quinta-feira, 16 de maio de 2024

Insulina-vegetal

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

 


Nome científico: Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis

 

Família botânica: Vitaceae

 

Nomes populares: Cipó-pucá, uva-brava, insulina-vegetal, cipó-pucá-de-flor-grande, cipó-de-mucuna, anil-trepador, cortina-de-pobre

 

Descrição botânica: Cissus verticillata é uma trepadeira perene e lenhosa, nativa das Américas, que pode atingir até 10 metros de comprimento. Possui folhas compostas e trifoliadas com bordas serrilhadas. As flores são pequenas, de cor verde-amarelada, e aparecem em inflorescências do tipo cimeira. Os frutos são bagas esféricas, pretas ou azul-escuras quando maduras.

 

Usos medicinais: Cissus verticillata é utilizada na medicina tradicional de várias culturas por suas propriedades medicinais. É conhecida principalmente como "insulina vegetal" por seu potencial efeito hipoglicemiante, sendo usada para ajudar no controle dos níveis de açúcar no sangue. Além disso, a planta é empregada no tratamento de inflamações, feridas, úlceras, e como analgésico natural.

 

Toxicidade: Apesar de seus usos medicinais, o uso de Cissus verticillata deve ser feito com cautela e sob orientação de um profissional de saúde, pois há relatos de efeitos colaterais, especialmente em doses elevadas ou uso prolongado. Alguns componentes da planta podem causar reações adversas, incluindo distúrbios gastrointestinais.

 

Uso paisagístico e ornamental: Cissus verticillata é valorizada no paisagismo por sua folhagem densa e capacidade de cobrir rapidamente estruturas como cercas, treliças e pérgolas, devido a isto um de seus nomes populares é cortina-de-pobre. Sua resistência e crescimento vigoroso a tornam uma excelente escolha para criar sombras naturais e coberturas vegetais.

 

Cultivo: Cissus verticillata é uma planta robusta que se adapta a uma variedade de condições de solo e clima. Prefere solos férteis e bem drenados, mas pode tolerar solos pobres e períodos de seca. Cresce bem em áreas com sol pleno a meia sombra. A propagação é geralmente feita por estacas de caule ou sementes.

 

Curiosidades sobre a planta:

 

A planta é conhecida por sua capacidade de crescer rapidamente e se espalhar, o que a torna uma boa escolha para áreas que precisam de cobertura vegetal rápida.

Cissus verticillata tem sido estudada por seu potencial em ajudar no tratamento de diabetes, graças às suas propriedades hipoglicemiantes.

É frequentemente utilizada em sistemas agroflorestais e na recuperação de áreas degradadas devido à sua resistência e capacidade de adaptação a diferentes condições ambientais.

Em algumas regiões, é considerada uma planta invasora devido à sua rápida taxa de crescimento e capacidade de se espalhar, competindo com espécies nativas.

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis - Vitaceae. Foto: José Carlos Bueno; 05/2024




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segunda-feira, 13 de maio de 2024

Amor-agarradinho

Antigonon leptopus - Amor agarradinho - Foto: José Carlos Bueno: 04-24
 


 Nome científico: Antigonon leptopus (Hook. & Arn.) Walp.

Família botânica: Polygonaceae

Nomes populares: Amor-agarradinho, coração-de-jesus, lágrima-de-cristo, coralillo

 

Descrição botânica: Antigonon leptopus é uma trepadeira perene originária do México e América Central, conhecida por suas inflorescências em forma de racemos terminais que lembram pequenas flores em forma de coração. Suas folhas são cordiformes e suas flores podem ser rosa, brancas ou vermelhas, florescendo principalmente no verão e outono.

 

Usos medicinais: Não há registros significativos sobre usos medicinais tradicionais da Antigonon leptopus. No entanto, em algumas culturas, as partes da planta podem ser utilizadas de forma tópica para tratar irritações da pele devido às suas propriedades emolientes.

