quinta-feira, 25 de abril de 2024

Arnica-da-praia

Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024


Nome científico: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski

Família botânica: Asteraceae

Nomes populares: Mata-pasto, tapete-inglês, margaridinha, arnica-do-mato, arnica-da-praia, arnica-do-brejo, pseudo-arnica, vedelia, vadelia, malmequer, mal-me-quer do brejo, margaridão

Descrição botânica: Planta rasteira, herbácea, espontânea, de folhas suculentas, verdes e tri-lobadas, com inflorescências amarelas semelhantes a margaridas (capítulos). É mais uma das plantas popularmente chamada de arnica nativa do Brasil, é encontrada em quase toda a região Sul e Sudeste.

Usos medicinais: Possui propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias, podendo ser usada no tratamento de feridas e inflamações cutâneas.

Modo de usar e preparação para uso externo: As folhas podem ser esmagadas para extrair o suco, que é aplicado topicamente sobre a área afetada. Também pode ser preparada uma cataplasma das partes aéreas da planta para uso externo. Sua alcoolatura é utilizada popularmente para entorses, contusões e nevralgias.

Uso no paisagismo: É comumente utilizada como cobertura de solo devido ao seu rápido crescimento, baixa manutenção e capacidade de formar tapetes densos e vistosos. Também pode ser cultivada em vasos suspensos ou como planta ornamental em jardins.

Curiosidades sobre a planta: Sphagneticola trilobata é considerada uma espécie invasora em algumas regiões devido à sua capacidade de se propagar rapidamente por meio de estolhos, competindo com espécies nativas. No entanto, é valorizada por sua resistência e adaptabilidade a diferentes condições ambientais.


Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024

Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024

Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024

Arnica-do-mato: Sphagneticola trilobata (L.) Pruski (Asteraceae) - Foto: José Carlos Bueno 04/2024


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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Ginkgo biloba

 

 Ginkgo biloba: Ginkgo biloba L. (Ginkgoaceae) - Foto: acervo de José Carlos Bueno (Mar/2024)

Nome Científico: Ginkgo biloba L.

Família Botânica: Ginkgoaceae

Nomes Populares: Ginkgo, Árvore dos 40 Escudos, Nogueira do Japão, Árvore-avenca, árvore-folha-de-avenca e ginkgo biloba.

Descrição Botânica: O Ginkgo biloba é uma árvore caducifólia única e distinta, conhecida por suas folhas em forma de leque. Ela pode atingir alturas de até 30 metros quando adulta. Suas folhas são verdes brilhantes no verão, transformando-se em um amarelo dourado vibrante no outono. As árvores femininas produzem frutos pequenos, de cor amarelo-alaranjada, com um odor desagradável quando maduras. É uma árvore bastante longeva, podendo atingir até mais de 1.000 anos.

Usos Medicinais: As folhas do Ginkgo biloba são utilizadas na medicina tradicional há séculos, especialmente na medicina chinesa. Ela é reconhecida por suas propriedades neuroprotetoras e vasodilatadoras, sendo utilizada para melhorar a circulação sanguínea periférica, promover a saúde cognitiva e auxiliar no tratamento de distúrbios cerebrais, como demência e doença de Alzheimer. Seus extratos também são empregados na prevenção de problemas circulatórios, como varizes e úlceras, além de algumas formas de zumbido nos ouvidos.

Usos Alimentares como PANC: Embora as sementes do Ginkgo biloba sejam tóxicas quando consumidas em grandes quantidades devido à presença de compostos como o ácido ginkgólico, algumas culturas asiáticas consomem as sementes cozidas ou torradas em pequenas quantidades. No entanto, é importante ter cautela devido ao risco de toxicidade.

Modo de Usar e Preparação: Para uso medicinal, o extrato das folhas de Ginkgo biloba é comumente disponível na forma de cápsulas, comprimidos ou tinturas. A dosagem e o método de administração devem ser seguidos conforme as instruções do fabricante ou as orientações de um profissional de saúde qualificado.

Uso no Paisagismo: O Ginkgo biloba é frequentemente cultivado como uma árvore ornamental devido à sua folhagem distintiva e à bela coloração de outono. Ela é resistente e adaptável, podendo ser cultivada em uma variedade de condições climáticas e tipos de solo. Sua tolerância à poluição a torna uma escolha popular para o paisagismo urbano.

