma herbácea perene, atingindo até 2 metros de altura. Com folhas grandes, cordiformes, com limbo ceroso e nervuras marcantes; coloração verde brilhante, seus talos partem diretamente da altura do solo de seus rizomas. As inflorescências tem a forma de espádice envolto por espata, típica da família Araceae. As raízes principais são rizomatosas, formando cormos ricos em amido. 

Observação: Diferenciar da taioba-brava (Colocasia antiquorum), que possui talos arroxeados e é tóxica .

🍽️ Usos alimentares:

  • Folhas e talos: Consumidos cozidos em refogados, sopas, omeletes e tortas.

  • Rizomas: Cozidos, fritos ou transformados em farinha.

  • Precaução: Nunca consumir cru devido à presença de oxalato de cálcio; o cozimento elimina essa substância .

🌿 Usos medicinais e indicações fitoterápicas:

  • Propriedades: Antioxidante, hipocolesterolêmica e rica em cálcio.

  • Indicações:

    • Prevenção de osteoporose .

    • Redução do colesterol .

    • Suplementação nutricional em dietas deficientes.

🧪 Modo de usar e preparação:

  • Culinária: Cozinhar as folhas e talos antes do consumo.

  • Chá: Infusão das folhas para uso tradicional em algumas comunidades.

  • Farinha: Rizomas podem ser secos e moídos para produção de farinha rica em amido.

🍲 Receita culinária:

Refogado de Taioba
Ingredientes:

  • 2 xícaras de folhas de taioba picadas

  • 2 dentes de alho amassados

  • 1 colher de sopa de óleo

  • Sal a gosto

Modo de preparo:

  1. Aqueça o óleo e doure o alho.

  2. Adicione as folhas de taioba e refogue até murcharem.

  3. Tempere com sal e sirva como acompanhamento.

🧬 Bromatologia:

  • Composição nutricional por 100g de folhas cruas:

    • Proteínas: 3,05g

    • Fibras: 1,17g

    • Cálcio: 273,17mg (aumenta para 369,81mg após o cozimento)

    • Ferro: 2,3mg

    • Vitamina A: 4.500 UI

    • Calorias: 31 kcal .

🌾 Dicas de cultivo:

  • Solo: Bem drenado, rico em matéria orgânica, pH entre 5,8 e 6,5.

  • Clima: Quente e úmido, com temperaturas acima de 25°C.

  • Plantio: Propagação por rizomas; espaçamento de 1 metro entre plantas.

  • Colheita:

    • Folhas: 60 a 75 dias após o plantio.

    • Rizomas: 7 a 12 meses após o plantio .

🌟 Curiosidades:

  • Considerada uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC) no Brasil.

  • Tradicionalmente utilizada na culinária de Minas Gerais e Goiás.

  • Estudos indicam seu potencial na prevenção de doenças ósseas e cardiovasculares .

📚 Citações confirmadas:

  • Duarte, S. P. A. (2023): "Extração, caracterização e propriedades tecnológicas do amido de taioba (Xanthosoma sagittifolium)". Universidade Federal do Pará .

  • Pinto, N. A. V. D., Vilas Boas, B. M., & Carvalho, V. D. (1999): "Caracterização mineral das folhas de taioba (Xanthosoma sagittifolium)". Ciência e Agrotecnologia, 23, 57–61.

  • Siqueira, M. V. B. M., Nascimento, W. F. D., Pedrosa, M. W., & Veasey, E. A. (2023): "Agronomic characteristics and potential of Xanthosoma sagittifolium as food and starch source". Elsevier eBooks.

Como Identificar Corretamente a Taioba (Xanthosoma sagittifolium)

📌 1. Folhas

  • Formato: Coração ou seta (sagitada), com divisão profunda na base.

  • Cor: Verde-escura, brilhante na parte superior e opaca na inferior.

  • Textura: Macia e espessa, com pecíolo (haste) comprido.

  • Inserção do pecíolo: O pecíolo (haste da folha) se insere dentro do limbo foliar, não na borda.

🔍 Diferença da taioba-brava: Na taioba-brava (Colocasia esculenta), o pecíolo se insere na borda da folha, e os talos são arroxeados — uma característica de advertência.


📌 2. Talo (pecíolo)

  • Cor: Verde-claro a verde-escuro.

  • Sem manchas arroxeadas: Ao contrário da taioba-brava, que frequentemente possui manchas roxas ou o talo completamente roxo.


📌 3. Inflorescência

  • Tipo: Espádice envolto por espata.

  • Cor da espata: Esbranquiçada a esverdeada.