 

Usos alimentares como PANC: Antigonon leptopus não é amplamente conhecida por seus usos alimentares. No entanto, algumas partes da planta, como as flores e folhas jovens, podem ser consumidas em saladas ou como guarnição, fornecendo nutrientes como vitaminas e minerais. Suas folhas jovens podem, também, ser empanadas e fritas. Suas flores é excelente para decorar saladas trazendo um ótimo visual e incrementando sabores e nutrientes a estas.

 

Benefícios nutracêuticos: Apesar de não ser uma planta amplamente estudada em termos de seus benefícios nutracêuticos, as flores e folhas da Antigonon leptopus podem conter compostos antioxidantes e fitonutrientes que contribuem para a saúde geral quando consumidos como parte de uma dieta equilibrada.

 

Uso paisagístico e ornamental: Devido à sua floração abundante e colorida, Antigonon leptopus é frequentemente cultivada como planta ornamental em jardins, treliças e pérgolas. Sua capacidade de cobrir grandes áreas com suas trepadeiras e suas flores vistosas a tornam uma escolha popular para paisagismo.

 

Cultivo: Antigonon leptopus é uma planta de crescimento rápido que prefere climas quentes e ensolarados. Ela cresce melhor em solos bem drenados e pode tolerar períodos curtos de seca uma vez estabelecida. Esta trepadeira pode ser propagada por sementes ou por estacas de caule.

 

Curiosidades sobre a planta:

 

O nome "amor-agarradinho" é uma referência à natureza trepadeira da planta, que se agarra e sobe em suportes próximos à medida que cresce.

Em algumas culturas, a Antigonon leptopus é associada a lendas e histórias românticas devido à sua aparência delicada e às suas inflorescências em forma de coração.

A planta é atrativa para polinizadores, como borboletas e abelhas, devido à abundância de néctar produzido por suas flores.

Antigonon leptopus é uma espécie invasora em algumas regiões tropicais e subtropicais, onde pode se espalhar rapidamente e competir com espécies nativas.


Antigonon leptopus - Amor agarradinho - Foto: José Carlos Bueno: 04-24


Antigonon leptopus - Amor agarradinho - Foto: José Carlos Bueno: 04-24


Antigonon leptopus - Amor agarradinho - Foto: José Carlos Bueno: 04-24


Antigonon leptopus - Amor agarradinho - Foto: José Carlos Bueno: 04-24




domingo, 5 de maio de 2024

Major-gomes

 



Nome científico: Talinum paniculatum

Família botânica: Portulacaceae

 

Nomes populares: Beldroega graúda, beldroega, bredo-de-flor, onze-horas, major-gomes, maria-gorda, benção-de-deus, carne-gorda, beldroega-grande, maria-gomes

 

Descrição botânica: Talinum paniculatum é uma planta herbácea perene originária das Américas. Possui folhas suculentas e ovaladas, dispostas em rosetas, e pequenas flores rosadas ou brancas que se abrem durante o dia. Suas raízes são profundas e podem ser carnudas. Ela é frequentemente encontrada em locais com solo arenoso e em áreas ensolaradas.

 

Usos medicinais: Talinum paniculatum é utilizada na medicina popular como planta medicinal. Suas folhas e raízes são conhecidas por suas propriedades medicinais, sendo empregadas no tratamento de problemas gastrointestinais, como diarreia e constipação. Também é utilizada como diurético e para o tratamento de inflamações. Suas folhas mucilaginosas são consideradas como emoliente e vulnerária, sendo utilizada topicamente como cicatrizante em feridas e inflamações, podendo ser utilizada, também, na forma macerada, para amolecer calos.

 

Talinum paniculatum é considerada uma PANC (Planta Alimentícia Não Convencional) em algumas regiões. Suas folhas jovens e tenras são comestíveis e podem ser consumidas cruas em saladas, cozidas como verdura ou adicionadas a sopas e refogados. Elas são ricas em nutrientes, incluindo vitaminas A, C e do complexo B, além de minerais como cálcio e ferro. Possui diversos benefícios nutracêuticos devido à sua composição rica em nutrientes. Suas folhas são uma excelente fonte de antioxidantes, que ajudam a combater os danos causados pelos radicais livres no organismo. Além disso, sua alta concentração de fibras dietéticas contribui para a saúde gastrointestinal e pode auxiliar na redução do colesterol.