Curiosidades sobre a Planta: O Ginkgo biloba é uma das espécies de árvores mais antigas e únicas do mundo, sendo considerada um "fóssil vivo", pois não possui parentes vivos próximos. Ela é conhecida por sua resistência a doenças, pragas e até mesmo a eventos extremos, como explosões nucleares. Além disso, o Ginkgo biloba é uma árvore sagrada na cultura chinesa e é frequentemente plantada em templos e espaços sagrados.

 Ginkgo biloba: Ginkgo biloba L. (Ginkgoaceae) - Foto: acervo de José Carlos Bueno (Mar/2024)

 Ginkgo biloba: Ginkgo biloba L. (Ginkgoaceae) - Foto: acervo de José Carlos Bueno (Mar/2024)

 Ginkgo biloba: Ginkgo biloba L. (Ginkgoaceae) - Foto: acervo de José Carlos Bueno (Mar/2024)


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terça-feira, 9 de abril de 2024

Cravo-da-índia

 


Nome Científico: Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry

Família Botânica: Myrtaceae

Nomes Populares: Cravo-da-Índia, Cravo, Craveiro-da-Índia, Cravinho; Inglês: Clove; Espanhol: Clavo de olor; Francês: Clou de girofle; Alemão: Gewürznelke

Descrição Botânica:

O cravo-da-índia é uma árvore de folhas perenes que pode crescer até 10-12 metros de altura. Possui folhas ovais de cor verde brilhante e flores pequenas, vermelhas e agrupadas. Seus botões florais, conhecidos como cravos, são colhidos antes de se abrirem e secos ao sol, adquirindo sua cor marrom característica e seu aroma forte. Originário das Ilhas Molucas, na Indonésia, o cravo-da-índia é amplamente utilizado na culinária e na medicina tradicional há séculos. Foi introduzido na Europa pelos comerciantes árabes durante a Idade Média e se tornou uma especiaria valiosa.

Usos Alimentares:

O cravo-da-índia é usado como tempero em várias cozinhas ao redor do mundo, adicionando sabor e aroma a pratos salgados e doces. É frequentemente utilizado em pães, bolos, molhos, marinadas, chás e bebidas quentes.

Usos Medicinais:

Os botões florais e as folhas do cravo-da-índia possuem propriedades medicinais e são usados na medicina tradicional para tratar uma variedade de condições. Os botões florais são conhecidos por suas propriedades analgésicas, antissépticas, anti-inflamatórias e antioxidantes. Podem ser utilizados para aliviar dores de dente, dores de garganta, problemas digestivos e para promover a saúde bucal. Se você tiver um pé de craveiro em casa, também poderá utilizar suas folhas que possuem propriedades semelhantes aos botões florais e também são usadas para tratar problemas digestivos, dores musculares e articulares, além de contribuir para a saúde cardiovascular.

Receita Medicinal:

Chá de Cravo-da-Índia para Alívio de Dores de Garganta:

Ingredientes:

1 colher de chá de botões florais de cravo-da-índia

1 xícara de água fervente

Modo de Preparo:

Coloque os botões florais de cravo-da-índia em uma xícara.

Despeje a água fervente sobre os botões florais.

Deixe em infusão por 10-15 minutos.

Coe e beba enquanto estiver quente. Adicione mel a gosto, se desejar.

Este chá pode ajudar a aliviar a dor e a irritação na garganta, devido às propriedades analgésicas e anti-inflamatórias do cravo-da-índia. 



Cravo-da-índia - Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry (Myrtaceae) - Detalhe da planta - Foto: José Carlos Bueno

Cravo-da-índia - Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry (Myrtaceae) - Ramo com botões florais - Foto: José Carlos Bueno

Cravo-da-índia - Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry (Myrtaceae) - Colheita dos botões florais para consumo - Foto: Maria José Adami Bueno



Cravo-da-índia - Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry (Myrtaceae) - Botões florais preparados para consumo (já secos), como nós conhecemos - Foto: José Carlos Bueno



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domingo, 7 de abril de 2024

Trapoeraba-roxa

 

Trapoeraba-roxa - Tradescantia zebrina Bosse ex E.S. Anderson - Commelinaceae - Foto: José Carlos Bueno