  • Flor: Discreta, ocorre raramente em cultivo doméstico.


📌 4. Raiz (cormo ou rizoma)

  • Tipo: Subterrânea, rica em amido, de coloração clara.

  • Usada na alimentação: Assim como a folha, é comestível após cozimento.


📌 5. Porte da planta

  • Altura: Pode atingir até 1,5 m em ambientes ideais.

  • Disposição: Folhas crescem eretas a partir do centro da planta.


⚠️ Atenção!

  • Nunca consuma folhas de taioba sem ter certeza da identificação correta.

  • A taioba-brava (Colocasia sp.) pode causar intoxicações graves devido ao oxalato de cálcio em cristais.


🧪 Teste caseiro (com cuidado):

Uma prática usada por comunidades tradicionais:

  • Rasgue a folha: Se liberar um líquido leitoso e irritar a pele ou mucosas, provavelmente não é a taioba verdadeira.

  • No entanto, este teste não substitui a identificação botânica segura.

Taioba - Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott - Foto: José Carlos Bueno - Bueno Brandão-MG - 05/2025

Taioba - Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott - Foto: José Carlos Bueno - Bueno Brandão-MG - 05/2025

Taioba - Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott - Foto: José Carlos Bueno - Bueno Brandão-MG - 05/2025

Taioba - Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott - Foto: José Carlos Bueno - Bueno Brandão-MG - 05/2025


Ora-pro-nóbis


Ora-pro-nóbis:  Descubra os segredos dessa planta versátil e nutritiva, rica em proteínas e usada há gerações na culinária e na medicina popular. Saiba como cultivá-la, preparar receitas deliciosas e aproveitar seus benefícios à saúde!

🌿 Ficha Técnica: Pereskia aculeata Mill. (Ora-pro-nóbis)

📌 Nome científico:

Pereskia aculeata Mill.

📚 Classificador:

Descrita por Philip Miller.

🌱 Família botânica:

Cactaceae

🏷️ Nomes populares:

Ora-pro-nóbis, Orabrobó, Lobrobó, Lobolôbô, Trepadeira-limão, Rosa-madeira, Azedinha, Jumbeba, Rogai-por-nós

🌿 Descrição botânica:

 A Pereskia aculeata Mill.  é uma trepadeira ou arbusto lenhoso, podendo atingir até 10 metros de comprimento, amplamente ramificada. Possui folhas lanceoladas ou ovadas, verdes brilhantes, medindo entre 6 e 7 cm de comprimento, com espinhos nas axilas. As Inflorescências são panículas terminais com flores brancas, cremes ou rosadas, fortemente perfumadas, com diâmetro de 2,5 a 5 cm, floresce entre outubro e novembro. Seus frutos são bagas arredondadas, translúcidas, variando do branco ao amarelo, laranja ou vermelho, com cerca de 2 cm de diâmetro. Comestíveis e suculentos. Suas sementes são dispersas principalmente por pássaros Seu sistema radicular são profundo e ramificado, adaptado a diferentes tipos de solo.

🍽️ Usos alimentares:

  • Folhas: Consumidas cruas em saladas ou cozidas em refogados, sopas, omeletes e tortas. Também podem ser desidratadas e transformadas em farinha para enriquecimento nutricional de massas e pães.

  • Frutos: Comestíveis, utilizados em sucos, geleias e doces.

  • Culinária regional: Ingrediente tradicional na culinária mineira, especialmente em pratos como "frango com ora-pro-nóbis".

🌿 Usos medicinais e indicações fitoterápicas:

  • Propriedades: Anti-inflamatória, cicatrizante, antioxidante, antimicrobiana, antitumoral e emoliente.

  • Indicações:

    • Tratamento de distúrbios renais.

    • Cicatrização de feridas na pele.

    • Alívio de processos inflamatórios.

    • Suporte nutricional em casos de desnutrição.

🧪 Modo de usar e preparação:

  • Infusão: Preparar chá com as folhas para uso interno ou externo.

  • Pomada: Macerar as folhas e aplicar diretamente sobre feridas para auxiliar na cicatrização.

  • Farinha: Desidratar as folhas e triturar para obtenção de farinha rica em proteínas e fibras, utilizada no preparo de pães, bolos e massas.

🍲 Receita culinária:

Frango com Ora-pro-nóbis
Ingredientes:

  • 1 kg de frango em pedaços

  • 2 dentes de alho picados

  • 1 cebola picada

  • 2 xícaras de folhas de ora-pro-nóbis lavadas

  • Sal, pimenta e temperos a gosto

Modo de preparo:

  1. Temperar o frango com alho, sal e pimenta.

  2. Refogar a cebola até dourar, adicionar o frango e cozinhar até dourar.

  3. Acrescentar as folhas de ora-pro-nóbis e cozinhar por mais 10 minutos.

  4. Servir com arroz branco e polenta.

🌍 Região de origem e distribuição no Brasil:

  • Origem: América Tropical, com distribuição desde o México até a América do Sul.