 

Cultivo: A beldroega graúda é uma planta de fácil cultivo, que se adapta a uma variedade de condições de solo e clima. Ela prefere solos bem drenados e ensolarados, mas também pode tolerar sombra parcial. Pode ser cultivada a partir de sementes ou por divisão de touceiras. É uma planta resistente à seca, mas beneficia-se de regas regulares durante períodos de estiagem.

 

Curiosidades sobre a planta:

O nome "beldroega" deriva do termo árabe "beld-ruqa", que significa "salada verde". É uma referência ao uso tradicional desta planta na culinária.

Talinum paniculatum é uma planta autógama, o que significa que é capaz de se autofertilizar e produzir sementes sem a necessidade de polinização cruzada.

Além de seus usos alimentares e medicinais, Talinum paniculatum também é cultivada como planta ornamental devido à sua folhagem atraente e suas flores delicadas.

A beldroega graúda é considerada uma planta invasora em algumas regiões, especialmente em áreas com solos perturbados ou degradados.


Major-gomes -  Talinum paniculatum (Portulacaceae) – Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 04/2024

Major-gomes -  Talinum paniculatum (Portulacaceae) – Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 04/2024

Major-gomes -  Talinum paniculatum (Portulacaceae) – Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 04/2024

Major-gomes -  Talinum paniculatum (Portulacaceae) – Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 04/2024

Major-gomes -  Talinum paniculatum (Portulacaceae) – Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 04/2024

Major-gomes -  Talinum paniculatum (Portulacaceae) – Foto: Acervo pessoal de José Carlos Bueno – 04/2024


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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Arnica-da-praia

Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024


Nome científico: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski

Família botânica: Asteraceae

Nomes populares: Mata-pasto, tapete-inglês, margaridinha, arnica-do-mato, arnica-da-praia, arnica-do-brejo, pseudo-arnica, vedelia, vadelia, malmequer, mal-me-quer do brejo, margaridão

Descrição botânica: Planta rasteira, herbácea, espontânea, de folhas suculentas, verdes e tri-lobadas, com inflorescências amarelas semelhantes a margaridas (capítulos). É mais uma das plantas popularmente chamada de arnica nativa do Brasil, é encontrada em quase toda a região Sul e Sudeste.

Usos medicinais: Possui propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias, podendo ser usada no tratamento de feridas e inflamações cutâneas.

Modo de usar e preparação para uso externo: As folhas podem ser esmagadas para extrair o suco, que é aplicado topicamente sobre a área afetada. Também pode ser preparada uma cataplasma das partes aéreas da planta para uso externo. Sua alcoolatura é utilizada popularmente para entorses, contusões e nevralgias.

Uso no paisagismo: É comumente utilizada como cobertura de solo devido ao seu rápido crescimento, baixa manutenção e capacidade de formar tapetes densos e vistosos. Também pode ser cultivada em vasos suspensos ou como planta ornamental em jardins.

Curiosidades sobre a planta: Sphagneticola trilobata é considerada uma espécie invasora em algumas regiões devido à sua capacidade de se propagar rapidamente por meio de estolhos, competindo com espécies nativas. No entanto, é valorizada por sua resistência e adaptabilidade a diferentes condições ambientais.


Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024

Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024

Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024

Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024


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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Ginkgo biloba

 

 Ginkgo biloba: Ginkgo biloba L. (Ginkgoaceae) - Foto: acervo de José Carlos Bueno (Mar/2024)

Nome Científico: Ginkgo biloba L.

Família Botânica: Ginkgoaceae

Nomes Populares: Ginkgo, Árvore dos 40 Escudos, Nogueira do Japão, Árvore-avenca, árvore-folha-de-avenca e ginkgo biloba.