Nome Científico: Tradescantia zebrina Bosse ex E.S. Anderson

Família Botânica: Commelinaceae

Nomes Populares: Zebrina, Wandering Jew (em inglês), Lambari-roxo, Lambari-zebrado, Onda-do-mar

Descrição Botânica:

A palavra trapoeraba, comum no Brasil às várias espécies de Tradescantia, provavelmente tenha origem no Guarani, ka’a puerava. A Tradescantia zebrina é uma planta perene herbácea, de crescimento rápido e fácil cultivo. Ela possui folhas suculentas e lanceoladas, de coloração verde-escura na parte superior e com listras prateadas a roxas na parte abaxial (inferior), o que confere à planta um aspecto zebra. Suas folhas são alternadas ao longo dos ramos, e ela produz pequenas flores roxas, rosas ou brancas, que surgem em grupos na primavera e no verão.

Usos Medicinais:

A Tradescantia zebrina não é comumente utilizada na medicina tradicional, mas algumas comunidades podem fazer uso de suas propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes para tratar pequenos ferimentos ou irritações na pele.

Usos Alimentares como PANC:

Algumas partes da Tradescantia zebrina são comestíveis e podem ser consumidas cruas em saladas ou cozidas como verduras. No entanto, é importante consumi-la com moderação, uma vez que pode conter substâncias que podem ser tóxicas em grandes quantidades. Podem ser utilizadas, folhas, talos e flores, cozidos ou branqueados, em bolinhos verdes, enriquecendo omeletes, no preparo de risotos, etc., fornecendo fibras e nutrientes a estes pratos.

Uso na Popular "Água de Matali" (Como fazer):

A "Água de Matali" é uma preparação popular em algumas regiões onde a Tradescantia zebrina é encontrada. Para fazer a "Água de Matali", costuma-se macerar as folhas da planta em água e deixar a mistura descansar por algumas horas. Acredita-se que essa preparação possa ter propriedades medicinais, embora não haja evidências científicas que comprovem sua eficácia.

Uso no Paisagismo:

Devido à sua folhagem vistosa e à sua capacidade de se espalhar rapidamente, a Tradescantia zebrina é frequentemente utilizada em paisagismo como planta de cobertura de solo ou em vasos suspensos. Ela é ideal para áreas sombreadas e pode adicionar um toque exótico a jardins e espaços internos.

Curiosidades sobre a Planta:

A Tradescantia zebrina é nativa do México, América Central e partes da América do Sul.

Seu nome "Wandering Jew" (Judeu Errante, em tradução livre) é uma referência à sua habilidade de se espalhar rapidamente através de estolões, lembrando a lenda do judeu errante que nunca encontraria paz.

É uma planta bastante resistente e tolerante à falta de cuidados, o que a torna uma escolha popular para jardineiros iniciantes ou para quem tem pouco tempo para cuidar das plantas.

Receita de bolinho de trapoeraba-roxa

Ingredientes:

1 maço trapoeraba-roxa

4 ovos

400 g de farinha de trigo (melhor com fermento)

1 col chá de sal

Modo de fazer

Separe as folhas da trapoeraba-roxa dos talos, branqueie (leve uma panela com água até o ponto de ebulição, jogue as folhas, aguarde uns minutos e escorra), pique as folhas bem fininho e reserve. Bata os ovos, junte a farinha de trigo e incorpore até ficar homogênea.  Acrescente as folhas picadas e já frias, incorpore novamente, e frite em óleo quente, escorra e sirva ainda quente.

Trapoeraba-roxa - Tradescantia zebrina Bosse ex E.S. Anderson - Commelinaceae - Foto: José Carlos Bueno

Trapoeraba-roxa - Tradescantia zebrina Bosse ex E.S. Anderson - Commelinaceae - Foto: José Carlos Bueno

Trapoeraba-roxa - Tradescantia zebrina Bosse ex E.S. Anderson - Commelinaceae - Foto: José Carlos Bueno



domingo, 24 de março de 2024

Cará-moela

 



Nome científico: Dioscorea bulbifera L.

Família botânica: Dioscoreaceae.

Outros nomes populares: Além de cará-moela, esta planta também é conhecida como inhame-aéreo, batata-do-ar, cará-do-ar, entre outros.