  • Distribuição no Brasil: Presente nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, especialmente em ecossistemas associados à Mata Atlântica, como restingas, matas de brejo, matas de planalto e agrestes.

🧬 Bromatologia:

  • Composição nutricional (por 100g de matéria seca):

    • Proteínas: 27,06g

    • Fibras: 28,70g

    • Lipídios: 10,34g

    • Vitamina C: 42,35mg

    • Ácido fólico: 9,88mg

    • Minerais: ferro, cálcio, magnésio e fósforo em quantidades significativas.


🌱 Forma de Cultivo da Ora-pro-nóbis

Clima e solo ideais:

  • Clima: Tropical a subtropical. Suporta bem tanto calor intenso quanto baixas temperaturas.

  • Solo: Prefere solos férteis, bem drenados, ricos em matéria orgânica. Tolera solos mais pobres, mas se desenvolve melhor com adubação.

Propagação:

  • A forma mais comum de propagação é por estacas:

    • Corte ramos de 20–30 cm com ao menos 3 nós.

    • Deixe a base secar por 1 a 2 dias à sombra antes do plantio.

    • Plante diretamente no solo ou em recipientes com substrato úmido.

    • As estacas enraízam com facilidade.

Plantio:

  • Espaçamento recomendado: 1,5 a 2 metros entre plantas.

  • Pode ser cultivada como cerca-viva, trepadeira em suportes, ou conduzida como arbusto.

Cuidados:

  • Irrigação: Regas regulares no início; depois a planta tolera bem períodos de seca.

  • Adubação: Aplicar matéria orgânica como composto ou esterco bem curtido a cada 3–4 meses.

  • Poda: Podas leves estimulam o brotamento de folhas novas e facilitam a colheita.


✂️ Colheita da Ora-pro-nóbis

  • Tempo de colheita: Pode-se iniciar a colheita cerca de 4 a 6 meses após o plantio, dependendo do desenvolvimento.

  • Parte colhida: As folhas jovens e tenras são as mais usadas na alimentação.

  • Como colher:

    • Cortar com tesoura ou colher manualmente os brotos e folhas, preferencialmente pela manhã.

    • Evitar colheita em dias muito quentes para preservar a qualidade das folhas.

  • Frequência: Pode-se colher semanalmente, à medida que a planta rebrota.

🌟 Curiosidades:

  • O nome "ora-pro-nóbis" vem do latim "rogai por nós". Segundo a tradição, durante as ladainhas nas igrejas, os fiéis colhiam as folhas da planta nos quintais das igrejas enquanto o padre entoava "ora pro nobis".

  • Conhecida como "carne de pobre" devido ao seu alto teor proteico e fácil cultivo.

  • Utilizada como cerca viva devido aos seus espinhos e crescimento vigoroso.

📚 Citações confirmadas:

  • Silva, 2019: Desenvolvimento de suplemento alimentar com folhas de Pereskia aculeata, destacando seu alto teor proteico e vitamínico. Universidade Federal de Santa Catarina.

  • Queiroz, C.R.A.A., 2012: Estudo sobre cultivo e composição química de ora-pro-nóbis sob déficit hídrico intermitente no solo. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

  • Rocha, D.R.C. et al., 2008: Desenvolvimento de macarrão enriquecido com ora-pro-nóbis desidratado, evidenciando seu potencial na indústria alimentícia. Revista Alimentos e Nutrição, Araraquara.

Ora-pro-nóbis - Pereskia aculeata Mill - inflorescência

Ora-pro-nóbis - Pereskia aculeata Mill - Foto: José Carlos Bueno - Bueno Brandão-MG -03/2024

Ora-pro-nóbis - Pereskia aculeata Mill - Ramos - Foto: José Carlos Bueno - Bueno Brandão-MG -03/2024


Ora-pro-nóbis - Pereskia aculeata Mill - Folhas - Foto: José Carlos Bueno - Bueno Brandão-MG -03/2024


Ora-pro-nóbis - Pereskia aculeata Mill - Frutos - Foto: José Carlos Bueno - Bueno Brandão-MG -03/2024


Ora-pro-nóbis - Pereskia aculeata Mill -Frutos - Foto: José Carlos Bueno - Bueno Brandão-MG -03/2024



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