Descrição Botânica: O Ginkgo biloba é uma árvore caducifólia única e distinta, conhecida por suas folhas em forma de leque. Ela pode atingir alturas de até 30 metros quando adulta. Suas folhas são verdes brilhantes no verão, transformando-se em um amarelo dourado vibrante no outono. As árvores femininas produzem frutos pequenos, de cor amarelo-alaranjada, com um odor desagradável quando maduras. É uma árvore bastante longeva, podendo atingir até mais de 1.000 anos.

Usos Medicinais: As folhas do Ginkgo biloba são utilizadas na medicina tradicional há séculos, especialmente na medicina chinesa. Ela é reconhecida por suas propriedades neuroprotetoras e vasodilatadoras, sendo utilizada para melhorar a circulação sanguínea periférica, promover a saúde cognitiva e auxiliar no tratamento de distúrbios cerebrais, como demência e doença de Alzheimer. Seus extratos também são empregados na prevenção de problemas circulatórios, como varizes e úlceras, além de algumas formas de zumbido nos ouvidos.

Usos Alimentares como PANC: Embora as sementes do Ginkgo biloba sejam tóxicas quando consumidas em grandes quantidades devido à presença de compostos como o ácido ginkgólico, algumas culturas asiáticas consomem as sementes cozidas ou torradas em pequenas quantidades. No entanto, é importante ter cautela devido ao risco de toxicidade.

Modo de Usar e Preparação: Para uso medicinal, o extrato das folhas de Ginkgo biloba é comumente disponível na forma de cápsulas, comprimidos ou tinturas. A dosagem e o método de administração devem ser seguidos conforme as instruções do fabricante ou as orientações de um profissional de saúde qualificado.

Uso no Paisagismo: O Ginkgo biloba é frequentemente cultivado como uma árvore ornamental devido à sua folhagem distintiva e à bela coloração de outono. Ela é resistente e adaptável, podendo ser cultivada em uma variedade de condições climáticas e tipos de solo. Sua tolerância à poluição a torna uma escolha popular para o paisagismo urbano.

Curiosidades sobre a Planta: O Ginkgo biloba é uma das espécies de árvores mais antigas e únicas do mundo, sendo considerada um "fóssil vivo", pois não possui parentes vivos próximos. Ela é conhecida por sua resistência a doenças, pragas e até mesmo a eventos extremos, como explosões nucleares. Além disso, o Ginkgo biloba é uma árvore sagrada na cultura chinesa e é frequentemente plantada em templos e espaços sagrados.

 Ginkgo biloba: Ginkgo biloba L. (Ginkgoaceae) - Foto: acervo de José Carlos Bueno (Mar/2024)

 Ginkgo biloba: Ginkgo biloba L. (Ginkgoaceae) - Foto: acervo de José Carlos Bueno (Mar/2024)

 Ginkgo biloba: Ginkgo biloba L. (Ginkgoaceae) - Foto: acervo de José Carlos Bueno (Mar/2024)


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terça-feira, 9 de abril de 2024

Cravo-da-índia

 


Nome Científico: Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry

Família Botânica: Myrtaceae

Nomes Populares: Cravo-da-Índia, Cravo, Craveiro-da-Índia, Cravinho; Inglês: Clove; Espanhol: Clavo de olor; Francês: Clou de girofle; Alemão: Gewürznelke

Descrição Botânica:

O cravo-da-índia é uma árvore de folhas perenes que pode crescer até 10-12 metros de altura. Possui folhas ovais de cor verde brilhante e flores pequenas, vermelhas e agrupadas. Seus botões florais, conhecidos como cravos, são colhidos antes de se abrirem e secos ao sol, adquirindo sua cor marrom característica e seu aroma forte. Originário das Ilhas Molucas, na Indonésia, o cravo-da-índia é amplamente utilizado na culinária e na medicina tradicional há séculos. Foi introduzido na Europa pelos comerciantes árabes durante a Idade Média e se tornou uma especiaria valiosa.

Usos Alimentares:

O cravo-da-índia é usado como tempero em várias cozinhas ao redor do mundo, adicionando sabor e aroma a pratos salgados e doces. É frequentemente utilizado em pães, bolos, molhos, marinadas, chás e bebidas quentes.