Descrição botânica: A Dioscorea bulbifera é uma trepadeira perene que produz tubérculos aéreos nas hastes, que podem ser consumidos. Suas folhas são alternadas, em forma de coração, com pecíolos longos. As flores são pequenas, de cor esverdeada ou branca, agrupadas em inflorescências ramificadas. Os tubérculos, chamados bulbilhos, são semelhantes a pequenas batatas e podem se formar ao longo das hastes, tornando-se uma característica distintiva da planta. As túberas aéreas, as menores em formato de moela, podem variar sua coloração do amarelado ao arroxeado. Nativa de diversas regiões da Ásia Tropical e África, a partir daí a Dioscorea bulbifera foi amplamente distribuída para várias partes do mundo.

Usos alimentares: Os tubérculos aéreos da Dioscorea bulbifera são comestíveis e podem ser consumidos cozidos, assados, fritos ou adicionados a diversos pratos. Os tubérculos da planta são uma fonte de carboidratos, fibras, vitaminas e minerais, incluindo vitamina C, vitamina B6, potássio e manganês No entanto, é importante observar que, devido à presença de substâncias tóxicas, eles devem ser preparados adequadamente antes do consumo, através de cozimento ou outro método de processamento.

Usos medicinais: Na medicina tradicional, alguns extratos da Dioscorea bulbifera são usados para tratar uma variedade de condições, incluindo problemas gastrointestinais, inflamações e dores. No entanto, é importante destacar que mais pesquisas são necessárias para confirmar seus potenciais benefícios medicinais e determinar suas doses seguras.

Técnica de cultivo: A planta pode ser cultivada meio de divisão dos tubérculos subterrâneos, ou por meio da brotação de seus bulbilhos aéreos. Ela prefere solos bem drenados e férteis, com boa quantidade de matéria orgânica. O cultivo pode ser realizado em clima tropical ou subtropical, com temperaturas mais elevadas. A planta também necessita de suporte para se desenvolver, como treliças ou cercas, devido à sua natureza trepadeira.

A Dioscorea bulbifera pode desempenhar um papel importante na agricultura familiar, pois é uma fonte adicional de alimento que pode ser cultivada em áreas com recursos limitados. Além disso, sua natureza trepadeira permite o cultivo vertical, o que pode ser vantajoso em áreas com espaço limitado.

Cará-moela - Dioscorea bulbifera L. - Dioscoreaceae. Aspecto dos ramos e folhas; Foto: José Carlos Bueno


Cará-moela - Dioscorea bulbifera L. - Dioscoreaceae. Detalhe dos bulbilhos jovens; Foto: José Carlos Bueno

Cará-moela - Dioscorea bulbifera L. - Dioscoreaceae. Aspecto dos ramos, folhas e bulbilho; Foto: José Carlos Bueno

Cará-moela - Dioscorea bulbifera L. - Dioscoreaceae. Bulbilhos ou tubérculos colhidos para consumo; Foto: Maria José Adami Bueno



Cará-moela - Dioscorea bulbifera L. - Dioscoreaceae. Cará-moela cozido; Foto: Maria José Adami Bueno

Cará-moela - Dioscorea bulbifera L. - Dioscoreaceae. Bulbilhos ou tubérculos colhidos para consumo em arranjo; Foto: Maria José Adami Bueno


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domingo, 17 de março de 2024

Pata-de-vaca

 

Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno



Nome Científico: Bauhinia forficata Link

Família Botânica: Leguminosae

Outros nomes populares: casco-de-vaca, ceroula-de-boneca, unha-de-anta, pata-de-veado, mororó, unha-de-vaca

Descrição Botânica: A Bauhinia forficata é uma árvore de porte médio a grande, podendo atingir até 10 metros de altura. Suas folhas são verdes brilhantes, palmadas, com dois lobos bem pronunciados, lembrando a forma de uma pata de vaca, o que lhe confere o nome popular. Suas flores são grandes, vistosas e de coloração branca, dispostas em inflorescências racemosas. A Pata-de-vaca floresce principalmente na primavera e no verão, podendo variar conforme as condições climáticas locais. Após a floração, produz vagens que contêm sementes.

Usos Medicinais: Na medicina popular, a Bauhinia forficata é utilizada no tratamento de diabetes mellitus, devido às propriedades hipoglicemiantes atribuídas à planta. Ela é conhecida por ajudar a reduzir os níveis de glicose no sangue. Além disto também é considerada diurética, hipocolesterêmiante, a medicina popular ainda a indica contra cistites, parasitoses intestinais, elefantíase e como auxiliar no tratamento do diabetes.

Usos Ecológicos: A Pata-de-vaca desempenha um papel importante na ecologia como uma planta que atrai polinizadores, como abelhas e borboletas, devido às suas flores vistosas. Além disso, ela pode ser usada em projetos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas, contribuindo para a diversidade ecológica e para a estabilização do solo.

Para utilizar a pata-de-vaca, Bauhinia forficata é importante fazer diferenciação das espécies ornamentais, como por exemplo a Bauhinia variegata que é muito utilizada no paisagismo urbano:

Folhas: Enquanto a Bauhinia forficata possui folhas palmadas com dois lobos bem distintos, a Bauhinia variegata apresenta folhas mais ovais e arredondadas, com um lobo menos pronunciado. As folhas da Bauhinia variegata também podem ter margens mais serrilhadas.

Flores: As flores da Bauhinia variegata tendem a ter uma gama de cores mais ampla, incluindo tons de branco, rosa, roxo e até mesmo vermelho. Além disso, as inflorescências da Bauhinia variegata podem ser mais densas e compactas em comparação com as da Bauhinia forficata.


Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno

Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno

Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno

Pata-de-vaca: Bauhinia forficata Link - Leguminosae Foto: José Carlos Bueno



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sábado, 9 de março de 2024

Batata-doce

 


Nome científico: Ipomoea batatas (L.) Lam.

Família: Convolvulaceae

Descrição botânica: A batata-doce é uma planta herbácea perene com caules longos e rastejantes. Suas folhas são alternadas, cordiformes a lobadas, e podem variar em cor e tamanho dependendo da variedade. As flores são em forma de trombeta e podem ser de cores diversas, como branco, roxo ou rosa. As raízes tuberosas, que são a parte comestível da planta, variam em forma e cor, geralmente alongadas e com casca externa de cores como laranja, roxa, branca e marrom. A batata-doce é nativa das regiões tropicais da América Central e do Sul.

Usos alimentares das raízes tuberosas: As raízes tuberosas da batata-doce são uma fonte rica de carboidratos, fibras, vitaminas e minerais. Elas podem ser consumidas cozidas, assadas, fritas, ou usadas em sopas, purês, sobremesas e uma variedade de pratos salgados.

As folhas jovens da batata-doce são comestíveis, usadas como PANC, e podem ser consumidas cruas em saladas ou juntamente com limão para o preparo de um delicioso suco verde, ou, ainda, prepara-las cozidas como vegetal folhoso. Elas são ricas em nutrientes, incluindo vitaminas A, C e K, além de minerais como cálcio e ferro.

Usos medicinais: A batata-doce tem sido tradicionalmente utilizada na medicina popular devido às suas propriedades nutricionais e medicinais. Suas raízes tuberosas contêm compostos bioativos, como antioxidantes, que podem ajudar a combater o estresse oxidativo no corpo. Além disso, elas são uma fonte de carboidratos complexos, fibras dietéticas e nutrientes essenciais, contribuindo para uma dieta saudável e equilibrada. Suas folhas são consideradas pela etnofarmacologia como galactagoga. As variedades de polpa amarela, especialmente, quando consumidas como alimento, pode suprir necessidades de vitamina A, devido ao seu alto nível de betacaroteno.

Benefícios nutracêuticos: A batata-doce é reconhecida por seus benefícios nutricionais e terapêuticos. Suas raízes tuberosas são uma fonte de carboidratos complexos de baixo índice glicêmico, o que as torna uma escolha saudável para pessoas com diabetes ou que desejam controlar os níveis de açúcar no sangue. Além disso, elas contêm uma variedade de vitaminas, minerais e antioxidantes que podem ajudar a fortalecer o sistema imunológico, promover a saúde digestiva e reduzir o risco de doenças crônicas. Uma variedade de polpa arroxeada, desenvolvida pela EMBRAPA, denominada BRS Anembé, apresenta teor de antocianinas totais de 184,8 mg/g, que é semelhante aos valores expressos em frutas de cor arroxeada como mirtilo, açaí e amora-preta. (Fonte: EMBRAPA)