Usos Medicinais:

Os botões florais e as folhas do cravo-da-índia possuem propriedades medicinais e são usados na medicina tradicional para tratar uma variedade de condições. Os botões florais são conhecidos por suas propriedades analgésicas, antissépticas, anti-inflamatórias e antioxidantes. Podem ser utilizados para aliviar dores de dente, dores de garganta, problemas digestivos e para promover a saúde bucal. Se você tiver um pé de craveiro em casa, também poderá utilizar suas folhas que possuem propriedades semelhantes aos botões florais e também são usadas para tratar problemas digestivos, dores musculares e articulares, além de contribuir para a saúde cardiovascular.

Receita Medicinal:

Chá de Cravo-da-Índia para Alívio de Dores de Garganta:

Ingredientes:

1 colher de chá de botões florais de cravo-da-índia

1 xícara de água fervente

Modo de Preparo:

Coloque os botões florais de cravo-da-índia em uma xícara.

Despeje a água fervente sobre os botões florais.

Deixe em infusão por 10-15 minutos.

Coe e beba enquanto estiver quente. Adicione mel a gosto, se desejar.

Este chá pode ajudar a aliviar a dor e a irritação na garganta, devido às propriedades analgésicas e anti-inflamatórias do cravo-da-índia. 



Cravo-da-índia - Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry (Myrtaceae) - Detalhe da planta - Foto: José Carlos Bueno

Cravo-da-índia - Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry (Myrtaceae) - Ramo com botões florais - Foto: José Carlos Bueno

Cravo-da-índia - Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry (Myrtaceae) - Colheita dos botões florais para consumo - Foto: Maria José Adami Bueno



Cravo-da-índia - Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry (Myrtaceae) - Botões florais preparados para consumo (já secos), como nós conhecemos - Foto: José Carlos Bueno



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domingo, 7 de abril de 2024

Trapoeraba-roxa

 

Trapoeraba-roxa - Tradescantia zebrina Bosse ex E.S. Anderson - Commelinaceae - Foto: José Carlos Bueno


Nome Científico: Tradescantia zebrina Bosse ex E.S. Anderson

Família Botânica: Commelinaceae

Nomes Populares: Zebrina, Wandering Jew (em inglês), Lambari-roxo, Lambari-zebrado, Onda-do-mar

Descrição Botânica:

A palavra trapoeraba, comum no Brasil às várias espécies de Tradescantia, provavelmente tenha origem no Guarani, ka’a puerava. A Tradescantia zebrina é uma planta perene herbácea, de crescimento rápido e fácil cultivo. Ela possui folhas suculentas e lanceoladas, de coloração verde-escura na parte superior e com listras prateadas a roxas na parte abaxial (inferior), o que confere à planta um aspecto zebra. Suas folhas são alternadas ao longo dos ramos, e ela produz pequenas flores roxas, rosas ou brancas, que surgem em grupos na primavera e no verão.

Usos Medicinais:

A Tradescantia zebrina não é comumente utilizada na medicina tradicional, mas algumas comunidades podem fazer uso de suas propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes para tratar pequenos ferimentos ou irritações na pele.

Usos Alimentares como PANC:

Algumas partes da Tradescantia zebrina são comestíveis e podem ser consumidas cruas em saladas ou cozidas como verduras. No entanto, é importante consumi-la com moderação, uma vez que pode conter substâncias que podem ser tóxicas em grandes quantidades. Podem ser utilizadas, folhas, talos e flores, cozidos ou branqueados, em bolinhos verdes, enriquecendo omeletes, no preparo de risotos, etc., fornecendo fibras e nutrientes a estes pratos.

Uso na Popular "Água de Matali" (Como fazer):

A "Água de Matali" é uma preparação popular em algumas regiões onde a Tradescantia zebrina é encontrada. Para fazer a "Água de Matali", costuma-se macerar as folhas da planta em água e deixar a mistura descansar por algumas horas. Acredita-se que essa preparação possa ter propriedades medicinais, embora não haja evidências científicas que comprovem sua eficácia.