Cultivo: A batata-doce é cultivada em regiões de clima quente e ensolarado. Ela prefere solos bem drenados e ricos em matéria orgânica. O cultivo pode ser feito a partir de mudas ou de raízes tuberosas plantadas diretamente no solo. A planta requer regas regulares durante o período de crescimento e pode ser colhida aproximadamente 3-4 meses após o plantio, dependendo da variedade e das condições de crescimento. Ela é uma cultura versátil e de baixa manutenção, adequada para pequenos jardins domésticos ou produção comercial em larga escala.

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Batata-doce - Ipomoea batatas (L.) Lam. (Convolvulaceae) - Ramos jovens - Foto: José Carlos Bueno


Batata-doce - Ipomoea batatas (L.) Lam. (Convolvulaceae) - Ramo florido - Foto: José Carlos Bueno

Batata-doce - Ipomoea batatas (L.) Lam. (Convolvulaceae) - Inflorescências- Foto: José Carlos Bueno

Batata-doce - Ipomoea batatas (L.) Lam. (Convolvulaceae) - Raizes tuberosas de polpa branca e roxa - Foto: José Carlos Bueno









Ebook: Manual De Plantas Medicinais E Fitoterápicos Utilizados Na Cicatrização De Feridas


Bara baixar o manual clique na imagem da capa ou das páginas, ou no link abaixo:

Algumas páginas amostras:



Para baixar o ebook do site da Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agricola - AGPTEA (https://www.agptea.org.br/), clique no link abaixo:

Manual de plantas medicinais e fitoterápicos utilizados na cicatrização de feridas




sexta-feira, 8 de março de 2024

Açoita-cavalo

 



Nome Científico: Luehea divaricata

Família: Tiliaceae

Descrição Botânica:

A açoita-cavalo é uma árvore de porte médio a grande, que pode atingir de 5 a 20 metros de altura. Possui tronco cilíndrico, com casca áspera e fissurada, de cor marrom-avermelhada. Suas folhas são simples, alternadas, de formato ovalado a elíptico, com bordas serrilhadas e nervuras bem marcadas. As flores são pequenas, brancas ou levemente rosadas, reunidas em inflorescências terminais. Os frutos são cápsulas lenhosas, contendo numerosas sementes aladas.

A açoita-cavalo é nativa da América do Sul, encontrada em diversas regiões desde o Brasil até a Argentina. Geralmente ocorre em matas de galeria, margens de rios e áreas de transição entre floresta e cerrado. Fenologia: A floração da açoita-cavalo ocorre geralmente na primavera e verão, variando de acordo com as condições climáticas locais. A frutificação acontece após a polinização das flores, e os frutos amadurecem no final do verão e outono.

Na medicina popular, diversas partes da planta são utilizadas com propósitos medicinais. O chá das folhas é empregado tradicionalmente como anti-inflamatório, cicatrizante e para tratar problemas respiratórios. Também é utilizado para aliviar dores musculares e articulares, além de ser considerado um tônico geral para o organismo.

Outros usos medicinais já foram relatados como: folhas como diurético, as hastes como anti-inflamatório, a casca e partes aéreas para cicatrizar feridas e espinhas (acne); e lavagem vaginal. Em um estudo químico que constatou os principais constituintes das cascas do caule e das folhas de L. divaricata, e também as atividades antifúngica, antibacteriana e antiproliferativa dos extratos brutos, e antibacteriana das frações do extrato das cascas do caule.

A madeira da açoita-cavalo é de boa qualidade, resistente e durável. É utilizada na fabricação de móveis, construção civil, cercas, postes e para produção de carvão vegetal. Também utilizada para a fabricação de coronhas de armas de fogo pois é uma madeira leve e resistente a choques e variações climáticas e, dificilmente empena sob variações de temperatura e umidade, principalmente quando seca sob condições de estufa.

Devido à sua rápida taxa de crescimento e adaptabilidade a diferentes tipos de solo, a açoita-cavalo é frequentemente utilizada em programas de reflorestamento. Ela contribui para a recomposição de áreas degradadas, ajudando na proteção do solo, na conservação da biodiversidade e na recuperação de ecossistemas naturais.