Uso no Paisagismo:

Devido à sua folhagem vistosa e à sua capacidade de se espalhar rapidamente, a Tradescantia zebrina é frequentemente utilizada em paisagismo como planta de cobertura de solo ou em vasos suspensos. Ela é ideal para áreas sombreadas e pode adicionar um toque exótico a jardins e espaços internos.

Curiosidades sobre a Planta:

A Tradescantia zebrina é nativa do México, América Central e partes da América do Sul.

Seu nome "Wandering Jew" (Judeu Errante, em tradução livre) é uma referência à sua habilidade de se espalhar rapidamente através de estolões, lembrando a lenda do judeu errante que nunca encontraria paz.

É uma planta bastante resistente e tolerante à falta de cuidados, o que a torna uma escolha popular para jardineiros iniciantes ou para quem tem pouco tempo para cuidar das plantas.

Receita de bolinho de trapoeraba-roxa

Ingredientes:

1 maço trapoeraba-roxa

4 ovos

400 g de farinha de trigo (melhor com fermento)

1 col chá de sal

Modo de fazer

Separe as folhas da trapoeraba-roxa dos talos, branqueie (leve uma panela com água até o ponto de ebulição, jogue as folhas, aguarde uns minutos e escorra), pique as folhas bem fininho e reserve. Bata os ovos, junte a farinha de trigo e incorpore até ficar homogênea.  Acrescente as folhas picadas e já frias, incorpore novamente, e frite em óleo quente, escorra e sirva ainda quente.

Trapoeraba-roxa - Tradescantia zebrina Bosse ex E.S. Anderson - Commelinaceae - Foto: José Carlos Bueno

Trapoeraba-roxa - Tradescantia zebrina Bosse ex E.S. Anderson - Commelinaceae - Foto: José Carlos Bueno

Trapoeraba-roxa - Tradescantia zebrina Bosse ex E.S. Anderson - Commelinaceae - Foto: José Carlos Bueno



domingo, 24 de março de 2024

Cará-moela

 



Nome científico: Dioscorea bulbifera L.

Família botânica: Dioscoreaceae.

Outros nomes populares: Além de cará-moela, esta planta também é conhecida como inhame-aéreo, batata-do-ar, cará-do-ar, entre outros.

Descrição botânica: A Dioscorea bulbifera é uma trepadeira perene que produz tubérculos aéreos nas hastes, que podem ser consumidos. Suas folhas são alternadas, em forma de coração, com pecíolos longos. As flores são pequenas, de cor esverdeada ou branca, agrupadas em inflorescências ramificadas. Os tubérculos, chamados bulbilhos, são semelhantes a pequenas batatas e podem se formar ao longo das hastes, tornando-se uma característica distintiva da planta. As túberas aéreas, as menores em formato de moela, podem variar sua coloração do amarelado ao arroxeado. Nativa de diversas regiões da Ásia Tropical e África, a partir daí a Dioscorea bulbifera foi amplamente distribuída para várias partes do mundo.

Usos alimentares: Os tubérculos aéreos da Dioscorea bulbifera são comestíveis e podem ser consumidos cozidos, assados, fritos ou adicionados a diversos pratos. Os tubérculos da planta são uma fonte de carboidratos, fibras, vitaminas e minerais, incluindo vitamina C, vitamina B6, potássio e manganês No entanto, é importante observar que, devido à presença de substâncias tóxicas, eles devem ser preparados adequadamente antes do consumo, através de cozimento ou outro método de processamento.

Usos medicinais: Na medicina tradicional, alguns extratos da Dioscorea bulbifera são usados para tratar uma variedade de condições, incluindo problemas gastrointestinais, inflamações e dores. No entanto, é importante destacar que mais pesquisas são necessárias para confirmar seus potenciais benefícios medicinais e determinar suas doses seguras.