Açoita-cavalo: Luehea divaricata (Tiliaceae) - Ramo florido; Foto: José Carlos Bueno 18/02/2024


Açoita-cavalo: Luehea divaricata (Tiliaceae) - Ramo florido; Foto: José Carlos Bueno 18/02/2024

Açoita-cavalo: Luehea divaricata (Tiliaceae) - Ramo florido; Foto: José Carlos Bueno 18/02/2024

Açoita-cavalo: Luehea divaricata (Tiliaceae) - Ramo e folhagem; Foto: José Carlos Bueno 18/02/2024


Açoita-cavalo: Luehea divaricata (Tiliaceae) - Exemplar adulto; Foto: José Carlos Bueno 18/02/2024




quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Romã

 

Nome científico: Punica granatum L.

Família: Lythraceae.

Nomes Populares: Português: Romã, Inglês: Pomegranate, Espanhol: Granada, Francês: Grenade, Italiano: Melograno, Árabe: Rumman

Origem: A romã é nativa da região que se estende desde o Irã até o norte da Índia. Atualmente, é cultivada em várias regiões subtropicais e tropicais ao redor do mundo.

Descrição: A romã é um arbusto ou pequena árvore que pode atingir até 5-8 metros de altura. Possui folhas opostas ou subopostas, verde-brilhantes e estreitas. As flores são grandes, vermelhas ou alaranjadas, com pétalas delicadas. Os frutos são globosos, com casca espessa e cor variando de amarelo-claro a vermelho-escuro, contendo várias sementes envoltas em uma polpa suculenta.

Clima e solo: A romã prefere climas subtropicais a tropicais, com temperaturas médias anuais entre 15°C e 32°C. Pode tolerar breves períodos de temperaturas mais baixas, mas não suporta geadas prolongadas. Quanto ao solo, adapta-se melhor a solos bem drenados, férteis e com pH ligeiramente ácido a neutro.

Cultivo: A romã é cultivada a partir de sementes, por meio de estacas ou por enxertia. O plantio geralmente é feito no início da estação chuvosa ou durante a primavera. É uma planta resistente e relativamente fácil de cultivar, desde que receba água adequada durante os períodos de crescimento ativo. A poda pode ser necessária para controlar o tamanho da planta e promover uma produção de frutos mais abundante.

Usos: A romã é valorizada tanto por seus frutos quanto por suas propriedades ornamentais. Os frutos são consumidos frescos, em sucos, geleias, molhos e em diversas preparações culinárias. Suas propriedades antioxidantes e nutricionais têm sido amplamente estudadas, o que torna a romã um ingrediente popular em produtos de saúde e beleza. Além disso, suas flores vistosas são apreciadas em arranjos florais.

Propriedades medicinais:  As propriedades antioxidantes da romã proporcionada pelos altos níveis de polifenóis, podem ajudar a combater os danos causados pelos radicais livres no corpo. Estes mesmos compostos são responsáveis pelo seu potencial anti-inflamatório e benefícios cardiovasculares: O consumo regular de suco de romã tem sido associado a benefícios para a saúde cardiovascular, incluindo a redução da pressão arterial e o aumento do colesterol "bom" (HDL). Alguns estudos preliminares sugerem que certos compostos da romã podem ter propriedades anticancerígenas, embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmar esses efeitos. As cascas secas da romã também podem ser usadas para fazer chás e infusões com alto poder terapêutico.

Curiosidades: A romã é uma planta de significado simbólico em muitas culturas ao redor do mundo, frequentemente associada à fertilidade, prosperidade e sorte. Suas sementes são encapsuladas em uma polpa vermelha suculenta e têm sido tradicionalmente consideradas como um símbolo de vida e renovação.


Roma: Punica granatum L. Lythraceae.
Fruto; Foto José Carlos Bueno

Roma: Punica granatum L. Lythraceae.
Fruto (Aspecto interno) ; Foto José Carlos Bueno

Roma: Punica granatum L. Lythraceae.
Fruto (aspecto interno); Foto José Carlos Bueno

Roma: Punica granatum L. Lythraceae.
Aspeto geral da planta; Foto José Carlos Bueno

Roma: Punica granatum L. Lythraceae.
Detalhe do ramo; Foto José Carlos Bueno

Roma: Punica granatum L. Lythraceae.
inflorescência; Foto José Carlos Bueno

🌿 Ficha Técnica: Punica granatum L. (Romãzeira)

📌 Nome científico:

Punica granatum L.

📚 Classificador:

Descrita por Carl Linnaeus (L.), o pai da taxonomia moderna.

🌱 Família botânica:

Lythraceae

🏷️ Nomes populares:

  • Romã

  • Romãzeira

  • Granada (em espanhol)

🌿 Descrição botânica:

  • Porte: Arbusto ou pequena árvore, atingindo de 2 a 5 metros de altura.

  • Folhas: Pequenas, verdes brilhantes, semidecíduas.

  • Inflorescência: Flores vermelho-alaranjadas, em grupos nas extremidades dos ramos, formadas principalmente entre a primavera e o verão.

  • Raízes: Pivotantes.

  • Fruto: Baga redonda com polpa vermelha comestível e numerosas sementes.

🍽️ Usos alimentares:

  • Fruto: Consumido in natura ou na forma de sucos, xaropes (como o grenadine), vinhos e licores.

  • Culinária internacional: Utilizado em pratos da culinária libanesa, indiana, iraniana, mexicana e coreana, conferindo sabor agridoce e decorativo. 

💊 Usos medicinais e indicações fitoterápicas:

  • Propriedades: Antioxidante, anti-inflamatória, antimicrobiana, antiviral, adstringente e antiparasitária.

  • Partes utilizadas: Casca do fruto, raízes, flores e sementes.

  • Indicações:

    • Tratamento de infecções bucais e de garganta (gargarejos com infusão das flores).

    • Alívio de diarreias (chá das cascas do fruto).

    • Combate a vermes intestinais (infusão da casca das raízes).

    • Prevenção de doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer, devido à ação antioxidante. 

🧪 Modo de usar e preparação:

  • Infusão das flores: Utilizada em gargarejos para aliviar inflamações na boca e garganta.

  • Chá das cascas do fruto: Empregado no tratamento de diarreias.

  • Infusão da casca das raízes: Tradicionalmente usada como vermífugo. 

🍲 Receita culinária:

Suco de Romã
Ingredientes:

  • 1 xícara de sementes de romã

  • 1/2 xícara de água

  • Açúcar ou mel a gosto (opcional)

Modo de preparo:

  1. Coloque as sementes de romã e a água no liquidificador.

  2. Bata rapidamente, apenas para liberar o suco das sementes.

  3. Coe a mistura para separar o líquido das sementes.

  4. Adoce a gosto e sirva gelado.

🌍 Região de origem e distribuição no Brasil:

  • Origem: Ásia Central e Oriente Médio.

  • Distribuição no Brasil: Cultivada em diversas regiões, especialmente no Sudeste e Sul, adaptando-se bem a climas subtropicais e tropicais.

🧬 Bromatologia:

  • Composição nutricional:

    • Rica em compostos fenólicos, como punicalaginas e ácido elágico.

    • Contém flavonoides, taninos, vitamina C, vitamina B e frutose.

    • O óleo das sementes é fonte de ácido púnico, um isômero do ácido linolênico com ação benéfica à saúde humana. 

🌟 Curiosidades:

  • Na Bíblia, a romã é mencionada diversas vezes, especialmente no Antigo Testamento, simbolizando fertilidade e abundância.

  • Na Espanha, a cidade de Granada recebeu esse nome devido à abundância de romãs na região.

  • O nome "grenade" em francês (romã) deu origem ao termo "granada" para a arma explosiva, devido à semelhança com o fruto. 

📚 Citações confirmadas:

  • Costa, F.M.B. (2023): Destaca os compostos bioativos da romã e suas propriedades anti-inflamatórias. Diálogos em Saúde.

  • Degaspari, C.H. & Dutra, A.P.C. (2011): Revisão sobre as propriedades fitoterápicas da romã, incluindo ações antioxidantes e antimicrobianas. Visão Acadêmica.

  • Santos, J.M. et al. (2024): Análise do perfil de ácidos graxos do óleo de semente de romã, destacando o ácido púnico. Revista Brasileira de Agrotecnologia. SciELO Brasil+6Periódicos IESP+6Higiene Alimentar+6Revistas UFPRgvaa.com.br



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