Técnica de cultivo: A planta pode ser cultivada meio de divisão dos tubérculos subterrâneos, ou por meio da brotação de seus bulbilhos aéreos. Ela prefere solos bem drenados e férteis, com boa quantidade de matéria orgânica. O cultivo pode ser realizado em clima tropical ou subtropical, com temperaturas mais elevadas. A planta também necessita de suporte para se desenvolver, como treliças ou cercas, devido à sua natureza trepadeira.

A Dioscorea bulbifera pode desempenhar um papel importante na agricultura familiar, pois é uma fonte adicional de alimento que pode ser cultivada em áreas com recursos limitados. Além disso, sua natureza trepadeira permite o cultivo vertical, o que pode ser vantajoso em áreas com espaço limitado.

Cará-moela - Dioscorea bulbifera L. - Dioscoreaceae. Aspecto dos ramos e folhas; Foto: José Carlos Bueno


Cará-moela - Dioscorea bulbifera L. - Dioscoreaceae. Detalhe dos bulbilhos jovens; Foto: José Carlos Bueno

Cará-moela - Dioscorea bulbifera L. - Dioscoreaceae. Aspecto dos ramos, folhas e bulbilho; Foto: José Carlos Bueno

Cará-moela - Dioscorea bulbifera L. - Dioscoreaceae. Bulbilhos ou tubérculos colhidos para consumo; Foto: Maria José Adami Bueno



Cará-moela - Dioscorea bulbifera L. - Dioscoreaceae. Cará-moela cozido; Foto: Maria José Adami Bueno

Cará-moela - Dioscorea bulbifera L. - Dioscoreaceae. Bulbilhos ou tubérculos colhidos para consumo em arranjo; Foto: Maria José Adami Bueno


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domingo, 17 de março de 2024

Pata-de-vaca

 

Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno



Nome Científico: Bauhinia forficata Link

Família Botânica: Leguminosae

Outros nomes populares: casco-de-vaca, ceroula-de-boneca, unha-de-anta, pata-de-veado, mororó, unha-de-vaca

Descrição Botânica: A Bauhinia forficata é uma árvore de porte médio a grande, podendo atingir até 10 metros de altura. Suas folhas são verdes brilhantes, palmadas, com dois lobos bem pronunciados, lembrando a forma de uma pata de vaca, o que lhe confere o nome popular. Suas flores são grandes, vistosas e de coloração branca, dispostas em inflorescências racemosas. A Pata-de-vaca floresce principalmente na primavera e no verão, podendo variar conforme as condições climáticas locais. Após a floração, produz vagens que contêm sementes.

Usos Medicinais: Na medicina popular, a Bauhinia forficata é utilizada no tratamento de diabetes mellitus, devido às propriedades hipoglicemiantes atribuídas à planta. Ela é conhecida por ajudar a reduzir os níveis de glicose no sangue. Além disto também é considerada diurética, hipocolesterêmiante, a medicina popular ainda a indica contra cistites, parasitoses intestinais, elefantíase e como auxiliar no tratamento do diabetes.

Usos Ecológicos: A Pata-de-vaca desempenha um papel importante na ecologia como uma planta que atrai polinizadores, como abelhas e borboletas, devido às suas flores vistosas. Além disso, ela pode ser usada em projetos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas, contribuindo para a diversidade ecológica e para a estabilização do solo.

Para utilizar a pata-de-vaca, Bauhinia forficata é importante fazer diferenciação das espécies ornamentais, como por exemplo a Bauhinia variegata que é muito utilizada no paisagismo urbano:

Folhas: Enquanto a Bauhinia forficata possui folhas palmadas com dois lobos bem distintos, a Bauhinia variegata apresenta folhas mais ovais e arredondadas, com um lobo menos pronunciado. As folhas da Bauhinia variegata também podem ter margens mais serrilhadas.

Flores: As flores da Bauhinia variegata tendem a ter uma gama de cores mais ampla, incluindo tons de branco, rosa, roxo e até mesmo vermelho. Além disso, as inflorescências da Bauhinia variegata podem ser mais densas e compactas em comparação com as da Bauhinia forficata.


Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno

Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno

Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno

Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno



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